Com a recente redução dos juros e aumento dos prazos do financiamento imobiliário divulgados
pelos bancos, muitos mutuários pensam na possibilidade migrar sua
dívida para outras instituições. Mas será que vale a pena?
Segundo
o assessor jurídico da AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e
Adjacências), João Bosco Brito da Luz, a mudança de banco durante o
financiamento não é aconselhável devido a pouca diferença entre as taxas
de juros.
“Não vemos muita vantagem porque o percentual dos juros
reduzidos é muito pequeno. Em algumas situações vale a pena tentar um
acordo com a financeira atual ao invés de trocar de banco. Além disso, o
mutuário corre o risco, depois de tanto trabalho com a documentação, de
ter a transferência negada pela instituição financeira, principalmente
por seu histórico mostrar perigo de inadimplência”, explica o assessor.
Fique atento
Segundo
Brito, o mutuário deve ficar atento as taxas ocultas, muitas vezes
abusivas, que são embutidas no contrato de transferência.
“Embora o
Banco Central autorize essas tarifas (administração e abertura de
crédito, entre outras), o que acontece é o abuso da cobrança em cima do
seu percentual. Portanto, antes de optar pela portabilidade é preciso
analisar todos os custos. Uma dica é pedir para a financeira o CET
(Custo Efetivo Total) que vai mostrar todos os encargos e despesas do
empréstimo” ressalta Brito.
De acordo com o presidente da AMSPA,
Marco Aurélio Luiz, nesta etapa de transferência de banco há gastos com o
cartório que pode chegar a 3% sobre valor do imóvel.
“Será
necessário a emissão de certidões, nova averbação do contrato de
financiamento para a substituição do credor hipotecário, taxas e
emolumentos para o novo registro, além das despesas de tarifas para
vistoria do imóvel”, afirma Marco.
Publicado por InfoMoney
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