terça-feira, 31 de julho de 2012

Crédito imobiliário desacelera e deve crescer menos em 2012

As concessões de financiamento imobiliário devem crescer menos que o esperado no encerramento deste ano, após o primeiro semestre mostrar desaceleração na liberação de recursos, refletindo a perspectiva de fraco desempenho da economia em 2012 somada à redução do volume de lançamentos de imóveis pelas companhias do setor.
A associação que representa as entidades de crédito imobiliário e poupança no país, Abecip, reduziu nesta quinta-feira a projeção de financiamento para compra e construção de imóveis em 2012 para 95,9 bilhões de reais. Anteriormente, a estimativa era de 103,9 bilhões de reais em recursos este ano.
A nova previsão equivale a um aumento de 20 por cento sobre os 79,9 bilhões de reais liberados em 2011 e, segundo o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Júnior, é positiva para o setor.
"Essa desaceleração é saudável para o mercado... não é possível manter o crescimento a taxas exponenciais", disse ele a jornalistas nesta quinta-feira. "É importante termos crescimentos menores e mais consistentes ao longo do tempo".
Na primeira metade deste ano, os recursos concedidos pelo sistema brasileiro de poupança e empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário ficaram praticamente estáveis ano a ano, com leve alta de 0,1 por cento, para 37,04 bilhões de reais. No período, foram financiados 214,3 mil imóveis pelo sistema, montante 9 por cento menor na mesma base de comparação.
Os números consideram apenas os recursos da caderneta de poupança. Se somado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o volume de crédito imobiliário entre janeiro e junho foi de 54,2 bilhões de reais, alta anual de 3 por cento e equivalente a 257 mil unidades.
O desempenho do semestre refletiu a postura que vem sendo adotada pelas construtoras e incorporadoras, de reduzir o volume de lançamentos e priorizar a rentabilidade, reorganizando as operações e vendendo imóveis em estoque.
"O setor percebeu a necessidade de um freio de arrumação... essa redução já era esperada para não haver continuidade dos problemas enfrentados", afirmou Lazari, citando como exemplos os atrasos de obras e a escassez de mão de obra.
Ele assinalou ainda os efeitos da crise econômica mundial sobre o Brasil, a redução das projeções de crescimento para o país este ano e a revisão das estimativas dos bancos para produtos de crédito, conforme balanços do segundo trimestre já divulgados.
O valor médio dos financiamentos ficou em 173 mil reais no primeiro semestre, sendo que o percentual financiado --considerando o valor total do imóvel-- foi de 63,2 por cento.
"(Esse percentual) dá tranquilidade grande para operar com índice de inadimplência bastante baixo", acrescentou.
Considerando os contratos com três prestações em atraso, o nível de inadimplência nos seis meses até junho atingiu 1,9 por cento, o menor patamar do sistema bancário, segundo a Abecip.
Em termos de preços de imóveis, a entidade estima para o segundo semestre um cenário de manutenção. "O momento é de estabilidade de preços. A tendência é que o crescimento visto nos últimos anos não aconteça, mas também (os preços) não vão cair", disse Lazari.
A Abecip informou também que, em junho, a poupança apresentou captação líquida positiva de 4,1 bilhões de reais. Com isso, a captação líquida no primeiro semestre alcançou 12,5 bilhões de reais, volume já superior ao apurado em todo o ano passado, que foi de 9,4 bilhões.

Por Vivian Pereira
Publicado por Reuters Brasil

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Maior problema de fundo imobiliário é imóvel mal avaliado

Se o investimento em um único imóvel e a chance de irregularidades desconhecidas até pelo gestor elevam o risco dos fundos imobiliários de shopping centers, esses não são, necessariamente, os maiores problemas desses fundos. Na opinião de Sérgio Belleza, especialista em fundos imobiliários, os piores problemas dos cotistas de fundos imobiliários de shoppings paulistanos não são as irregularidades, mas sim a superavaliação e o insucesso de alguns empreendimentos, que vêm impactando negativamente nos rendimentos dos fundos.

É o caso do shopping West Plaza, em Perdizes, e do Mais Shopping Largo 13. O West Plaza está sendo fiscalizado pela Prefeitura de São Paulo, mas este não é o maior problema de seus cotistas, diz Belleza. “O mais preocupante é que sua garantia mensal de rentabilidade está prestes a acabar, e depois disso esse fundo vai ter uma performance pior, pois foi vendido a um preço muito superior ao que realmente valia”, diz o especialista. “Nem com todo o crescimento do varejo e da renda do brasileiro o shopping consegue uma performance conforme o esperado, o que mostra que foi muito mal avaliado”, opina.
O shopping da Zona Oeste ofertou suas cotas com uma renda mínima garantida de 0,83% ao mês durante 48 meses a partir do início do fundo em 2008, mas não tem conseguido superar esse valor, pago pela Brazilian Finance, antiga controladora da Brazilian Mortgages, administradora do fundo. “O West Plaza está longe de render acima dessa renda mínima.
Houve mês em que sua real rentabilidade foi de 0,22%. A expectativa é que, ao término do prazo, o rendimento seja de algo como 0,50% ao mês”, diz Belleza.
Já o Mais Shopping Largo 13, fundo que investe no shopping homônimo, vem apresentando uma rentabilidade sofrível desde que estreou na Bolsa em 2010. O valor da cota, lançada a 1000 reais, já caiu à metade. Para Sérgio Belleza, o Mais Shopping Largo 13 também foi superavaliado. “É um shopping extremamente popular. Um dos maiores riscos em shoppings é ser temático ou inovador. A intenção era trazer para dentro do shopping os vendedores de rua do Largo 13, um local extremamente movimentado de São Paulo. Mas não deu certo e nada demonstra que isso possa acontecer no curto prazo”, diz o especialista. O Largo 13 não está entre os shoppings com pendências na Prefeitura de São Paulo.
Na opinião de Sérgio Belleza, embora a regularização do imóvel seja de extrema importância, as ameaças de fechamento dos estabelecimentos por parte da Prefeitura de São Paulo são também uma punição à população, aos lojistas, aos empregados e aos investidores. “Quem está errado é que deve ser punido”, diz Belleza.

Publicado por Exame.com

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Imóveis: Fique atento ao prazo para recorrer à justiça

Problemas como taxas indevidas, atrasos na obra e juros abusivos são mais comuns do que deveriam ser. Por conta desta realidade, os donos de imóveis devem recorrer à Justiça para fazer valer os seus direitos. A AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, no entanto, alerta os mutuários para que não percam o prazo de prescrição do contrato para entrar com ação.

O prazo para recorrer à Justiça para os lesados quanto as taxas abusivas é de três anos após o seu pagamento total.

Segundo levantamento da AMSPA – Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, de janeiro a maio deste ano, o número de reclamações sobre atraso na entrega da obra aumentou 23%, atingindo 762 queixas contra 620 em 2011. Além do não cumprimento do prazo para a entrega, os juros indevidos e a cobrança de taxas abusivas, como SATI e Corretagem também são outras reclamações que tem sido recorrentes na instituição.

Segundo João Bosco Brito da Luz, assessor jurídico da AMSPA, explica que com a facilidade de acesso à informação, os mutuários estão mais cientes dos seus direitos. “Antes muitos contratos de financiamento embutiam a cobrança de taxas indevidas e o futuro mutuário não tinha conhecimento da sua ilegalidade. Agora, o dono do imóvel conhece essa prática e está requerendo o ressarcimento desses valores. Muitos, porém, perdem o prazo para entrar com a ação”.

Para os consumidores lesados quanto as taxas abusivas, que inclui o SATI – Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária e a comissão do corretor, o prazo para reclamar em juízo é de três anos e começa a contar após o seu pagamento total. Já aos juros indevidos ou demais incorreções na cobrança do financiamento o tempo para recorrer à Justiça é de cinco anos a partir do termino do contrato. “É importante que o mutuário tenha um auxílio de um especialista para alertar quanto a incorreções do seu contrato para que o adquirente do bem possa correr atrás de seus direitos”, alerta João Bosco Brito.

Nas situações de atraso da obra, o tempo para recorrer à Justiça é de cinco anos. O prazo passa a contar a partir da entrega das chaves ou expedição do “Habite-se”. “O proprietário do imóvel pode pleitear, no Poder Judiciário, o pagamento da multa de 2% e mais os juros de mora de 1% ao mês pelo atraso, desde o primeiro dia do não cumprimento do prazo, estabelecido em contrato, para entrega do imóvel”, esclarece Luz.

No caso de cobrança ilegal no financiamento, se o consumidor recorrer ao Poder Judiciário terá o direito de receber de volta a quantia em dobro acrescida de correção monetária, juros, além de ser ressarcido por danos materiais, conforme determina o Artigo 42, do Código de Defesa do Consumidor. “Já no caso de sinistro, o prazo para reclamar do seguro é de um ano, a contar da data de sua assinatura”, esclarece.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

7 itens para analisar na vistoria do imóvel alugado

Uma das cláusulas do contrato de locação diz que o inquilino deve devolver o imóvel alugado para o proprietário da mesma forma que o encontrou no início do contrato. Se a pintura era nova, será preciso pintar novamente, da mesma cor; se o carpete era novo, ou se estava limpo, será preciso mandar lavá-lo – e se houver algum dano, até trocá-lo.
Qualquer dano deverá ser reparado, mas os desgastes que já existiam antes da chegada do locatário poderão permanecer como estão. Para evitar problemas na hora da entrega das chaves, portanto, é fundamental fazer um laudo de vistoria assim que o contrato é firmado.
No laudo de vistoria, inquilino e proprietário devem listar todas as condições de conservação do imóvel, como o estado da pintura, do piso, do carpete, das portas e de eventuais móveis, além de fotografar cada detalhe. Esse laudo se torna parte integrante do contrato de locação, e é baseado nele que o inquilino vai ajeitar o imóvel para a entrega, quando for embora. Mas o que exatamente deve ser observado? Confira a seguir um check list com 7 itens que devem estar presentes na vistoria do imóvel alugado:
1. Pintura: especifique com que cor e tipo de tinta as paredes, tetos, portas e janelas da casa estão pintados e qual é o estado da pintura;
2. Fechaduras e trincos: sinalize o estado de conservação e funcionamento de todos os trincos e fechaduras da casa;
3. Hidráulica: abra todas as torneiras e cheque o escoamento em todos os pontos de água do imóvel;
4. Pisos, azulejos e revestimentos: documente o tipo de piso e revestimento de todos os cômodos e o estado de conservação de cada um deles; nas áreas molhadas que tiverem azulejo na parede, faça a mesma coisa;
5. Parte elétrica: acenda as luzes, teste todas as tomadas e verifique o quadro de luz para documentar o funcionamento e estado de conservação da rede elétrica;
6. Vidros: é importante notar se os vidros das janelas estão em bom estado, bem como se as janelas estão abrindo e fechando normalmente; registre qualquer trinco ou rachadura que encontrar;
7. Mobília: caso o imóvel possua algum móvel, como armários, estantes, gabinetes etc., certifique-se de inserir no laudo de vistoria o estado de conservação de cada um deles, bem como o funcionamento de puxadores e dobradiças, no caso de portas de armários, gabinetes e afins.
Se depois da vistoria o inquilino encontrar algum problema estrutural, como um entupimento do prédio que afetou os canos do apartamento, ou mesmo uma infiltração, que não pôde ser identificado na hora de fazer o laudo inicial, a responsabilidade pelo conserto é do proprietário. Nesse caso, ou o locador paga o conserto, ou abate o valor do aluguel.

Publicado por Exame.com

terça-feira, 24 de julho de 2012

Verticalizar não é o problema, mas a solução

Vejo que muitos têm criticado o recente boom imobiliário das grandes capitais brasileiras argumentando que a verticalização tem acabado com a qualidade de vida das cidades.
Em São Paulo, por exemplo, ONGs e associações têm sido criadas com o intuito de barrar a construção de prédios em certos bairros.
Argumentos como transito, colapso da infraestrutura, descaracterização do bairro e ate falta de sol são frequentemente usados por essas entidades.
É claro que todos nós gostaríamos de morar em uma cidade horizontal, com bairros planejados e com muito verde. Mas diante do crescimento econômico do país nos últimos anos as grandes cidades cresceram vertiginosamente e desordenadamente e frente a isso, acho que deveríamos repensar o nosso modelo urbanístico e começar a pensar em um modelo mais democrático e racional, deixando a utopia e a nostalgia de lado.
Infelizmente, a ação do Estado em relação ao planejamento, criação, e melhoria da infraestrutura das capitais brasileiras, não acompanhou seu crescimento e consequentemente, o  desenvolvimento imobiliário desses centros urbanos. Em síntese, verifica-se que a maioria dos problemas encontrados nas grandes cidades, são relativos a falta de uma rede infraestrutura adequada ao seu adensamento. Recente recebi um estudo muito interessante da Mercer, uma entidade internacional independente, apontando que, entre as cidades mais adensadas do primeiro mundo (cidades acima de 8 milhões de pessoas), as que proporcionam melhor qualidade de vida a seus habitantes, são as mais verticalizadas. Por quê? A resposta é mais simples do que imaginamos! Quem não cresce para cima, cresce para os lados, ocupando muito mais espaço, ou seja, uma ocupação muito menos racional.
Vamos imaginar o seguinte, uma cidade como São Paulo, onde a media do potencial de verticalização permitido é de 2 vezes a área do terreno, agora, para compararmos, vamos pegar Nova Iorque, onde, em certas regiões adensadas, esse potencial pode chegar a 18 vezes a área do terreno de modo que, na pratica em um terreno de 1000 metros na cidade de São Paulo, pode se construir um prédio de 10 andares com aproximadamente 20 unidades de 100 m². Na mesma área em Nova Iorque teríamos um prédio com 30 andares e 180 apartamentos de 100 m2.
Essas diferenças vão alem da metragem e numero de unidades dos empreendimentos, elas tem reflexos diretos e indiretos no dia-dia em quase todos os aspectos da vida das grandes cidades, pois por incrível que pareça, cidades com potenciais de verticalização mais baixos, acabam tendo mais prédios. Como?
Vamos ir avançar pouco mais na nossa equação. Para produzir as tais 180 unidades em Nova Iorque faríamos apenas 1 prédio em 1 terreno, em são Paulo serão 8 prédios, 8 terrenos. Imagine ainda o seguinte, se considerarmos que para formar um terreno de 1000 m², em media, temos que comprar 4 casas, mudando 4 famílias, em São Paulo, seriam necessários 8000 m² de terreno, demolindo 32 casas e mudando 32 famílias.  O resultado é claro, vamos fazer mais prédios, esticar e demolir cada vez mais as nossas cidades, gerando sim a tal descaracterização dos bairros, alem de acarretar um custo maior de terreno, maior stress da maquina publica, pois serão 8 projetos a serem aprovados e acompanhados, o que reflete basicamente em um imóvel mais caro, levando cada vez mais as pessoas, de menor poder aquisitivo, a buscar moradia em regiões periféricas, mais baratas, tendo que vir diariamente regiões centrais da cidade de carro ou ônibus, gerando mais transito e mais poluição, alem de acabar a qualidade de vida desses cidadãos, que passam horas do seu dia fazendo esse deslocamento.
É certo que grandes cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro comportariam níveis de densidade e de verticalização mais altos, para tanto o Estado deveria aprimorar as parcerias, junto a iniciativa privada, incorporadores e construtores, na busca de soluções para otimizar e melhorar a infraestrutura já existente nas regiões centrais e bairros mais adensados, em troca de potenciais de verticalização maiores.
Tentei ilustrar aos leitores, sem o uso de referencias muito técnicas e teorias fundiárias complexas, que a verticalização pode ser vista como uma boa solução aos dilemas das regiões mais adensadas das grandes cidades e que o uso de potenciais de verticalização altos nessas regiões,  acaba sendo mais racional, desde que feito com planejamento e aliado a uma boa rede de infraestrutura.

* Alberto Sassoun é diretor de incorporações da Alianza Desenvolvimento Imobiliário.
Texto gentilmente cedido por PortalVGV

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O que levar em conta na hora de reformar um imóvel

Uma reforma residencial, assim como a compra de um imóvel, pode envolver custos elevados, por isso possui formas de pagamento diferentes de bens com menor valor. Além do pagamento à vista, as reformas podem ser financiadas e possuem linhas de financiamento criadas especificamente para este fim.
Para reformas com custos baixos, se houver a possibilidade de fazer o pagamento à vista, esta é a melhor opção. Como regra geral, é sempre recomendável fazer o pagamento em apenas uma parcela, porque, além de liberar o comprador de um comprometimento futuro, pode aumentar o seu poder de barganha nas negociações.
Mas, caso a reforma exija um investimento maior, financiar a obra pode ser a melhor ou a única opção. Banco do Brasil, Caixa, Itaú e Bradesco oferecem linhas de crédito específicas para reformas e/ou para compra de materiais de construção.
As linhas de crédito para reforma geralmente têm taxas de juros mais elevadas do que as de financiamento de imóveis, por não apresentarem uma garantia sólida, como uma propriedade. Porém, podem ter taxas mais baixas do que a de empréstimos pessoais sem fins específicos, que podem ter riscos indefiníveis e, portanto, representam menor segurança para os bancos.
No caso das linhas de crédito para materiais de construção, as taxas podem ser ainda mais baixas, mas as compras são restritas às lojas de construção conveniadas aos bancos. As próprias lojas credenciadas algumas vezes informam os clientes sobre as insituições que trabalham com este tipo de financiamento.

Taxas envovidas no financiamento


Eduardo Murillo Garcia, proprietário da Acabamento Perfeito, empresa de assessoria de reformas residenciais diz que a linha da Caixa é uma das mais utilizadas para a realização de reformas. "É a linha mais procurada, por causa dos juros mais baixos", diz.
O empréstimo para reformas da Caixa utiliza recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O crédito é válido para famílias com renda mensal acima de 5.400 reais e para obras em imóveis de qualquer valor. São cobrados 800 reais pela Taxa de Avaliação de Bens Recebidos em Garantia na contratação do empréstimo. Na fase de construção é cobrada mais uma taxa de 150 reais. E as taxas de juros cobradas variam entre 8,5% a 9,9% ao ano. No site da Caixa é possível simular o financiamento.
E para famílias com renda até 5.400 reais, a Caixa disponibiliza uma linha de crédito que utiliza recursos do FGTS. Neste caso, o valor do imóvel é limitado até 170.000 reais. Nesta linha, há cobrança de 3% sobre o valor das parcelas liberadas. E o valor das taxas de juros variam entre 5% a 8,16% ao ano de acordo com a renda familiar. Se a renda mensal for de até 2.790 reais, a taxa de juros é subsidiada pelo próprio Fundo.
Em ambas as linhas de crédito da Caixa, é cobrada uma taxa de cadastro de 30 reais para quem não é cliente.

A título de comparação, no Bradesco, a linha de financiamento para reformas é feita pelo CDC (Crédito Direto ao Consumidor). São cobradas taxas de juros de 56,63% ao ano para prazos de 1 a 24 meses e para prazos de 25 a 48 meses, 67,46% ao ano. Também há cobrança de IOF pela operação e o pagamento é diluído entre as parcelas. O pagamento da primeira parcela pode ser feito em até 59 dias e o limite de financiamento é de 70% da obra. O empréstimo é concedido apenas para correntistas e é aprovado mediante análise de crédito. É possível simular o financiamento no site do banco.

Defina os objetivos e o cronograma da obra


Para definir as formas de pagamento, os gastos precisam ser contabilizados e os prazos estabelecidos. Antes de tomar qualquer decisão, é necessário definir os principais objetivos da obra. Se o piso será frio ou quente, se será de madeira ou cerâmica ou se junto à reforma da cozinha será feita uma reformulação da estrutura elétrica para suportar um maior gasto de energia.
É necessário também fazer um cronograma identificando cada etapa da reforma. “É fundamental colocar em um documento no Excel o escopo da obra e o cronograma. Isso evita, por exemplo, que na hora de comprar um piso, o comprador veja uma tinta na promoção e acabe comprando, o que acontece muito. Você desembolsa um dinheiro que poderia estar aplicado e rendendo e que seria usado só no final da obra”, explica Eduardo Garcia.

Busque ajuda de profissionais e evite reformas que desvalorizem o imóvel


Uma reforma de grande ou médio porte não é um serviço para amadores. Contar com a ajuda de profissionais pode ser crucial para conseguir o melhor resultado possível dentro do orçamento proposto e também para avaliar quais mudanças não farão o preço do imóvel cair.
Se um imóvel está com a pintura descascada, ou com pisos antigos, fazer uma reforma pode acelerar o processo de uma venda. Ou ainda, se o imóvel é antigo e tem uma estrutura elétrica incompatível com os padrões de gastos de energia atuais, fazer uma reforma pode ser imprescindível para que o imóvel seja vendido. Um problema estrutural não resolvido e não indicado no contrato de compra e venda pelo proprietário, pode inclusive gerar um processo judicial por parte do comprador.
As reformas que modificam a planta do imóveis são investimentos que trazem benefícios ao morador, mas em muitos casos não contribuem para valorizar o imóvel em uma venda. “Os imóveis são planejados de acordo com o que as famílias precisam naquela área, as construtoras fazem muitas pesquisas para maximizar a chance de acerto. Então, mudar a estrutura, como transformar um apartamento de três quartos em dois, pode desvalorizar o imóvel. Se você tem a possibilidade de consultar um arquiteto, a chance de acertar é bem maior”, explica Luiz Calado, economista e autor do livro “Imóveis: Seu guia para fazer da compra e venda um grande negócio”.

Arquitetos ou engenheiros podem auxiliar na busca de mão de obra, dos melhores materiais e na avaliação do impacto que a reforma pode ter no valor do patrimônio. Existem também consultorias especializadas em reforma, como a Acabamento Perfeito, que auxilia o processo de ponta a ponta, orientando o planejamento, a busca de profissionais e materiais e até mesmo as formas de pagamento.
Segundo um artigo do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA), um profissional contratado para projetar a obra pode cobrar entre 5 a 25% do valor total da reforma. E segundo Eduardo Garcia, na Acabamento Perfeito, a assessoria completa para a reforma custa entre 10% e 15% do valor total pago pela mão de obra do projeto.

Definição dos custos


Os custos dos materiais e da mão de obra costumam oscilar bastante. Os preços de cerâmica, por exemplo, podem chegar a variar mais de 150%. Por isso, é essencial que seja feita uma pesquisa de preço.
As buscas podem ser feitas nas lojas de materiais de construção, obviamente, ou pela internet. O site Click Reforma, por exemplo, faz a cotação da quantidade ideal de materiais como massa corrida, tinta, tijolos e outros, levando em conta as dimensões da superfície da obra. No site, também é possível calcular o custo médio de reformas hidráulicas, elétricas, de pinturas, novas instalações e estruturas, revestimentos, alvenarias e outros, de acordo com a área a ser construída e o padrão da obra (alto, médio ou popular).
E o site também envia orçamentos de diversos tipos de serviços. Basta informar o tipo de reforma que se pretende fazer e o endereço do imóvel. Os orçamentos dos serviços disponíveis na região são enviados por email.

Publicado por Exame.com

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Homens x mulheres: veja o que cada sexo mais valoriza na compra do imóvel

Na hora de escolher um imóvel para comprar ou mesmo alugar, homens e mulheres têm exigências um pouco diferentes quanto às condições da casa ou do apartamento. Elas são detalhistas e pensam o tempo todo na praticidade e funcionalidade. Já eles estão focados, sobretudo, nos aspectos financeiros.
Ao vasculhar o mercado atrás de uma casa, as mulheres, em sua grande maioria, vão ser muito mais detalhistas do que os homens. Na prática isso quer dizer que mais do que simplesmente observar se a casa tem armários embutidos, elas querem saber a qualidade do móvel, se de fato atende as necessidades da sua família e se aquele tipo de mobilia as faz sentir bem, explica a diretora comercial da Lello Imóveis, Roseli Hernandes.
Mulheres são mais exigentes
Isso acontece porque boa parte das mulheres está mais próxima das tarefas domésticas e, portanto, serão muito mais criteriosas. Elas também são mais exigentes quanto ao espaço da cozinha e da lavanderia. “Ela não vai olhar apenas se a cozinha tem armários planejados; Vai ver se os móveis comportam aquilo que elas têm”, lembra Roseli.
Vão analisar se os quartos e banheiros atendem as necessidades dos filhos e, caso tenham animais de estimação, automaticamente procuram imóveis que comportem os bichinhos. Dão valor adicional à beleza do imóvel, olhando para itens de decoração e azulejos. Analisam, ainda, em quais pontos da casa o sol ilumina.
As mulheres acabam dando valor àquilo que atende toda sua família, sobretudo, os filhos. Nas áreas comuns dos prédios, por exemplo, avaliam os elementos que poderão entreter os filhos, como o playground, a piscina e a quadra. Isso porque, estão ponderando a falta de segurança das cidades. Ou seja, sabem que seus filhos terão que se divertir dentro do próprio prédio. A localização também importa muito, e, para elas, pesa bastante o fato de o imóvel ser perto da escola dos filhos, do supermercado e da farmácia.
Eles querem retorno financeiro
Com eles a história é um pouco diferente. Os homens estão preocupados, acima de tudo, com os aspectos financeiros do imóvel. “Eles não dão tanta importância aos detalhes; Estão considerando se a aquisição é um bom investimento; Se ele vai ter retorno mais para frente. Se a região valorizou”, diz Roseli.
Além disso, avaliam se o imóvel, bem como sua localização, oferece status. “Muitos homens se mostram preocupados em mostrar status; Eles querem estar perto de pessoas com as quais podem fazer um bom networking”, diz Roseli.
Eles também olham os ambientes avaliando se podem atender seu perfil. Se forem do tipo de passar bastante tempo com os amigos, vão querer salas grandes, com espaço para receber visitas. “Eles são desligados quanto aos detalhes, mas pesam bastante os itens que podem ser úteis nos seus momentos de lazer e mesmo na sua vida profissional”, avalia a especialista.
A segurança do prédio também é grande preocupação do sexo masculino. Por isso, avaliam bastante o clima do condomínio, os moradores, e se tudo inspira ou não segurança. Os homens, que normalmente ficam mais tempo fora de casa, acabam prestando mais atenção nos fatores macros, como a segurança.
Roseli reconhece que embora na maioria dos casos é possível perceber essas preferências - de homens e mulheres -, como regra geral, quem fica mais tempo em casa na hora de escolher um imóvel estará interessado na praticidade e funcionalidade dos itens oferecidos no imóvel. Já aquele que passa a maior parte fora, no escritório, por exemplo, terá essa visão macro, valorizando segurança e preço.

As preferências de cada sexo
ELESELAS
Preço do imóvel; se será um bom investimentoAvaliam os detalhes dos móveis
Segurança para a famíliaSe os ambientes atendem as necessidades da família
Avaliam o status que o prédio ofereceLocalização: próximo da escola dos filhos, da farmácia, do supermercado
Querem poder fazer networkingSe as áreas comuns podem entreter seus filhos - quadra, piscina, playground
Valor da taxa de condomínioSe tudo é prático e funcional
Fonte: Lello imóveis
“Eu olho a limpeza do condomínio e as condições do imóvel; Se as louças dos banheiros são antigas; Presto atenção nos pisos e nos carpetes, se estão em boas condições; se as portas estão em bom estado, ou seja, sem rachadura, e se fecham perfeitamente; a mesma coisa para os armários”, diz Sueli Recioppo, que recentemente comprou um imóvel usado na cidade de São Paulo. “O que vai definir mesmo são os banheiros e a cozinha”, diz.

Publicado por InfoMoney

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Locação de imóveis sobe 4,38% em maio em SP

A locação de imóveis residenciais usados cresceu em maio no Estado de São Paulo, enquanto as vendas recuaram. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, em pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) feita com 1.440 imobiliárias de 37 cidades paulistas.
Em maio, foram alugadas 3.352 casas e apartamentos, 4,38% a mais que em abril. Com isso, o mercado de locação voltou a crescer após três meses seguidos de queda. Nos primeiros cinco meses do ano, porém, esse segmento avançou 10,75%.
Já as vendas de imóveis residenciais usados apresentaram movimento contrário ao de locação. Em maio, as vendas caíram 4,91% em comparação com abril, após três meses seguidos de crescimento. No acumulado do ano, houve queda de 4,86%.
As oscilações nos dois mercados foram consideradas naturais pelo presidente da Creci-SP, José Augusto Viana Neto, mesmo após a mudança na direção dos resultados mensais. Segundo afirmou em nota, o ciclo de queda de juros e a perda da rentabilidade de outras aplicações financeiras continuarão a manter o interesse pelos investimentos em imóveis.
"Comprar um imóvel usado, mais barato que um novo, e alugá-lo para ter renda mensal continua sendo um investimento seguro", afirma. "É até possível que o interesse por imóveis usados aumente à medida que fique mais clara a perda de rentabilidade das aplicações financeiras".
Locações
Os imóveis mais alugados em maio no Estado de São Paulo foram os de valor mensal de até R$ 800, que representaram 51,3% do total de contratos assinados nas imobiliárias pesquisadas pela entidade. Na capital paulista, a predominância é daqueles imóveis com aluguel de até R$ 1,2 mil, respondendo por 58,7% dos contratos.
Em maio, o volume de novos contratos de aluguel cresceu na capital paulista (19,5%) e no interior (3,1%), mas caiu no litoral (-3,4%) e na região metropolitana (-11,6%). A inadimplência aumentou 2,82% de abril para maio ao passar de 3,54% para 3,64% do total dos contratos em vigor.
Vendas
As vendas caíram em maio na cidade de São Paulo (-19,1%), no interior (-0,2%) e no litoral (-12,1%), mas subiram na região metropolitana (11,4%). Do total de vendas na capital paulista, 75,7% foram de imóveis com preço médio final superior a R$ 200 mil. O financiamento imobilário respondeu por 55,6% das vendas na capital.

Publicado por Agência Estado

terça-feira, 17 de julho de 2012

Cliente 'perde' imóvel por falta de crédito

O analista de redes Clayton Coelho, de 25 anos, viu o sonho de comprar o primeiro imóvel virar pesadelo. Ele comprou em 2010 um apartamento na planta, em Osasco, por R$ 113 mil, mas um ano depois, foi chamado para rescindir o contrato por não conseguir financiamento imobiliário. "Dei R$ 5 mil de entrada, mas só me devolveram R$1 mil. O restante era comissão da imobiliária e não tinha devolução", disse.
Coelho comprou outro imóvel neste ano, mas precisou pagar R$ 50 mil a mais e, desta vez, somou seu salário ao da noiva para formar uma renda maior.
Casos como o de Coelho, de consumidores que compram o imóvel e só meses ou anos depois descobrem que não podem financiá-lo, começam a despontar em sites como o Reclame Aqui e até mesmo no balanço das construtoras. No primeiro trimestre, Rossi, Gafisa e Brookfield reportaram aumento das despesas com distratos de clientes que não se enquadravam nos requisitos para obter financiamento.
"Isso é reflexo de vendas mal feitas, mas não é generalizado. Algumas construtoras que abriram o capital venderam para pessoas que não tinham renda para comprar o imóvel", disse o vice-presidente de incorporação do Secovi-SP, Emílio Kallas. / M. G.

Publicado pelo Estadão.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Troca de banco em financiamento imobiliário deve ficar 60% mais barata

Quando entrar em vigor, a nova regra para a transferência de financiamento imobiliário de um banco a outro deve reduzir em cerca de 60% os custos ao consumidor, segundo estimativas de consultores ouvidos pela reportagem.
A chamada portabilidade é um instrumento que permite mudar o empréstimo de um banco para outro que ofereça condições mais vantajosas, como juros menores e prazos maiores.
Hoje, no entanto, as despesas com cartórios para fazer essa migração, assim como a demora do processo, desestimulam os consumidores.
Os custos totais para o tomador do crédito ficam em cerca de 1% do valor do imóvel, segundo estimativas de mercado, e precisam ser pagos à vista.
Com a nova norma aprovada na última semana pelo Senado, os custos cairão para 0,4%, em média.
A alteração, inserida na mesma medida provisória que reduziu a remuneração da poupança, depende de regulamentação do CMN (Conselho Monetário Nacional) para começar a valer.

PONTOS ALTERADOS
Em linhas gerais, a regra elimina a necessidade de quitação do empréstimo vigente --feita com recursos da nova instituição financeira-- e de registro de novo contrato, tudo isso em cartório.
O financiamento será simplesmente transferido de um banco para outro, assim como a alienação do bem.
Isso será feito por meio de uma averbação (um tipo de declaração) no cartório, que poderá ser feita eletronicamente.
Esse procedimento mais simplificado já é adotado na migração de financiamentos de veículos.
A nova regra não impede, no entanto, que a instituição financeira para a qual o empréstimo será transferido solicite certidões atualizadas do imóvel ou mesmo uma nova vistoria --procedimentos pagos pelo tomador do crédito.
Na avaliação de Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito, site que funciona como buscador de taxas em diferentes bancos, a redução de custos e prazos favorece a portabilidade, mas há pontos que devem ser discutidos com os bancos.
"Uma questão a ser debatida é se será estipulado um período mínimo a partir do qual a portabilidade será permitida", diz Prata.
"É preciso que as medidas sejam positivas para consumidores e bancos, para que as instituições financeiras permaneçam estimuladas a conceder crédito."
O executivo destaca ainda que tonar a portabilidade mais fácil e barata pode incentivar as instituições financeiras a melhor as condições dos empréstimos para manter os clientes.
"O crédito imobiliário é um produto que ajuda o banco a fidelizar o cliente por um longo período", afirma.

Publicado por Agência de Noticias Jornal Floripa.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Imóveis: correção de parcelas intermediárias e ilegal, veja o que fazer

A AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências) contatou que as construtoras estão, de forma indevida, corrigindo parcelas intermediárias da entrada do valor do imóvel, o que é uma prática ilegal.
Para facilitar o pagamento da entrada do imóvel, as construtoras facilitam a vida dos compradores dividindo o valor em parcelas intermediárias até a entrega das chaves ou a liberação do habite-se. Entretanto, exigir atualização monetárias das parcelas é uma prática ilegal, conforme prevê a Lei 4.864/65.
Juros ilegais
“É ilegal haver a cobrança de juros remuneratórios e atualizações pelo INCC - Índice Nacional de Custo da Construção em cima do valor das parcelas intermediárias”, pontua o assessor jurídico da AMSPA, João Bosco Brito da Luz.
Luz explica que qualquer tipo de correção só pode ser feita a partir da entrega das chaves ou expedição do habite-se. Ai sim as prestações e o saldo devedor podem ser corrigidos, pelo índice eleito no contrato. “Além disso, há a incidência de juros remuneratórios conforme determinado no contrato, geralmente gira em torno de 1% ao mês”, explica.
O que fazer? Em casos de correções indevidas, a recomendação é que o mutuário opte, a princípio, por tentar entrar em um acordo com a construtora. Procurar a justiça deve ficar como segunda opção.
“É importante que o comprador conte com apoio da associação dos mutuários para negociar com a incorporadora para que não seja enganado por justamente ser leigo no assunto. Se a conversa não surtir efeitos, o que resta ao adquirente é entrar com uma ação no Poder Judiciário pedindo de volta o valor cobrado a mais nas prestações”, ressalta.
Financiamento durante a construção direto com banco
Para quem pretende fazer um financiamento no período da construção, direto com o banco, terá algumas desvantagens devido a algumas cobranças. A associação explica que, nesse caso, a construtora pode repassar para o comprador todos os encargos cobrados pelo agente financeiro.
Entre os tributos cobrados estão a correção monetária do saldo devedor, os juros remuneratórios, os seguros, a taxa de administração e a taxa de risco de crédito. Por outro lado, a "Taxa de Obra” não é de responsabilidade do mutuário, que pode se recusar a pagar caso cobrado.
Essa é uma taxa que a “CEF – Caixa Econômica Federal cobra de algumas construtoras que são inadimplentes”, alerta o assessor jurídico da AMSPA. “Uma coisa é a obra ser financiada pelos próprios compradores e outra é ser financiada por banco. Quem é esperto não compra imóvel já com financiamento imobiliário. Na obra financiada por banco prevalece o contrato do agente financeiro sobre a construtora e esta repassa tudo para o comprador, até mesmo encargos que a instituição financeira não cobrou”.
Por isso para não ter surpresa durante o financiamento Luz aconselha ao futuro mutuário que antes de assinar o contrato consultar a associação, que conta com advogados especialistas na área levando ao profissional a minuta do contrato.
“Fora disso, ele deve obter certidão do registro de imóveis para saber se o empreendimento está devidamente regularizado com a incorporação averbada, certidões de cartórios de protestos (dos foros cíveis e criminais), tanto da incorporadora como da construtora como pessoas jurídicas e, individualmente, de seus sócios que o comprador pode saber quem são por meio de um "breve relato" da Junta Comercial.
Por fim, procurar saber quais são as obras que a construtora já fez na região, se foram entregues em dia, se todas foram bem construídas e quais as reclamações que existem dos compradores, principalmente pedindo ao advogado que verifique o que existe contra a construtora nos foros judiciais” explica.

Publicado por InfoMoney

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mutuário pode ter mais facilidade para refinanciar casa própria

O mutuário que se sentir prejudicado por ter feito uma financiamento imobiliário com juros elevadas poderá aproveitar o movimento de queda das taxas e contratar uma nova operação para liquidar a antiga. A facilidade para esse tipo de refinanciamento foi aprovada nesta terça-feira (10) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Como o projeto de lei do Senado (PLS 298/2006) foi aprovado em decisão terminativa, poderá ser enviado diretamente à Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no Plenário.
O projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), remove um dos obstáculos a essas operações ao prever que os montantes nelas previstos serão considerados para efeito de direcionamento obrigatório dos recursos de depósitos de poupança.
Paim previu, com a mudança, redução nos riscos envolvidos nas operações de crédito imobiliário. O relator, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), disse que a medida é importante no cenário de queda das taxas de juros, “pois permitirá ao devedor de um empréstimo imobiliário refinanciá-lo com taxas de juros mais baixas”.

Djalba Lima
Publicado por Agência Senado

terça-feira, 10 de julho de 2012

Portabilidade difícil

Autorizada pelo Banco Central (BC) há seis anos, a transferência de empréstimos de um banco para outro - chamada de portabilidade - ainda é dificultada pelas instituições financeiras, como mostrou reportagem do Jornal da Tarde (JT, 2/7). Os obstáculos criados pelos bancos tornam morosa a aplicação desse instituto, muito usado nos países desenvolvidos.
A Resolução 341 do Conselho Monetário Nacional, de setembro de 2006, assegurou aos devedores o direito de transferir o empréstimo de um banco para outro, desde que a instituição receptora do crédito tenha interesse na operação. Permitiu, assim, que os clientes procurem juros mais baixos. A transferência não sujeita o cliente ao pagamento de um novo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), pois a dívida será a mesma. Mas é preciso não confundir transferência de operação com refinanciamento, sujeito ao IOF.
Para viabilizar a operação, as instituições financeiras e as sociedades de arrendamento mercantil (leasing) são obrigadas a fornecer ao cliente as informações relativas à dívida e ao cadastro do devedor em até 15 dias. Só assim o cliente poderá negociar a portabilidade. Muitos bancos, porém, não cumprem essas obrigações, retendo os clientes contra sua vontade.
A portabilidade se aplica a todas as operações - financiamentos imobiliários, de veículos, crédito consignado ou empréstimos pessoais -, com exceção do cartão de crédito. Mas, nas agências de grandes bancos, a reportagem constatou que o instituto é pouco familiar aos funcionários.
Muitos não conheciam as regras sobre a portabilidade nem sabiam informar quais seriam os juros relativos àquele empréstimo. Em geral, os atendentes dos bancos sugeriam que os interessados abrissem antes uma conta corrente para depois serem informados se a instituição tinha interesse na operação.
Nenhum banco, além disso, mostrou interesse na portabilidade de uma operação de cheque especial. Um banco estrangeiro informou simplesmente que não fazia portabilidade. Apenas uma instituição estatal (a Caixa Econômica Federal) manifestou interesse na operação.
Entre os exemplos citados pelo JT, uma funcionária pública relatou as dificuldades encontradas: "Reclamei muitas vezes no banco em que tinha o financiamento, pois não aceitavam a transferência". Só foi atendida depois de se queixar ao Banco Central. "Consegui reduzir em R$ 60,00 o valor da parcela do carro", informou.
A portabilidade pode ser um valioso instrumento de redução dos juros, criando maior competição entre as instituições financeiras. Em maio, segundo o Banco Central, foram feitas 45 mil operações de portabilidade, 70% mais do que em abril e 40% mais do que em maio do ano passado. O valor dos financiamentos transferidos, no entanto, foi de apenas R$ 467 milhões, para um saldo total de operações de crédito de R$ 2,1 trilhões, dos quais R$ 1 trilhão com pessoas físicas.
O Banco Central proíbe a cobrança de taxas para a liquidação da operação no banco onde o crédito original foi contratado. O banco receptor do empréstimo deve quitar o saldo devedor em aberto enviando uma transferência eletrônica de fundos (TED) para o banco que originou o crédito. Despesas extras só são admitidas em caso de financiamento de veículos e imóveis, que exigem mudança do nome do credor nos Detrans ou nos Cartórios de Registro de Imóveis.
Pelas normas do BC, nem a abertura de uma nova conta no banco que receber a portabilidade seria indispensável. A exigência, segundo a supervisora de assuntos financeiros do Procon-SP, Renata Reis, fere o Código de Defesa do Consumidor. "A portabilidade não é só para clientes", disse ela.
O instituto da portabilidade impõe uma mudança radical da política dos bancos, que têm de reavaliar a expectativa de retorno das operações. Os bancos se tornam, de fato, mais dependentes das oscilações dos juros.
Para os clientes, a importância da portabilidade consiste em assegurar maior equilíbrio nas relações entre devedor e credor.

Publicado por O Estado de S. Paulo - 10/07/2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Você paga caro pelo seu condomínio?

Ter piscina ou não pode ser um fator pouco relevante para o valor final; entender os custos envolvidos é essencial para avaliar se o preço é justo

Os valores pagos em condomínios são definidos de acordo com diversos critérios, como a quantidade de moradores, funcionários e os itens de lazer. Entender quais são as despesas envolvidas é mais eficiente para avaliar se o valor pago é justo ou não do que as suposições simplistas de que a mensalidade é cara demais para um prédio que não tem piscina.
Apesar de os itens de lazer contarem pontos na venda do imóvel, este não é o principal fator de influência dos preços, mas sim o rateio, uma vez que quanto mais moradores pagam, menor será o valor que cada um vai pagar.
A localização dos imóveis também pode influenciar o preço, sobretudo pelo tipo de empreendimento e pelo custo de vida próprios de cada lugar. Segundo pesquisa da Lello, da área de administração de condomínios no estado de São Paulo, o valor do condomínio chega a variar até 117% na cidade de São Paulo. "Jardins e Morumbi são regiões em que há muitos empreendimentos com poucos apartamentos e muitos serviços, o que demanda maior número de funcionários e mais gastos com manutenção", exemplifica Angélica Arbex, gerente da Lello.
Despesas fixas

Todo condomínio tem despesas fixas mensais, mas algumas podem não ser tão evidentes. A maior despesa é com o quadro de funcionários. “Este custo ocupa em média de 55% a 64% dos gastos totais”, explica Omar Anauate, diretor de condomínio da Associação Administradora de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic).
Dentro do custo com pessoal, incluem-se também encargos como INSS e FGTS e benefícios, como alimentação e décimo terceiro. Existem também encargos envolvidos em serviços prestados ao condomínio, como o ISS (Imposto sobre Serviço).
Depois dos gastos com pessoal e encargos, as maiores despesas são as contas de água e energia. E em seguida, a manutenção do prédio, que pode incluir custos mensais de conservação de elevadores, piscinas, revisão de para-raios e outros.
Os gastos administrativos também compõem as despesas fixas. São os custos bancários, o pagamento da administradora do condomínio e a isenção do síndico. “Cerca de 75% dos prédios isentam o síndico do pagamento do condomínio”, comenta Anauate.
Por fim, entram na conta também gastos eventuais e gerais. Os gerais seriam os valores despendidos com cartório, correio, materiais de limpeza, etc. E nos eventuais, entram gastos com imprevistos, como o conserto de um portão quebrado, ou uma reforma, que também envolve despesas com materiais de construção.
Área de lazer
Os itens de lazer como piscinas, academias e quadras podem valorizar o imóvel, mas não são os maiores fatores de impacto no preço e seus custos mensais são incluídos nos gastos com manutenção e com funcionários. “A piscina não tem um custo mensal alto, ela eleva o padrão do prédio, mas a água não é trocada com tanta frequência, então gastos com funcionários, com energia e água são muito mais relevantes para o valor do condomínio do que as despesas de uma piscina”.
Vale ressaltar que se a área de lazer for como um clube - e não incluir apenas uma piscina, ou uma quadra simples, com baixos custos de manutenção - este item pode ser mais relevante para a taxa condominial do que outros. Segundo a Lello, o gasto médio mensal total nos chamados prédios-padrão, com 64 apartamentos e valor de condomínio individual de 400 reais, é de 25.000 reais, enquanto o de condomínios do tipo clube, é de 150.000 reais.
Tabelas de despesas
A Aabic realiza mensalmente uma pesquisa com 400 condomínios para verificar as despesas médias dos condomínios na cidade de São Paulo. Ainda que a pesquisa aborde apenas uma cidade, independentemente da região, os dados podem mostrar qual é a divisão média de gastos de um condomínio e como eles variam conforme o tamanho do apartamento.

Priscila Yazbek
Publicado por Exame.com

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Financiamento imobiliário condicionado a compra de produtos é ilegal, diz Ibedec

Clientes bancários que buscam financiamento habitacional devem registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia se o gerente da instituição condicionar a assinatura do contrato à compra de produtos financeiros. A orientação é do presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), Geraldo Tardin.
Segundo ele, o mutuário deve pedir ao gerente que coloque no papel os produtos que está oferecendo, assim como o condicionamento da assinatura do contrato a outros serviços. “Ele deverá ir à delegacia de polícia e fazer um boletim de ocorrência reclamando de extorsão, mesmo que o gerente não faça o documento. A prática de venda casada é crime e contraria o Código de Defesa do Consumidor”, disse à Agência Brasil.
Geraldo Tardin ressaltou que essa é uma prática comum e abusiva. Ele citou o exemplo de um casal com renda familiar de aproximadamente R$ 3 mil que foi comprar uma residência de R$ 73 mil por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. “Com o subsídio do governo, a casa foi para R$ 62 mil, algo assim. Na hora [de fechar o contrato], o gerente do banco queria vender um seguro de vida de R$ 1,2 mil. Como uma pessoa que ganha R$ 3 mil pode comprar um seguro de R$ 1,2 mil?”, indagou.
De acordo com o presidente do Ibedec, o casal recusou a proposta, mas só conseguir fechar o contrato porque o corretor que intermediava a negociação conhecia o funcionário do banco. “Mesmo assim, o corretor teve que comprar um título de capitalização de R$ 25 em nome da mulher para que o contrato fosse assinado”, disse.
Segundo Geraldo Tardin, esse tipo de prática abusiva também vem ocorrendo com o financiamento de veículos, pois há concessionárias que condicionam a liberação do crédito para a compra de carro à contração de despachante indicado pelo vendedor. “Na verdade, não é preciso despachante. É só pegar a nota fiscal da venda do carro, ir ao Departamento de Trânsito e registrar. São cobrados R$ 300, R$ 400 de serviço de despachante. Essa pratica é comum e abusiva”, reforçou.
Ele sugeriu a aprovação de um projeto de lei que obrigue os bancos a colocar em local de destaque nas agências o aviso de que a prática de venda casada é crime. “Passaria a ser uma ação institucional”, defendeu.
Esta semana, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, informou que pediu à Justiça o pagamento de indenização para clientes que tiveram de adquirir outro produto no momento de contratar financiamento na Caixa Econômica Federal. O MPF também quer que a Caixa dê publicidade por meio da imprensa da condenação que proibiu o banco de exercer a prática abusiva.
Em nota, o MPF informou ainda que o caso refere-se ao condicionamento da liberação de financiamentos imobiliários à aquisição de outros produtos financeiros, sejam eles obrigatórios (seguros) ou não (abertura de conta, poupança, planos de capitalização etc.). O autor do parecer, o procurador regional da República Roberto Thomé, lembra que a venda casada é vedada pelo Artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor.
A Caixa informou à Agência Brasil que recorreu da decisão e que o processo está no Tribunal Regional Federal da 4ª Região aguardando julgamento dos recursos.

Publicado por InfoMoney

segunda-feira, 2 de julho de 2012

IGPM – JUNHO 2012

IGPM – JUNHO 2012

Índice divulgado no último dia de cada mês.
Utilizado no reajuste anual dos aluguéis.
JANEIRO –  0,25%
- acumulado do ano:  0,2500%
- acumulado dos últimos 12 meses:  4,5347% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
FEVEREIRO –  -0,06%
- acumulado do ano:  0,1898%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,4376% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
MARÇO –  0,43%
- acumulado do ano:  0,6207%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,2422% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
ABRIL – 0,85%
- acumulado do ano:  1,4759%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,6534% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
MAIO – 1,02%
- acumulado do ano: 2,5110%
- acumulado dos últimos 12 meses: 4,2623% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
JUNHO0,66%
- acumulado do ano: 3,1876%
- acumulado dos últimos 12 meses: 5,1397% (índice de reajuste do aluguel neste mês)