São Paulo - O setor da construção civil vai registrar taxas de
crescimento anual de 4,5% a 5% nos próximos cinco anos. A estimativa é
do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de
São Paulo (Sinduscon-SP), Sérgio Watanabe.
Pelo fato de a construção ser um investimento de longo prazo, o setor
continuará carregando parte dos contratos de 2011 e, na avaliação do
executivo, a crise na Europa não irá afetar o crescimento da construção.
Em 2011, o setor deve registrar uma expansão de 5%. "A atual crise,
fundamentada basicamente na Grécia, não deve gerar uma catástrofe na
União Europeia. Esperamos um cenário menos ruim do que uma década
perdida nos Estados Unidos", disse Watanabe, para quem a economia
norte-americana deverá melhorar seus indicadores.
Para o próximo ano, o presidente do Sinduscon vê como risco para o setor
a escassez de mão de obra. Em sua avaliação, a construção civil passa
por uma situação de pleno emprego. Enquanto a taxa geral de desemprego
está rodando entre 6% e 6,5% no País, no setor de construção ela está em
3%, segundo Watanabe Só de janeiro a agosto, o setor contratou 9% a
mais do que em igual período do ano passado. Este desempenho, diz ele,
deverá ser mantido em 2012.
"Todo esse crescimento vertiginoso trouxe um problema para a construção
civil, que será obrigada a mudar a gestão dos negócios e ser mais
intensiva em tecnologia porque a mão de obra, mesmo a de baixa
qualificação, está escassa", disse.
Para ele, o setor deverá continuar se expandindo nos próximos anos como
consequência do aumento da renda da população e de ações federais como o
Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Esperamos que o PAC e o Minha Casa, Minha Vida tenham continuidade nos
próximos governos", disse.
Publicado por DCI
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