sexta-feira, 29 de junho de 2012

SP: preço médio de locação de imóveis de alto padrão cresce 16,3% no 1º trimestre

O preço médio de locação dos imóveis comerciais de alto padrão das principais regiões de São Paulo registrou crescimento no primeiro trimestre deste ano. É o que revela um levantamento divulgado pela Colliers International Brasil nesta sexta-feira (22).
Segundo a pesquisa, o preço médio do aluguel foi de R$ 121,5 por metro quadrado, o que representa um aumento de 16,3% em relação ao mesmo trimestre de 2011. Já frente ao trimestre anterior (4º trimestre de 2011), a alta foi de 2,5%.
De acordo com a consultoria, a variação é justificada pela inauguração de edifícios com preços acima dos patamares médios do mercado.
Regiões
Entre as regiões analisadas, a Faria Lima foi a que registrou o preço médio máximo de locação, com R$ 220 por metros quadrados. Em seguida aparecem o Itaim (R$ 170 por metros quadrados), Paulista (R$ 140 por metros quadrados) e Vila Olímpia, com procura de R$ 130 por metros quadrados.
Já as regiões que apresentaram os menores preços por locação foram Pinheiros, com R$ 125 por metros quadrados, a Berrini, com R$ 120 metros quadrados, seguida pela região Roque Petroni, que teve procura de R$ 110 por metros quadrados, Barra Funda e Santo Amaro, ambas com R$ 70 por metros quadrados.
Comparação
O estudo analisou ainda os preços de locação em imóveis corportivos classe A+ e A (R$/m²/mês) de 18 cidades do mundo. Entre os preços mais altos do mundo estão, Hong Kong, na China, com R$ 300 por metros quadrados, Rio de Janeiro, com cerca de R$ 200 por metros quadrados, e São Paulo, com média de R$ 150 por metros quadrados. Na teoria, para o mercado ser equilibrado estes preços devem ser compatíveis com a renda média da população.

Publicado por InfoMoney

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Presidente da Caixa descarta hipótese de crise no mercado imobiliário

Durante a abertura do 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Fontes Hereda, rechaçou a hipótese de que o mercado imobiliário esteja vivenciando uma crise e reiterou que o banco contratará cerca de R$ 100 bilhões em financiamento imobiliário neste ano. Em 2011, a quantia repassada foi de R$ 80 bilhões. "Na semana passada, a Caixa atingiu a marca de R$ 42 bilhões de crédito no ano, 30% a mais do que fez no ano passado no mesmo período. Esse será o melhor ano do crédito imobiliário", discursou Hereda.
O presidente comentou a redução da velocidade de vendas dos imóveis, mas disse que continua otimista, pois a atual realidade lhe permite afirmar que não há crise. "Estamos crescendo pouco menos de 50% e 60% que se crescia antes, porém, não conheço nenhum lugar no mundo que sustente crescimento nesse patamar", disse. "Crescer em torno de 35% ou 40% já é algo muito positivo."
No início do mês, a Caixa anunciou a ampliação dos prazos de pagamento do crédito habitacional de 30 para 35 anos e a redução dos juros para financiamento com recursos da caderneta de poupança. A nova taxa para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) é de 8,85%. Para clientes da Caixa, a taxa chega a 7,8%. Fora do sistema, o valor passa a ser de 9,9% para clientes em geral e 8,9% para os que possuem relacionamento com o banco.

Publicado por Piniweb

terça-feira, 26 de junho de 2012

Financiamento de imóveis usados triplica em sete anos

O financiamento de imóveis usados triplicou em sete anos, de acordo com levantamento da Lello, empresa de administração imobiliária do Estado de São Paulo. Conforme a pesquisa, no acumulado deste ano até maio, 45% das vendas ocorreram por meio de financiamento imobiliário concedido pelos bancos enquanto em 2005, os financiamentos de imóveis usados, representavam 15% do total vendido na cidade.

 As vendas de imóveis prontos para morar na cidade de São Paulo cresceram 14% entre janeiro e maio deste ano na comparação com o mesmo período de 2011, segundo a Lello. Conforme o levantamento, o valor médio das casas e apartamentos comercializados nos principais bairros do centro expandido nos cinco primeiros meses foi de R$ 430 mil, contra R$ 400 mil no período de janeiro a maio de 2011 e R$ 350 mil nos cinco meses iniciais de 2010. Segundo a diretora comercial da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, os imóveis na cidade continuam se valorizando e continuam como uma excelente alternativa de investimento.

Os apartamentos de um e dois dormitórios com vaga na garagem em condomínios com áreas de lazer, segurança e próximos a estações de metrô foram os mais procurados. Os apartamentos representaram 60% das vendas nos cinco primeiros meses do ano.

Publicado por Terra.com.br

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pesquisar financiamento é essencial à compra de imóvel

Em época de maior concorrência entre bancos, após anúncios de corte de juros por várias instituições em diversas linhas de crédito, o consumidor não deve abrir mão de barganhar antes de escolher onde financiar o imóvel.
As taxas variam e, embora as diferenças possam parecer pequenas, têm um impacto importante nas parcelas.
Além dos juros, é preciso avaliar o custo efetivo total cobrado pelo banco, que inclui outros encargos, como seguros de vida do mutuário e do imóvel e tarifa de administração do contrato.
A idade do tomador do crédito, o valor da entrada e o prazo de pagamento são considerados para calcular o custo efetivo total.
A simulação abaixo mostra que, para um casal de 35 anos que financia R$ 250 mil por 20 anos na tabela SAC (em que o valor das parcelas cai ao longo do tempo) para comprar um imóvel de R$ 350 mil, o valor da primeira prestação oscila de R$ 2.916 a R$ 3.350, conforme o banco.
Quem não faz essa pesquisa prévia pode acabar pagando mais do que precisaria. E, mesmo com a possibilidade de, mais tarde, transferir a dívida para outro banco que ofereça taxas mais vantajosas, o custo da mudança, em alguns casos, pode limitar os benefícios da troca.
Em financiamentos imobiliários, as despesas com cartórios, certidões e até nova avaliação do imóvel chegam a 1% do valor do bem.

Publicado por Jornal Floripa
Assessoria gratuita para obtenção de seu financiamento imobiliario:
http://financiamentoimobiliario.imb.br

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os casos em que o FGTS paga o seu imóvel

Em alguns casos, o FGTS pode ser usado para comprar um segundo imóvel, e é possível juntar os recursos do fundo de todas as pessoas que vão morar no imóvel.

Usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada ou amortizar as parcelas de um imóvel de até 500.000 reais é uma verdadeira mão na roda para os trabalhadores brasileiros. Para ter esse direito, porém, é preciso preencher uma série de pré-requisitos, e não se pode ter outro imóvel residencial em seu nome na mesma cidade ou região metropolitana de sua residência.
Mas há uma série de outras regras que podem causar confusão. O presidente do Canal do Crédito – primeiro site de comparação de produtos financeiros do país –, Marcelo Prata, ajudou EXAME.com a responder as principais dúvidas de quem deseja usar os recursos do FGTS para comprar um imóvel. Veja abaixo:
O básico
1. Na aquisição de imóveis, em que casos se pode usar o dinheiro do FGTS?
Para compra de um imóvel residencial construído ou em construção, com ou sem financiamento; amortização ou mesmo liquidação do saldo devedor em financiamentos imobiliários pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou programas do governo; para amortização total ou parcial ou mesmo liquidação do saldo devedor de consórcios imobiliários.
2. Quais as condições para eu usar meu FGTS para adquirir um imóvel?
Para o trabalhador:
- Ter três anos de trabalho sob o regime do FGTS, consecutivos ou não;
- Não ser titular de financiamento ativo dentro do SFH em qualquer parte do país;
- E não ter a propriedade, usufruto, cessão ou mesmo tiver assinado promessa de compra e venda de outro imóvel residencial, concluído ou em construção, localizado na cidade onde trabalhe ou resida, o que também inclui as cidades que façam divisa ou que sejam parte da mesma região metropolitana.
Para o imóvel:
- Ser residencial, urbano e utilizado para a moradia do comprador que utiliza o FGTS;
- Estar localizado na cidade onde o comprador trabalha ou resida há mais de um ano, o que também inclui cidades que façam divisa com a cidade onde se localiza o imóvel, ou que estejam na mesma região metropolitana;
- Estar dentro das regras do SFH, que incluem apenas imóveis de valor de até 500.000 reais atualmente (no caso de imóveis na planta, se quando o imóvel for entregue ele estiver valendo mais do que isso e esse limite não tiver sido ampliado, não será possível usar o FGTS);
- Não ter sido adquirido pelo atual proprietário há menos de três anos com utilização do FGTS.
Obs.: Nunca dê um sinal ou assine uma proposta de compra de imóvel sem antes ter em mãos a matrícula ou certidão atualizada do imóvel, que é emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis, para saber se o bem pode mesmo ser objeto de compra com FGTS.
3. Qual percentual do FGTS posso utilizar?
Até o total presente nas suas contas, desde que esse valor não ultrapasse o valor do imóvel.
4. Apenas a Caixa pode liberar o FGTS para compra de imóvel?
Não. Todo grande banco comercial ou Companhias Hipotecárias habilitadas podem fazê-lo. Por isso, caso deseje utilizar os recursos do FGTS, o comprador pode livremente pesquisar as taxas de juros e o Custo Efetivo Total (CET) nas diferentes instituições financeiras, já que o saque poderá ser utilizado sem qualquer custo adicional.
Quando posso comprar o segundo imóvel residencial usando o FGTS:
5. Sou dono de um imóvel junto com minha ex-mulher, no qual ela reside. Posso comprar um novo imóvel com o meu FGTS?
Sim. É permitida a utilização do FGTS para a compra de nova moradia para o trabalhador que tenha perdido o direito de residir no imóvel de sua propriedade em função de separação judicial, divórcio ou separação extrajudicial, independentemente da fração ideal pertencente a ele e da responsabilidade pelo pagamento da prestação do financiamento para aquisição do imóvel, se houver.
6. Posso comprar outro imóvel usando recursos do FGTS caso meu imóvel seja destruído por uma calamidade, como um incêndio?
Sim, desde que sejam apresentados documentos que comprovem a ocorrência do sinistro e atestem que o imóvel se tornou definitivamente inabitável.
7. Sou proprietário de um imóvel recebido por doação, com usufruto em favor de minha mãe. Posso comprar outro imóvel usando recursos do FGTS?
Sim, o nu-proprietário do imóvel – aquele que é dono, mas não pode gozar do bem devido à chamada incidência de ônus de direito real (o usufruto, no caso) – pode usar o FGTS para comprar outro imóvel desde que fique comprovado que a nua propriedade foi recebida por doação ou herança.
Quando posso comprar um imóvel com outra pessoa usando o FGTS:
8. Posso usar meu FGTS para comprar um imóvel com outra pessoa?
Sim, independentemente do grau de parentesco, desde que o imóvel se destine à residência de todos eles e que atendam a todos os requisitos do FGTS. A regra vale, por exemplo, para companheiros (as) homossexuais, irmãos, mãe e filho ou mesmo pessoas que não sejam parentes ou casais.
9. Posso comprar apenas uma fração de um imóvel com recursos do FGTS?
Sim, é possível comprar uma fração de um imóvel pertencente a outra pessoa com recursos do FGTS, desde que o comprador comprove que vai residir nele, além de cumprir os demais requisitos do FGTS.
10. Sou proprietário de fração de um imóvel residencial (quitado ou financiado, concluído ou em construção). Posso comprar outro imóvel com recursos do FGTS?
Sim, desde que a propriedade da fração ideal seja igual ou inferior a 40% do total do imóvel.
11. Já sou dono da fração de um imóvel residencial (quitado ou financiado). Posso comprar outra fração do mesmo imóvel com recursos do FGTS?
Sim, desde que o comprador figure na escritura aquisitiva do imóvel ou contrato de financiamento como coproprietário. Neste caso, a detenção da fração ideal pode passar de 40%.
12. Posso usar o FGTS para comprar um imóvel se eu já for proprietário de um lote ou terreno?
Sim, desde que comprovada a inexistência de edificação no terreno em questão por meio da apresentação do carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e matrícula atualizada do imóvel.
Outros tipos de usos imobiliários para o FGTS (além de compra de imóveis residenciais prontos ou em construção):
13. Posso usar meu FGTS para comprar um lote ou terreno?
Não.
14. Posso usar meu FGTS para reformar um imóvel?
Não.
15. Posso usar meu FGTS para comprar um imóvel misto (residencial e comercial)?
Sim, mas será considerada apenas o valor da parte residencial.
16. Posso usar meu FGTS para comprar um imóvel de madeira ou pré-fabricado?
Depende da avaliação realizada pelo engenheiro credenciado ao banco. Não há uma restrição explícita, cada caso deve ser analisado separadamente.
17. Posso alugar um imóvel que comprei com recursos do FGTS?
Não. Caso seja detectado pelo Agente Operador do FGTS, a qualquer tempo, por denúncia ou no ato da fiscalização, que o imóvel adquirido nunca serviu de moradia ao trabalhador, o fato será noticiado ao Ministério Público e o trabalhador será cobrado pelo valor utilizado de forma indevida.
18. Posso usar meu FGTS para amortizar parcelas de um financiamento ou consórcio e, mais para frente, utilizá-lo novamente com o mesmo propósito (para o mesmo imóvel)?
Sim. A amortização ou liquidação da dívida de um mesmo imóvel com recursos do FGTS pode ser feita mais de uma vez desde que haja um intervalo de dois anos entre cada movimentação. No caso do consórcio, é preciso estar com as parcelas em dia. Caso esteja inadimplente, o consorciado só poderá usar o FGTS se for para liquidar o saldo devedor.
Consórcios:
19. Quais os pré-requisitos para usar os recursos do FGTS para amortizar as parcelas ou liquidar o saldo devedor de um consórcio?
Para o trabalhador:
Consorciado pessoa física, com conta vinculado do FGTS, que tenha adquirido um imóvel residencial urbano, destinado à sua moradia, com recursos da carta de crédito.

Para o imóvel:
- A cota deve estar contemplada e com o bem entregue;
- O uso da carta de crédito deve ter sido para: aquisição de um imóvel residencial novo, usado ou na planta; aquisição de um terreno com construção de imóvel residencial; ou construção de imóvel residencial em terreno próprio urbanizado.
- O imóvel deve estar registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente em nome do consorciado;
- O valor máximo de avaliação do imóvel não pode exceder ao limite de operação do SFH na data de aquisição, que atualmente é de 500.000 reais.

20. Quais as condições para usar os recursos do FGTS para amortizar parcelas de um consórcio?
Só é permitida a utilização se o consorciado não tiver mais de três parcelas em atraso. A utilização do FGTS neste caso está limitada a 80% do valor de cada parcela, inclusive daquelas em atraso, se for o caso, em até doze prestações mensais. O percentual restante é de responsabilidade do consorciado. Em caso de não pagamento dessa diferença, o consorciado será considerado inadimplente.

Publicado por Exame.com

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Pensando em transferir o financiamento imobiliário? Descubra se vale a pena

Com a recente redução dos juros e aumento dos prazos do  financiamento imobiliário divulgados pelos bancos, muitos mutuários pensam na possibilidade migrar sua dívida para outras instituições. Mas será que vale a pena?
Segundo o assessor jurídico da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), João Bosco Brito da Luz, a mudança de banco durante o financiamento não é aconselhável devido a pouca diferença entre as taxas de juros.
“Não vemos muita vantagem porque o percentual dos juros reduzidos é muito pequeno. Em algumas situações vale a pena tentar um acordo com a financeira atual ao invés de trocar de banco. Além disso, o mutuário corre o risco, depois de tanto trabalho com a documentação, de ter a transferência negada pela instituição financeira, principalmente por seu histórico mostrar perigo de inadimplência”, explica o assessor.
Fique atento
Segundo Brito, o mutuário deve ficar atento as taxas ocultas, muitas vezes abusivas, que são embutidas no contrato de transferência.
“Embora o Banco Central autorize essas tarifas (administração e abertura de crédito, entre outras), o que acontece é o abuso da cobrança em cima do seu percentual. Portanto, antes de optar pela portabilidade é preciso analisar todos os custos. Uma dica é pedir para a financeira o CET (Custo Efetivo Total) que vai mostrar todos os encargos e despesas do empréstimo” ressalta Brito.
De acordo com o presidente da AMSPA, Marco Aurélio Luiz, nesta etapa de transferência de banco há gastos com o cartório que pode chegar a 3% sobre valor do imóvel.
“Será necessário a emissão de certidões, nova averbação do contrato de financiamento para a substituição do credor hipotecário, taxas e emolumentos para o novo registro, além das despesas de tarifas para vistoria do imóvel”, afirma Marco.

Publicado por InfoMoney

terça-feira, 19 de junho de 2012

STJ libera construtoras para cobrarem juros durante as obras

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as construtoras podem cobrar juros nas prestações durante a construção no caso de venda de imóveis na planta, além da correção monetária. A decisão tomada pela Segunda Seção da Corte encerra as divergências que havia entre as turmas e uniformiza a jurisprudência dentro do STJ. Isso significa que todas as ações de consumidores questionando a legalidade da cobrança que chegarem ao tribunal serão rejeitadas.
Em 2010, a Quarta Turma havia decidido que a cobrança era ilegal. No STJ, a questão era dividida. Até que a construtora Queiroz Galvão entrou com um recurso chamado embargo de divergência, para uniformizar as decisões, que foi julgado na semana passada.
Até 2001, as construtoras cobravam juros de 1% ao mês, mesmo durante a fase de construção, mais a atualização pelo índice setorial — o mais usado é o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), da Fundação Getulio Vargas. Naquele ano, portaria da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça proibiu a cobrança, por considerá-la abusiva. Os tribunais estaduais também vinham dando ganho de causa aos consumidores.
Os ministérios públicos nos estados então firmaram Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para que as construtoras deixassem de cobrar o encargo até a entrega das chaves. O mesmo aconteceu no Distrito Federal e o TAC foi assinado por algumas empresas do setor. Desde então, praticamente todo o mercado no DF aboliu os juros durante a construção, com as prestações sendo corrigidas apenas pelo INCC. Somente após a entrega do imóvel, é cobrado o juro de 1% ao mês mais correção pelo IGP-M da FGV, se o financiamento for pela construtora.
Apesar da decisão favorável, os empresários avaliam que a tendência das construtoras é de não voltarem a exigir esses encargos durante a obra. “Houve a unificação do entendimento pelo STJ para que não houvesse dúvidas. Mas acredito que o mercado não vai romper essa prática de não cobrar juros, porque já está consolidada”, afirmou o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), João Paulo Rio Tinto de Matos.
As empresas do DF também devem manter os contratos futuros como foram ajustados com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), sem juros na fase de construção, afirmou o vice-presidente da Ademi-DF, Adalberto Valadão. “A decisão do STJ coloca a limpo essa situação, mas não deve alterar as regras atualmente vigentes”, disse.
No STJ, a cobrança foi considerada legal por seis votos a três. “Ninguém duvida que esses juros compensatórios, em período anterior à entrega das chaves, se não puderem ser convencionados no contrato, serão incluídos no preço final da obra e suportados pelo adquirente, sendo dosados, porém, de acordo com a boa ou má intenção do incorporador”, argumentou o ministro Antonio Carlos Ferreira, que foi seguido por outros cinco (Isabel Gallotti, Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Raul Araújo e Massami Uyeda). Foram contra os ministros Sidnei Beneti (relator do recurso), Paulo de Tarso Sanseverino e Nancy Andrighi.

Ana D'angelo
Publicado no Diario de Pernambuco

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Contratos já preveem atraso em entrega de imóvel

A recente ebulição nas vendas de imóveis novos no Brasil é um fenômeno que pode ajudar a equacionar uma grande porcentagem do déficit habitacional. Os últimos anos têm se mostrado incentivadores, inclusive, da economia, com recordes de unidades vendidas, sobretudo de apartamentos novos. As vendas de imóveis na planta são resultados diretos da estabilidade econômica, aumento do emprego formal, abertura de crédito, entre outros mecanismos de fomento.
Sob o ponto de vista jurídico, a modernização do arcabouço regulatório também significou um incentivo importante ao setor que financia a aquisição desses imóveis, com possibilidade mais ágil de recuperar o bem em caso de inadimplência do mutuário.
Ocorre, porém, que junto com esse aumento expressivo nas vendas, vem crescendo em números alarmantes uma verdadeira “bolha” em construtoras que lançaram unidades, prometeram prazo confortável para entrega, mas não vêm honrando as datas previstas.
A grande maioria dos contratos de vendas de imóveis novos já prevê, em cláusula específica, uma elasticidade de até seis meses além do prometido para entrega do imóvel, com o Habite-se da prefeitura. Mesmo assim, muitas construtoras não conseguiram se programar corretamente e cumprir o contrato. Não se quer imaginar uma “bolha” de inadimplemento de construtoras como ocorreu no passado com a Encol. Porém, é certo que muitos compradores veem seus sonhos alterados unilateralmente, por culpa de algumas construtoras.
Em razão disso, o Judiciário está sendo chamado a resolver muitas disputas contra construtoras acionadas por perdas e danos, quebras de contratos e todo tipo de prejuízos que os adquirentes dos imóveis não entregues pleiteiam.
Sob esse ponto de vista legal, vários entraves de acesso à Justiça também desestimulam as alternativas jurídicas,sendo necessária uma prudente análise de risco associada à uma demanda judicial, dadas as características de morosidade da Justiça.
Todavia, em caso de opção por contencioso judicial, várias são as alternativas. Uma delas é a ação com objetivo de notificar a construtora de que ela tem um prazo contratual a cumprir para a entrega do imóvel e que o inadimplemento dessa obrigação causará prejuízos aos clientes, que deverão ser mensurados e ressarcidos, já que a quebra de confiança na construtora dará causa.
Sob o ponto de vista econômico-financeiro, deve-se analisar a compra de um imóvel na planta sob a ótica de investimento e da realidade imobiliária no momento, na região e até mesmo nas perspectivas de valorização, desvalorização ou estabilização do preço. Ao mesmo tempo, analisar as variáveis, como comprar outro imóvel semelhante, com preços atuais na aquisição.
Essa questão econômico-financeira deve ser determinante para o adquirente de imóvel na planta e não pode passar despercebida pelos órgãos reguladores e demais stakeholders envolvidos e interessados na questão. O movimento econômico do financiamento imobiliário carrega toda uma cadeia de fornecedores essencial para a economia do país. Além disso, a força de trabalho envolvida vem ajudando o Brasil a manter em níveis controlados as taxas de desemprego.

Publicado pela Revista Consultor Jurídico

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Novas regras para financiamento imobiliário já estão valendo

Já valem as novas regras da Caixa Econômica Federal para os financiamentos imobiliários. Pelo novo modelo, os mutuários terão mais cinco anos para quitar os empréstimos. A Caixa ampliou o prazo do crédito habitacional de 30 anos para 35. Os empréstimos serão feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Os financiamentos do SBPE beneficiam apenas os mutuários que ganham mais de R$ 5,4 mil por mês ou que adquirirem imóveis de mais de R$ 170 mil.
A Caixa também reduziu as taxas de juros para essas modalidades. Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caíram de 9% para 8,85% ao ano. Para os imóveis fora do SFH, os juros passaram de 10% para 9,9% ao ano.A instituição também ampliou o prazo dos financiamentos para a construção de casas e apartamentos com recursos da poupança. A partir desta semana, as construtoras e incorporadoras terão 36 meses para pagar os empréstimos. Antes, o prazo correspondia a 24 meses. Os juros dessas linhas também foram reduzidos de 11,5% para 10,3% ao ano.
Para a construção de imóveis comerciais, os juros efetivos caíram de 14% para 13% ao ano. Nas operações de financiamento para a construção e aquisição de imóvel para uso próprio, a empresa pagará taxa de 12,5% ao ano, ante 13,5% cobrados atualmente.
Em todos os casos, o mutuário também pagará a Taxa Referencial (TR), juros variáveis cobrados nos financiamentos imobiliários. No entanto, as taxas efetivas podem ficar ainda menores se o mutuário for correntista da Caixa.
As mudanças não valem para financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que inclui o Programa Minha Casa, Minha Vida. Para essas modalidades de financiamento, o prazo continua 30 anos.
No dia 5, o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, disse que o aumento do prazo dessas linhas de crédito depende de aprovação do Conselho Curador do FGTS. “A Caixa já pediu autorização ao Conselho Curador para aumentar o prazo.”
De acordo com o vice-presidente, a Caixa estima em R$ 96 bilhões a concessão de financiamentos habitacionais para este ano, ante R$ 80 bilhões do ano passado. Até maio, a instituição havia emprestado R$ 36,7 bilhões, contra R$ 25 bilhões nos cinco primeiros meses do ano passado.

Renata Giraldi e Wellton Máximo
Publicado por Exame.com

terça-feira, 12 de junho de 2012

SP: residências de até 85 metros quadrados foram as mais vendidas em abril

As unidades residenciais de até 85 metros quadrados na cidade de São Paulo representaram 67,6% do total de vendas imobiliáriasem abril, de acordo com levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta segunda-feira (11).
Dentro deste segmento, os imóveis com área útil entre 46m² e 65m² se destacaram, ao responder por 46,6% do total de negócios efetuados na cidade. Nesta metragem, foram 935 unidades vendidas no quarto mês, o que levou a um índice de 11,8% de VSO (venda sobre oferta), que mede o desempenho entre o total de unidades vendidas e a oferta existente.
Na sequência estão os imóveis entre 66m² e 85m², cuja participação nas comercializações atingiu 21,0%. Ao todo, 422 unidades foram negociadas em abril e o VSO para esse segmento foi de 8,9%.
Imóveis com área inferior a 45m² e entre 86m² e 130m² registraram participações respectivas de 14,2% e 11,4% do total das vendas. No primeiro caso, 284 unidades foram comercializadas, enquanto no segundo foram 228 imóveis. Já o VSO das unidades foi, nesta ordem, de 11,9% e 8,3%.
Acima de 130m²
As unidades acima de 130m² na cidade de São Paulo somaram 6,8% das vendas imobiliárias em abril. Segundo dados do Secovi-SP, imóveis entre 131m² e 180m² apresentaram o maior nível de participação nas negociações deste grupo, de 4,7%. Este segmento teve 95 unidades vendidas, registrando VSO de 7,6%.
Já os imóveis com área superior a 180m² tiveram participação de apenas 2,1% nas vendas na capital paulista, com 43 unidades residenciais vendidas. O VSO deste segmento foi de 6,6%.

Fabiana Pimentel
Publicado por InfoMoney

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A alta procura por imóveis comerciais em SP

O volume de novos empreendimentos corporativos concluídos em São Paulo subiu 60% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, a demanda pelo imóvel comercial ainda não arrefeceu. Com base em pesquisa MarketBeat, da empresa consultoria Cushman & Wakefield, é possível inferir que o mercado continua aquecido porque os imóveis já estavam comprometidos antes de serem entregues.

Publicado pela Revista Época

terça-feira, 5 de junho de 2012

Preço de imóvel tem menor alta em quase três anos, aponta FipeZap

Em três de sete regiões a variação foi inferior à projetada para a inflação de maio
Depois de uma explosão de preços, o mercado imobiliário dá sinais mais claros que passa por um momento de ajuste. Em maio, o preço do metro quadrado de apartamentos novos medido pelo índice FipeZap subiu 0,9%, a menor valorização desde o início da série histórica, em setembro de 2010. Em três das sete regiões pesquisadas pelo indicador (Belo Horizonte, Distrito Federal e Salvador), a variação foi inferior à projetada para a inflação de maio, de acordo com o boletim Focus, - altas de 0,4% e 0,5% e recuo de 1,3%, pela ordem.
São Paulo (+1,2%) e Rio de Janeiro (+1,1%), os principais termômetros do mercado imobiliário brasileiro, ainda acumulam uma valorização mensal relevante, embora o resultado seja considerado uma boa surpresa por Eduardo Zylberstajn, pesquisador e coordenador do FipeZap. Na opinião dele, a continuidade da desaceleração do valor dos imóveis nas duas capitais é indicativo que a situação atual é bastante diferente da vivida há um ano. Zylberstajn cita o caso da capital fluminense, onde o ritmo de aumento do metro quadrado estava na casa dos 3% em maio de 2011 e agora caiu para um terço disso.
Outra prova desse movimento é que a valorização do metro quadrado nos primeiros cinco meses deste ano é de 6,3% em todo o País, quase a metade do observado em igual período de 2011 (+12%). Na alta acumulada em 12 meses, o índice acumula aumento de 19,9%, valor 1,9 ponto porcentual abaixo do desempenho em igual mês do ano passado.
"Você tem hoje um aumento no número de unidades entregues, que são aquelas que começaram a ser construídas no auge do boom, há dois ou três anos, e isso pode trazer alguma pressão dos preços", afirma. O descasamento entre a demanda e a oferta deve ser olhada com atenção neste ano, afirma Zylberstajn. O aumento ou queda nos preços, ele destaca, não deve ser abrupto. "Tenho a impressão que o ajuste será gradual", afirma.
O pesquisador não acredita que os juros dos financiamentos imobiliários caíam no curto prazo, como já ocorre com as demais modalidades de crédito. "O grosso do estoque ainda tem de ser remunerado pela taxa antiga, independente do que acontece com a Selic", lembra.
Em Fortaleza e Recife, os preços dos imóveis ainda sobem em ritmo superior à média - 2,4% e 1,9%, respectivamente. É uma situação oposta à vivida por São Paulo e Rio de Janeiro ou Salvador, que acumula dois meses seguidos de queda do valor dos apartamentos.
O preço médio do metro quadrado ficou entre R$ 8.254 (Distrito Federal) e R$ 3.618 (Salvador) em maio. Em São Paulo, foi de R$ 6.448 e no Rio de Janeiro, R$ 7.991. A média das seis capitais e o Distrito Federal ficou em R$ 6.594.

Publicado por Estadão.com.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

IGPM – MAIO 2012

IGPM – MAIO 2012

Índice divulgado no último dia de cada mês.
Utilizado no reajuste anual dos aluguéis.
JANEIRO –  0,25%
- acumulado do ano:  0,2500%
- acumulado dos últimos 12 meses:  4,5347% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

FEVEREIRO –  -0,06%

- acumulado do ano:  0,1898%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,4376% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

MARÇO –  0,43%

- acumulado do ano:  0,6207%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,2422% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

ABRIL – 0,85%

- acumulado do ano:  1,4759%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,6534% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

MAIO – 1,02%

- acumulado do ano: 2,5110%
- acumulado dos últimos 12 meses: 4,2623% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

Volume de financiamento imobiliário cai 7% em abril

Foram financiados 32,5 mil imóveis, queda de 16% em relação a igual mês do ano passado.
O volume de empréstimos para compra e construção de imóveis somou 5,7 bilhões de reais em abril, o que representa uma redução de 7% em relação a abril de 2011, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Foram financiados 32,5 mil imóveis, queda de 16% em relação a igual mês do ano passado.

Nos quatro primeiros meses de 2012, os financiamentos imobiliários alcançaram 23,3 bilhões de reais, aumento de 5,2% comparativamente a igual período do ano passado. Mas o número de financiamentos foi de 137,3 mil unidades, 4,9% menor ante os 144,3 mil do primeiro quadrimestre de 2011.

 Em nota, a associação disse que a queda em abril é observada após um período "exuberante" para o crédito imobiliário e lembrou que no 1º quadrimestre de 2011, o crescimento superou os 50% na comparação com o mesmo período de 2010.

 No acumulado em 12 meses até abril, os financiamentos com recursos das cadernetas de poupança evoluíram 27%, atingindo 81 bilhões de reais, ante os 64 bilhões de reais dos 12 meses imediatamente anteriores. No período foram financiadas 485,9 mil unidades, 8% mais em relação aos 12 meses anteriores.

Publicado por Agência Estado