quinta-feira, 31 de maio de 2012

Uma leitura mais profunda do Crédito Imobiliário

Há muito ouvimos que o crédito imobiliário é a “bola da vez” do mercado de crédito. Não é pra menos, quando comparamos os níveis dos volumes de carteira no Brasil com o resto do Mundo e ao observarmos os elevados percentuais de crescimento. No entanto, o nível de participação, mesmo após anos de crescimento ainda é tímido e nessa velocidade não será relevante por muito tempo. Quando observamos o Déficit Habitacional, percebemos a sociedade ávida pela aquisição deste tipo de bem. Muito foi feito ao longo dos últimos 10 anos na esfera governamental, mas para realmente atingirmos níveis de países desenvolvidos, algumas barreiras ainda precisam ser resolvidas. Analisaremos a seguir essas perspectivas.
Segundo estudo da PNAD 2008 (publicada em 2011), temos no Brasil cerca de 56 Milhões de Domicílios. Há um déficit habitacional (caracterizado por aqueles que manifestaram o desejo de constituir novo domicílio) estimado em 5,5 milhões de domicílios, ou seja, aproximadamente 10%.
Há um desequilíbrio entre demanda e oferta que acarretou em um boom imobiliário com consequente elevação dos preços. Para entender a comparação do Brasil com o mundo para sabermos onde estamos posicionados nesse momento, utilizamos o custo por metro quadrado. Esse custo no Brasil (média do Rio de Janeiro e São Paulo) é cerca de doze vezes menor que o de capitais como Londres, Paris e Mumbai.
O Volume de Operações de Crédito (Carteira de Crédito) para financiamento imobiliário no país é crescente a taxas bastante elevadas. Em jan-05 a relação crédito imobiliário % do PIB era de apenas 1,3% e hoje está em 5,2%, ou seja, quadruplicou em 7 anos. No entanto, o Setor público responde por 76% dessa carteira.
Como os prazos do financiamento imobiliário são muito longos (20 a 30 anos) a carteira leva muito tempo para atingir sua maturidade. Para que se tenha uma ideia, atualmente os volumes de concessão de recursos direcionados dessa modalidade são da ordem de R$ 1,1 Bilhão e o duration da carteira em torno de 156 meses. Com esses dados, a carteira madura seria da ordem de R$ 170 bilhões, mas o que observamos atualmente está em torno de R$ 15 bilhões. Essa mesma projeção para o mercado como um todo mostraria uma carteira na ordem de R$ 795 bilhões (quando hoje observamos cerca de R$ 210 Bilhões), dado o volume de concessões mensais na ordem de R$ 6,3 bilhões.
O mercado de financiamento imobiliário continuará sendo apontado como a bola da vez, pois parâmetros como o déficit habitacional, a baixa relação (quando comparada com outros países) de crédito imobiliário sobre crédito total, a alta intervenção do governo que evidencia o espaço para o setor privado, e finalmente as condições que ainda podem ser melhoradas – nível de juros, desburocratização do processo e opções de funding – evidenciam que ainda estamos na infância desse mercado no Brasil.

Publicado por DCI

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Medida facilita a portabilidade do crédito imobiliário no País

Ainda pouco utilizada, a operação possibilita a transferência de financiamento entre instituições financeiras
O relator da medida provisória que altera a remuneração da caderneta de poupança, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) incluiu, em seu parecer, medidas que facilitam a portabilidade do crédito imobiliário. A proposta teria aval da equipe econômica e do Planalto. Atualmente, os custos praticamente inviabilizam essa portabilidade, embora ela já exista desde 2006. O texto seria apresentado ontem à comissão mista do Congresso que analisa os critérios constitucionais da medida, mas a reunião foi adiada por falta de quorum. O parecer deve ser analisado no dia 12 pelo colegiado.
Pela proposta do relator, fica autorizada a substituição de contrato de financiamento imobiliário e a consequente transferência da garantia fiduciária ou hipotecária, em ato único, a outra instituição financeira que não a original do contrato.
Redução dos juros
Na avaliação do petista, isso pode representar um novo financiamento e auxiliar na redução das taxas de juros ao crédito.
O relatório estabelece que não será preciso um novo registro do imóvel para formalizar a operação, porque os termos de renegociação do saldo devedor serão fechados entre as instituições financeiras e os clientes.
Quitação
De acordo com o texto, quando a quitação da dívida decorrer da portabilidade do financiamento, não será emitido o termo de quitação, cabendo, quanto à alienação fiduciária, a mera averbação da sua transferência – operação a ser realizada entre os bancos, segundo o relator.
Segundo o parecer, o financiamento imobiliário depende de grande parte dos recursos oriundos da poupança. Conforme dados do Banco Central, de março de 2011 a fevereiro de 2012, os financiamentos para aquisição e para construção de imóveis habitacionais no âmbito do sistema financeiro de habitação chegaram a R$62,27 bilhões, materializados em 420.221 unidades.
“Estamos falando, portanto, de um dos principais motores da economia, e consequentemente do emprego, que é a construção civil”, justifica o relato.
Pouco usada
Para o economista Alex Araújo, os custos ligados à portabilidade imobiliária e a dificuldade para encontrar, em outros bancos, facilidades que justifiquem a troca são os principais motivos para que a operação, criada em 2006, ainda seja pouco utilizada.
A transferência da dívida, explica, implica em gastos que recaem sobre o cliente e podem tornar inviável a troca. Desse modo, diz, é importante que o interessado na portabilidade imobiliária analise não apenas as facilidades oferecidas pelas instituições financeiras, mas também esteja atento aos custos que terá quando realizar a transferência, uma vez que, hoje, recai sobre o cliente os gastos ligados à alienação fiduciária. ” A pessoa tem que colocar tudo no papel e ver se compensa a portabilidade”.
Mudanças na poupança
Além de facilitar a portabilidade do crédito imobiliário, Henrique Fontana fez outra modificação no texto encaminhado pelo Executivo, determinando que o Banco Central divulgue as taxas de remuneração da caderneta de poupança decorrentes das mudanças propostas na MP.
A principal modificação da MP é em relação à mudança na remuneração da caderneta quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ao ano ou menor do que esse patamar. Nesse caso, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a TR (Taxa Referencial).
Votação
O Planalto quer votar a MP antes do recesso parlamentar, previsto para 17 a 31 de julho. Além de passar pela comissão mista, o texto precisa ser votados nos plenários da Câmara e do Senado. Na Câmara, a medida provisória da poupança é a 12ª segunda medida na fila de votações.

Publicado por Diario do Nordeste

terça-feira, 29 de maio de 2012

Imóvel usado: veja os cuidados para não comprar uma propriedade enrolada

Na hora de adquirir um imóvel, informação nunca é demais. Se a casa ou o apartamento for usado a situação é ainda mais delicada, e o interessado deve observar diversas questões para não sair no prejuízo.
Pensando nisso, o Procon-SP elaborou uma série de dicas para os que estão em busca de um novo lar. E o primeiro passo é analisar bem a oferta. A frustração e o arrependimento podem nascer por diversos motivos, entre eles, o fato de não ter escolhido ou avaliado bem a região.
Barulho, trânsito, confusão
Por isso, é importante visitar o imóvel tanto de dia quanto de noite. Caso esteja situado em um local movimento, passe na frente nos horários de pico, para verificar o quanto o trânsito e o barulho desvalorizam o imóvel. Observe ainda se o bairro possui a infraestrutura  que você precisa, como escolas, posto de saúde, iluminação e bancos, por exemplo.
Também é necessário verificar as condições do imóvel, como encanamento, rede elétrica, ventilação, iluminação dos ambientes. Além do estado de conservação do teto, telhado, paredes e piso. Vazamentos, rachaduras e mofo podem ser sinais de problemas graves e, principalmente, caros para consertar.
Problemas com documentação
Pior do que se arrepender por ter descoberto que se mudou para o local mais barulhento do mundo, é ter problemas com documentação. Para evitar transtornos, é importante solicitar ao vendedor, ou procurar por conta própria, uma série de documentos, que deverão provar que tantos os vendedores quanto o imóvel não estão enrolados.
Veja a lista elaborada pelo Procon – de documentos que o interessado pelo imóvel deve ter em mãos antes de fechar o negócios:
- Certidão Vintenária com negativa de ônus atualizada. Esse documento é fornecido pelo Cartório de Registro de Imóveis competente e informa sobre os últimos 20 anos do imóvel hipoteca, pendência judicial, titularidade, etc;
- Certidões negativas dos cartórios de protesto da cidade onde o proprietário reside;
- Certidões negativas de débito relativo ao IPTU. Certifique-se de que a metragem constante na escritura seja a mesma descrita no carnê;
- Existindo financiamento do bem, verifique as condições de liberação ou transferência;
- Solicite declaração negativa de débito ao síndico do condomínio;
- Informe-se também sobre a existência de projeto de desapropriação para a área do imóvel. Para isto, consulte a prefeitura de seu município.
Compra enrolada
Ao comprar um imóvel usado, os documentos são essenciais para comprovar que ele não está enrolado. O atual proprietário, por exemplo, pode ter dado o imóvel como garantia em algum empréstimo.
De acordo com o diretor da franquia imobiliária RE/MAX EMPIRE, Felipe Godoy, é importante ter a matrícula do imóvel. Esse documento registra todos os eventos que aconteceram com a propriedade, ou seja, se foi dado como garantia do empréstimo.
Além disso, a situação dos donos do imóvel também pode interferir no processo de compra, sobretudo, se for via financiamento. Se os vendedores tiverem dívidas com a União, o imóvel deverá ser citado e dificilmente aprovado em um processo de financiamento.
Quando for comprar, confira a situação civil do proprietário. Se na escritura estiver o nome de um único dono e ele for casado em comunhão de bens, o imóvel é dos dois. O que vai exigir a assinatura tanto do marido, quanto da mulher.

Publicado por InfoMoney

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Portabilidade de crédito imobiliário tem que ter custo reduzido para compensar

Mesmo com esforços do governo, prática pode ser desvantajosa na categoria, alertam especialistas
No Brasil, os devedores podem transportar um crédito de um banco para outro - seja um pequeno empréstimo ou um financiamento imobiliário - desde 2006, por meio da chamada portabilidade de crédito. No entanto, apesar de funcionar bem quando se trata de linhas financiamento de produtos e veículos, a prática pode ser desvantajosa na categoria imobiliária, devido ao custo do processo.
Por isso mesmo, o governo anunciou na última semana estar buscando novas regras nesta área específica. E para tornar a portabilidade de crédito imobiliário mais viável, é preciso diminuir os gastos do tomador de crédito com documentos cartoriais e impostos relativos à transferência da propriedade, segundo especialistas.
Para transferir seu crédito imobiliário, o mutuário primeiro procura a nova instituição financeira para a qual deseja transferir o financiamento. Em seguida, se for aprovado pelo banco, será feita uma liquidação antecipada do valor do imóvel ao banco anterior, isto é, todo o saldo devedor será quitado pelo novo credor, explica Celso Petrucci, economista do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
De acordo com a Caixa Econômica Federal, qualquer contrato pode ser portado e as condições para receber transferências de financiamentos são as mesmas praticadas ao se iniciar um crédito.
Até aí, tudo parece bem. Mas como o imóvel fica no nome do banco durante um financiamento, no sistema de alienação fiduciária, a nova instituição deverá transferir o bem para si.
E apesar da portabilidade não embutir nenhum custo bancário, existem três tarifas a serem pagas: a averbação de quitação do imóvel e o registro do novo financiamento, ambos custos cartoriais, e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), taxa da prefeitura, complementa Petrucci.
Isso quer dizer que se o seu banco cobra 10,5% de juros ao ano e você quer mudar para outro que cobre 8,5%, isso é possível. Porém, “em um imóvel de R$ 200 mil, você poderá pagar até cerca de R$ 7 mil! Não vale a pena no fim das contas”, opina o economista.
O presidente do Canal do Crédito, Marcelo Prata, lembra também que esse valor deve ser desembolsado pelo mutuário de uma só vez ao fazer a portabilidade do crédito. Por isso, é preciso ficar atento se o comprador tem esta verba. Outro ponto importante citado pelo especialista é a diferença no valor a ser pago nas novas parcelas.
Parcelas podem ficar mais caras
Prata explica que é comum os financiamentos serem feitos no Sistema de Amortização Constante (SAC), o que significa que o valor das parcelas vai diminuindo com o tempo. No entanto, quando o mutuário muda de banco, é como se iniciasse um novo financiamento. E as parcelas podem começar mais altas para depois irem caindo aos poucos. Tudo isso deve ser levado em consideração.
O especialista inclui como impeditivo a dificuldade nos processos operacionais que o mutuário pode enfrentar, considerando que a portabilidade no crédito imobiliário não é tão comum. “Não é má vontade dos bancos. É complicado mesmo”, finaliza.
Prata apresenta uma situação em que a portabilidade pode compensar. “Para financiamentos contratados há três anos, financiando 80% do valor do imóvel e com prazo total de 360 meses, essa economia real acontece desde que a portabilidade leve a uma redução de 1,5% na taxa de juros”, diz.
Saiba quais são os custos de transferência de um imóvel
É possível ter uma ideia do quanto custaria fazer a portabilidade de crédito imobiliário do seu imóvel. Para isso deve-se somar:
- 2% do valor do imóvel em ITBI (no caso da prefeitura de São Paulo)
- Taxa de engenharia de R$ 250, de acordo com informações da Arisp (Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo)
- Averbação de quitação do financiamento
- Registro do novo financiamento
As duas últimas tarifas podem ser encontradas no site da Arisp, em uma tabela que varia com o valor da propriedade. Nesta tabela, há os valores dos imóveis e o total das respectivas taxas. Para imóveis que custam menos que R$ 500 mil, que fazem parte do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), há um desconto de 50% neste total.
Por exemplo, em uma propriedade de R$ 300 mil, o ITBI custaria R$ 6 mil, mais R$ 250 de taxa de engenharia, averbação de R$ 210,49 e R$ 765,17 no novo registro. O mutuário teria que desembolsar, de uma só vez, R$ 7.225,66 para realizar a portabilidade.
Soluções
Assim como o governo anunciou que está estudando novas regras para facilitar o processo da portabilidade na categoria imobiliária, a Arisp informou que os registradores de imóveis também estão buscando alternativas para facilitar esta prática.
Na opinião de Celso Petrucci, do Secovi-SP, é necessário alguma mudança na lei de registros, permitindo apenas uma averbação ou um contrato, ou a criação de descontos no ITBI para este tipo de operação.
Para o presidente do Canal do Crédito, a integração digital entre os cartórios poderia facilitar a portabilidade. Principalmente quando o imóvel estiver localizado em municípios distantes do mutuário, já que não seria necessária a presença dele no local.
A partir do momento em que o processo for simplificado, pode haver um aumento no número de portabilidades e “é aí que os bancos terão que se adaptar”, completa Prata.

Publicado por: O Dia

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lançamentos de conjuntos comerciais em SP tem a maior alta dos últimos anos

O lançamento de conjuntos comerciais no município de São Paulo, em 2011, atingiu a maior alta dos últimos anos, de acordo com dados divulgados pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo).
O mercado recebeu 7,3 mil novas unidades desse tipo de empreendimento, batendo os números de anos anteriores como 2009 (com 3,5 mil conjuntos) e 2010 (com 5,8 mil lançamentos). Segundo o levantamento foram lançadas 900 unidades no primeiro trimestre deste ano, que somam um investimento de R$ 400 milhões. “As incorporadoras se focaram em médios investidores, buscando diversificar seus investimentos e também atender à demanda de ocupantes de espaços menores, que buscam estar mais próximos as suas residências, evitando o deslocamento. Por conta disso, boa parte desse estoque foi entregue em bairros das zonas norte e leste”, explica Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais

Texto gentilmente cedido por PortalVGV

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mercado de locação exige separação clara entre setor residencial e comercial

Para aprimorar o mercado de locação, uma alteração considerada urgente pelo vice-presidente de gestão patrimonial e locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Walter Cardoso, é a separação clara entre as regras da locação residencial e a comercial.

Cardoso entende que esses perfis de locação são altamente diferentes, não sendo possível tratar um processo de locação para uma família da mesma forma como se trata a locação feita pelas grandes empresas. Para isso o presidente sugere criação de capítulos específicos na Lei do Inquilinato.
“Definitivamente, não faz sentido manter as atuais condições. O aluguel residencial possui regras que não se aplicam à área comercial, notadamente quando se avalia a grande evolução que ocorreu – e continua a ocorrer – no mercado corporativo, cuja complexidade e práticas exigem normas peculiares”, diz Cardoso.

Nova Lei do Inquilinato
Cardoso reconhece os benefícios da nova Lei do Inquilinato, que melhorou muito as relações entre inquilinos e proprietários de imóveis para moradia. O equilíbrio, entre outras vantagens, permitiu que muitas unidades que estavam fechadas voltassem ao mercado, o que refletiu na redução dos valores dos aluguéis.
Para o presidente, as leis precisam se adequar a realidade do mercado. Isso, inclusive, traz benefícios para todos, tanto sociedade quanto empresas. “Assim foi, por exemplo, com o patrimônio de afetação, a criação dos fundos de investimento imobiliário, o marco regulatório do crédito imobiliário e o programa Minha Casa, Minha Vida”, explica o presidente.

Segmento de inflexão
Para Cardoso, o momento atual exige inovação no segmento comercial. É preciso, ainda, oferecer garantias similares às existentes na área residencial. “Estamos com um bom mercado, mas com marco regulatório insuficiente”, avalia o presidente.
Existe ainda a necessidade de padronizar as áreas locáveis de escritório, “de forma a se definir uma referência nacional, haja vista que o setor utiliza parâmetros internacionais que, embora consagrados, podem não refletir perfeitamente a nossa realidade”, diz o presidente.

Publicado por InfoMoney

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caixa prevê R$ 100 bi em crédito imobiliário em 2012

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, estimou em R$ 100 bilhões o volume de crédito imobiliário que será concedido pelo banco em 2012. "A estimativa anterior era de R$ 96 bilhões, mas estou apostando em mais R$ 4 bilhões", disse o executivo, nesta sexta-feira, na abertura do Feirão Caixa da Casa Própria para a Região Metropolitana de São Paulo. Neste ano, as operações de financiamento imobiliário da Caixa já somaram R$ 32 bilhões, segundo Hereda.
Ele lembrou que, há oito anos, no primeiro Feirão Caixa da Casa Própria, o crédito imobiliário não ultrapassava R$ 5 bilhões por ano. "A gente tinha medo de que as famílias chegassem ao feirão e não encontrassem alternativas para comprar os imóveis", disse. "No ano passado, o crédito imobiliário chegou a R$ 80 bilhões, por causa de programas de incentivo e facilitação das condições de financiamento".
O presidente da Caixa também disse que a instituição baixará os juros sempre que for possível. "Vamos mostrar que é possível baixar juros sem perder rentabilidade." Hereda elogiou os resultados financeiros da Caixa no primeiro trimestre de 2012 e destacou que a carteira de crédito total cresceu R$ 20 bilhões de janeiro a março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011. "Já os quatro maiores bancos privados do País, juntos, elevaram a carteira em R$ 13 bilhões", disse.
A oitava edição do Feirão Caixa da Casa Própria ofereceu, de sexta-feira até domingo, 200 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo.

Publicado pela Agência Estado

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Preço do aluguel comercial de edifícios classe A em São Paulo é o maior do País

O preço médio do aluguel comercial dos imóveis classe A na cidade de São Paulo fechou o primeiro trimestre em R$ 123,7 por metro quadrado. Segundo levantamento realizado pela consultoria Cushman & Wakefield, trata-se do maior valor registrado no País.
Na comparação com os primeiros três meses do ano passado, houve um crescimento de 33,9% nos preços.
Ao analisar as regiões, a Faria Lima, Itaim e Vila Olímpia são as mais valorizadas de São Paulo. Nestes locais, o preço médio ficou em R$ 176,5, R$ 165,8 e R$ 133,2 por metro quadrado, respectivamente.
Sobre a taxa de vacância (relação entre o volume de imóveis disponíveis e o volume total existente), a pesquisa indica que ficou em 11,7%. A alta pode ser explicada ao novo estoque entregue principalmente nos três primeiros meses do ano.
Rio de Janeiro
O estudo indicou também o mercado de imóveis comerciais de alto padrão na cidade do Rio de Janeiro. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de vacância fechou em 6,3%, baixa de 0,3 ponto percentual, em relação ao mesmo período de 2011.
O preço médio da locação também recuou 7,7%, chegando a R$ 120,7 por metro quadrado. A queda de deve ao preço pedido médio praticado nos edifícios de alto padrão recentemente entregues na região da Barra da Tijuca, que é inferior à maioria das regiões.
Por região, as mais valorizadas continuam sendo a Zona Sul, Orla e Centro, cujas médias fecharam em R$ 203,3, R$ 181,4 e R$ 126,7/m², cada um. respectivamente. Na Barra da Tijuca, o preço médio é de R$ 98,2/m², enquanto na Cidade Nova é de R$ 90 por metro quadrado.
Brasil
No geral, a maioria das cidades pesquisadas registrou crescimento nos preços pedidos de locação no primeiro trimestre do ano. As maiores variações anuais foram observadas em Curitiba (39,9%), Brasília (33%) e Vitória (19,1%), cujas médias fecharam respectivamente em R$ 55, R$107 e R$ 53,8/m², respectivamente.
Com os resultados apresentados, a consultoria acredita que 2012 será mais um ano promissor para o mercado de escritórios de alto padrão no País.
A atividade construtiva permanece em expansão; devendo duplicar o volume do novo estoque entregue em 2011; objetivando atender adequadamente à demanda não somente nos tradicionais mercados de São Paulo e Rio de Janeiro, como também nas demais capitais do país”, conclui o estudo.

Publicado por InfoMoney

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Isenção de imposto sobre venda de imóveis é aprovada

Quem vende um imóvel e utiliza o dinheiro para a compra de outro no prazo de um ano estará isento de imposto de renda incidente sobre eventuais ganhos obtidos nas transações, o chamado ganho de capital ou lucro imobiliário. Essa é a essência do relatório do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao Projeto de Lei do Senado (PLS nº 21/2009), aprovado por unanimidade e em decisão terminativa nesta terça-feira (08/05) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.
Ao duplicar o prazo atual de 180 dias para isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o senador Eduardo Suplicy explicou que os valores elevados dos imóveis residenciais e o número de pessoas envolvidas tornam a transação, em muitos casos, altamente complexa, não se resolvendo rapidamente. Aumentando o prazo de 180 dias para 365 dias, o mérito do projeto é garantir prazo necessário para que o vendedor do imóvel compre outro nesse período e fique isento do pagamento do imposto de renda sobre os valores.
Um exemplo comum ocorre quando uma pessoa compra um imóvel e depois que os filhos crescem decide vendê-lo. Pagou-se pela casa R$ 30 mil a vinte anos e vendeu por R$ 100 mil, o imposto apenas incidirá sobre a diferença, o ganho de capital de R$ 70 mil, desde que essa pessoa não adquira outro imóvel no período de 365 dias.
“Esse lucro auferido na venda não será tributado se a pessoa física adquirir outra casa em 365 dias e atende uma reivindicação antiga”, afirmou Suplicy.

Texto gentilmente cedido por Focando

sexta-feira, 4 de maio de 2012

IGPM – Abril 2012

IGPM – Abril 2012

Índice divulgado no último dia de cada mês.
Utilizado no reajuste anual dos aluguéis.

JANEIRO –  0,25%

- acumulado do ano:  0,2500%
- acumulado dos últimos 12 meses:  4,5347% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

FEVEREIRO –  -0,06%

- acumulado do ano:  0,1898%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,4376% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

MARÇO –  0,43%

- acumulado do ano:  0,6207%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,2422% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

ABRIL – 0,85%

- acumulado do ano:  01,4759%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,6534% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Caixa vai reduzir juros para financiamento imobiliário


A Caixa Econômica Federal anunciou ontem que irá reduzir mais uma taxa de juros, desta vez o foco será o crédito imobiliário. A instituição financeira, que informará hoje qual será o percentual de diminuição dos juros, oferece uma das taxas mais baixas do mercado para esta modalidade de empréstimo. Para os clientes que compram imóvel por meio SFH (Sistema Financeiro de Habitação) a taxa de juros hoje varia entre 8,9% e 10% ao ano.

Há expectativa também de redução nas taxas cobradas pelos imóveis financiados pelo Minha Casa, Minha Vida, programa do governo federal. O percentual cobrado varia de acordo com a renda salarial, mas que fica entre 5,12% a 8,47%. A instituição, no entanto, não confirma queda nesta modalidade.

AÇÕES - A Caixa está com estratégias agressivas com o objetivo de ganhar mercado nos próximos anos. Depois dos cortes nas taxas de juros, o banco anunciou na segunda-feira linha de financiamento para a compra de eletrodomésticos da linha branca e móveis para os inscritos no Minha Casa, Minha Vida. Hoje a instituição ocupa a quarta posição no ranking dos 50 maiores bancos brasileiros, de acordo com o BC (Banco Central). Itaú, Banco do Brasil e Bradesco lideram.



Publicado por
Diario do Grande ABC