quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Construtoras repensam condomínios e imóveis para atrair mais público idoso

O envelhecimento da população brasileira também está movendo o mercado imobiliário. Se já tinham opções de lazer para crianças e adolescentes, os novos condomínios agora trazem facilidades para idosos. Foi a partir de uma experiência na Pompeia (zona oeste em São Paulo), em 2008, que a Tecnisa desenvolveu o projeto focado nos mais velhos.
A intenção era fazer um condomínio para recém-casados, mas as vendas revelaram que 15% dos compradores tinham mais de 55 anos.
Para desenhar os novos empreendimentos, a empresa reuniu geriatras e especialistas em design universal, que pensa imóveis para garantir acesso a quem tem movimentos limitados.
As alterações para esses novos projetos acontecem dentro dos apartamentos e nas áreas comuns. A instalação de interruptores mais baixos e tomadas mais altas para diminuir o esforço para se movimentar e o uso de maçanetas em forma reta amenizando a abertura das portas são algumas das mudanças.
Nos espaços do condomínio, escadas das piscinas foram construídas em alvenaria e com corrimão e até o porcelanato, usado em diversos lançamentos, foi substituído.
“Trocamos por madeira porque, com o porcelanato, a luz refletia no chão e podia provocar acidentes”, diz a gerente de projetos da Tecnisa, Patrícia Valadares.
Com o conceito, foram lançados dez prédios no bairro do Marapé, em Santos (72 km de São Paulo), cidade litorânea com maior porcentagem de idosos no Brasil.
Uma das compradoras é a secretária executiva Elizabeth Henriques, 59, que se mudará para o litoral com o marido quando se aposentar. “Esperamos ter vizinhos da nossa faixa etária. Gostamos de prosa, mais ainda com pessoas da mesma idade.”

Publicado por Folha de São Paulo

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

SP: taxa de vacância é a menor do mercado corporativo

A procura por áreas corporativas segue aquecida em São Paulo, tanto que nos últimos dois anos a taxa de vacância na cidade caiu para 0,5%, segundo aponta a Colliers International Brasil em seu levantamento sobre o 3º trimestre de 2011, divulgado nesta quarta-feira (18).
De acordo com o estudo, a taxa segue como a menor do mercado imobiliário corporativo paulistano se mantendo também nos últimos doze meses - quando uma queda de 2,3% pode ser observada.

“Apenas a região de Alphaville apresentou uma vasta oferta de imóveis corporativos. Ali, a taxa de vacância registrada ficou em 25,8%”, revelou o estudo.

Outras regiões

Outra localidade na cidade de São Paulo que também registrou queda na taxa de vacância em relação ao trimestre anterior foi a região da Berrini (2,5%). Já as demais regiões como Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Faria Lima, Itaim, Marginal Pinheiros, Paulista, Roque Petroni e Vila Olímpia permaneceram com taxas bem próximas de zero.

“Quando comparada a outros mercados da América Latina e do mundo, a taxa de vacância paulistana aparece como a mais baixa, explicando os altos valores praticados na cidade”, explica o levantamento.

Preços

Neste quesito, o preço médio de locação costuma chegar ao valor de R$ 110,50/ m² para os imóveis de alto padrão. Apenas nas regiões da Faria Lima e do Itaim, consideradas as mais procuradas, tais valores costumam chegar a R$ 200 e R$ 145, respectivamente.

A pesquisa aponta ainda o preço médio de os imóveis na Av. Paulista, que seguem como os mais baratos apresentando locações que podem chegar a R$ 108,5/ m².

Expectativas

Já para o futuro, no entanto, a Colliers International Brasil aguarda uma certa compatibilidade em relação aos preços. Para eles, os mesmos deverão se tornar mais nivelados, especialmente no que diz respeito à macrorregião que engloba Vila Olímpia e Marginal Pinheiros (principalmente nas áreas próximas à Ponte Cidade Jardim).

Eliane Quinalia
Publicado por InfoMoney

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Bancos espanhóis constroem para sair da crise imobiliária

Num terreno cheio de mato, o banco Bankia está montando sua resposta a uma crise bancária e imobiliária que deixou a Espanha com cerca de 1 milhão de moradias desocupadas. A estratégia do banco é construir mais casas.
O Bankia e uma incorporadora local planejam construir um complexo residencial de 212 unidades, com uma academia de ginástica e um cinema neste endereço no centro de Madri onde antes havia uma rodoviária. As obras devem começar em breve, ainda que as vendas de propriedades existentes estejam praticamente em zero e só 45 dos novos apartamentos planejados tenham sido vendidos.
“O mercado está estancado”, disse César Cabal, um corretor imobiliário que trabalha com os incorporadoras.
Estratégia para valorizar terrenos pode ser arriscada
O impulso para continuar construindo num mercado imobiliário afogado em propriedades vazias ilustra a magnitude da crise bancária que a Espanha atravessa. O estouro da bolha imobiliária no país entulhou os bancos não apenas com residências desocupadas, mas também com bilhões de euros em terrenos ociosos.
Mas em vez de contabilizar os terrenos como uma perda e tentar vendê-los, o Bankia e seus concorrentes começaram a construir em terrenos escolhidos a dedo. Em alguns casos, há compradores na fila, mas em outros, não.
Um porta-voz do Bankia disse que o banco está construindo só em áreas de alta demanda, como o centro de Madri, e que os novos projetos são uma maneira inteligente de dar novo valor a um ativo morto.
Havia cerca de 700.000 moradias desocupadas em fins de 2010, de acordo com os números oficiais mais recentes já divulgados. Incluindo-se as propriedades confiscadas, alguns economistas e consultores imobiliários estimam que o total poderia chegar a 1,5 milhão.
Foram registrados 19.457 inícios de obras de novas residências no terceiro trimestre do ano passado, 7% a menos que no segundo e 5% abaixo do mesmo período de 2010. Ernesto Tarazona, da construtora Knight Frank España SA, calcula que os bancos e caixas econômicas da Espanha construirão entre 5.000 e 6.000 novas moradias nos próximos dois anos.
Os bancos estão torcendo para que o moribundo mercado imobiliário espanhol volte à vida. Mas é uma aposta arriscada num país com mais de 22% de desemprego e perspectivas de crescimento incertas.
Os bancos estão em busca de compradores no exterior. Com políticos espanhóis a tiracolo, eles já fizeram encontros com potenciais investidores no Reino Unido, na Holanda, na Alemanha e na Suécia. Eles serviram vinho e presunto espanhol, e exaltaram o clima ensolarado e o estilo de vida tranquilo da Espanha.
Mesmo vendas pequenas poderiam ajudar a beneficiar certos bancos na Espanha. Mas há temores de que construir mais moradias vá derrubar ainda mais os preços, aumentando os problemas do mercado imobiliário e, por extensão, os dos bancos.
Desde o estouro da bolha imobiliária, no início de 2008, o setor financeiro espanhol tem sido assombrado por receios de que ele tenha adiado uma limpeza profunda de seus estimados 176 bilhões de euros (US$ 224 bilhões) em ativos problemáticos em seus livros. Os bancos tinham reservado fundos para cobrir cerca de um terço dessa quantia.
O Banco de España, o banco central, já forçou uma leva de consolidação e recapitalização, o que criou novas instituições como o Bankia, resultado da fusão forçada de sete caixas econômicas regionais. Nos últimos dois anos, a Espanha já injetou um total de 22,3 bilhões de euros no seu setor bancário, em verbas estatais ou em recursos de seu fundo garantidor de depósitos, e não atraiu muita atenção dos mercados, já que os temores quanto à crise de dívida europeia mudaram-se para a Itália.
O novo ministro da Fazenda espanhol, Luis de Guindos, disse este mês que o setor ainda precisa de mais 50 bilhões de euros para assimilar perdas em sua carteira de imóveis. Ansioso para evitar um resgate com dinheiro público, Guindos disse que o dinheiro viria do próprio lucro dos bancos durante vários anos, depois de uma nova rodada de fusões.
Ainda assim, muitos economistas duvidam que isso seja suficiente. A menos que os bancos comecem a gerar lucros o bastante para absorver as perdas, o setor poderia precisar de um socorro bancado pelo governo ou instituições internacionais, disse José Garcia Montalvo, professor de economia da Universidade de Pompeu Fabra, em Barcelona.
Mas mesmo se o governo resolvesse intervir, agora ficou muito caro fazê-lo. A Espanha tem pagado juros recordes em sua dívida e teria muito mais dificuldades para levantar os fundos necessários do que seis meses atrás. O juro que o país precisa pagar a seus credores tem ficado entre 5% e 6% nos últimos meses, perto de um nível insustentável de pagamentos para o governo no longo prazo.
Os problemas derivados da explosão do mercado imobiliário têm praguejado os bancos espanhóis desde que o boom dos imóveis começou a fraquejar em 2007. No ano anterior, o país construiu mais moradias do que a Alemanha, o Reino Unido e a Itália juntos, segundo dados da Federação Europeia de Hipotecas.
Analistas e investidores dizem que a prática de construir em terrenos baldios é um entre vários fatores que ajudaram os bancos a obscurecer o tamanho de perdas inevitáveis. Eles dizem que os bancos também têm refinanciado empréstimos a incorporadoras que em muitos casos têm poucas esperanças de quitar a dívida.
Os bancos espanhóis têm cerca de 338 bilhões de euros em exposição ao setor imobiliário, na maior parte por meio de empréstimos a incorporadoras, segundo dados do banco central. Esse número não caiu nos últimos três anos, apesar de uma onda de concordatas de incorporadoras depois da queda do mercado.
Joaquín Maudos, professor de economia da Universidade de Valencia, disse que a estatística indica que os bancos continuam a refinanciar empréstimos, em vez de dar baixa contábil. “Estão fazendo maquiagem nesses empréstimos”, disse ele.
Cabal, o corretor de imóveis, está vendendo propriedades do projeto do Bankia no centro de Madri. Os apartamentos terão sistemas de aquecimento instalados ao pé das paredes e um aparelho que pode abrir as persianas automaticamente, ligar a lavadora de roupas ou chamar os bombeiros. O banco os está vendendo por 4.500 euros o metro quadrado e dividindo a receita com a incorporadora.
“O pessoal está escondendo o dinheiro embaixo do assoalho e não vão tirar de lá enquanto as coisas não melhorarem”, disse Cabal. “Com os temores do euro, estamos todos paralisados de medo” de não vender os apartamentos.

Por SARA SCHAEFER MUÑOZ e ILAN BRAT de Madri
Publicado por The Wall Street Journal.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FGTS NA COMPRA DO IMÓVEL

Criei este tópico sobre o uso do FGTS pelo titular da conta porque percebi pelos email recebidos que é grande o desconhecimento sobre o assunto. Na medida do possível vou analisando as questões e tentando esclarecê-las até onde meu conhecimento alcançar.
Muitos pensam que a Caixa Econômica Federal determina as regras de uso do Fundo o que não é verdade, a Caixa é apenas a administradora do fundo que tem suas regras determinadas por um conselho curador escolhido pelo Governo Federal.  Este conselho define o valor máximo que pode ser utilizado e de que forma, cabendo ao banco tratar apenas da parte administrativa.
È o FGTS do trabalhador depositado nas contas que permite o financiamento bancário para compra da casa própria e também o uso do mesmo pelo titular da conta e tudo isso tem que ter regras para evitar que as contas ficassem a zero. Se qualquer trabalhador pudesse usar de forma livre seu saldo na conta do FGTS com certeza as contas ficariam zeradas e uma garantia de dinheiro futura, incorporada ao salário do trabalhador. Vale lembrar que o FGTS tem caráter indenizatório e assim deve ser protegido mas infelizmente a remuneração é a pior de todos os investimento, então se puder usá-lo, aproveite.
Atenção: Fraudar o FGTS é crime, você perde o imóvel adquirido, tudo que pagou, tem que repor o dinheiro retirado da conta do Fundo e ainda sofre ação penal.
Legislação vigente:
Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 atualizada – artigo 20

Artigo 20 da Lei
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
V - pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, desde que:
a) o mutuário conte com o mínimo de 03 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes;
b) o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses;
c) o valor do abatimento atinja, no máximo, 80% (oitenta por cento) do montante da prestação.
VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação;
VII - pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas as seguintes condições:
a) o mutuário deverá contar com o mínimo de 03 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes;
b) seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH.
Atenção: o artigo acima conta apenas com os parágrafos relativos ao uso para aquisição da casa própria. Outras situações consultar a lei.
Texto gentilmente cedido por Saber Imobiliário

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Prazo e rescisão do contrato de locação residencial merece especial atenção

O prazo do contrato de locação residencial merece especial atenção, em vista de suas particularidades previstas na Lei do Inquilinato (8.245/91). Primeiramente, importante esclarecer que as locações residenciais são aquelas em que o imóvel será utilizado para a habitação do locatário, na qualidade de lar definitivo e sem qualquer objetivo econômico.
O artigo 47, da Lei do Inquilinato, estabelece que nas locações pactuadas verbalmente “ou por escrito e com prazo inferior a trinta meses”, após o término do prazo, o locador somente poderá retomar a posse do imóvel nas seguintes hipóteses:
- Se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos.
- Por força de acordo entre as partes;
- Em razão de infração legal ou contratual pelo locatário e falta de pagamento do aluguel e encargos;
- Para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las.
- Em virtude de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário estiver relacionada com o seu emprego;
- No caso do locador pedir para seu uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro. Ou pedido do locador para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel próprio. Nesta hipótese, o parágrafo primeiro do artigo em pauta dispõe que a “necessidade” deverá ser demonstrada judicialmente sempre que o retomante estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de sua propriedade situado na mesma localidade ou, residindo ou usando imóvel alheio, já tiver retomado o imóvel anteriormente. A comprovação judicial deverá ocorrer também quando o ascendente ou descendente, beneficiário da retomada, residir em imóvel próprio; e
- No caso do locador pedir para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel ou pensão, em cinquenta por cento.
Note que o parágrafo segundo, do artigo 47, da Lei ora examinada, determina que nas duas últimas hipóteses acima, o retomante deverá provar ser proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do mesmo.
Como se verifica, nos pactos locatícios de imóveis urbanos para fins residenciais verbais ou por escrito e com prazo inferior a trinta meses, os mesmos somente poderão ser rescindidos pelos respectivos locadores depois de transcorridos cinco anos de vigência ou ocorridas às hipóteses elencadas.
O inquilino, diferentemente do locador, pode rescindir o contrato em qualquer momento e independentemente de motivo (a única penalidade será a obrigação de pagar a multa estipulada pelas partes ou fixada pelo juiz). Por esse motivo é comum ocorrerem impasses nas negociações, visto que muitas vezes os locatários pretendem permanecer no imóvel por período menor que trinta meses e, de outro lado, os locadores não desejam ficar impedidos de retomarem as posses de seus imóveis antes de transcorridos cinco anos de vigência.
Nestas situações, temos como solução fixar o prazo do contrato pelo prazo de trinta meses, porém com a previsão de isenção de multa em favor do inquilino, após decorridos determinado período de tempo (doze meses, por exemplo).
Por fim, merece destaque o parágrafo único, do artigo 4º, da Lei do Inquilinato, que dispensa o pagamento da multa se a devolução do imóvel pelo locatário decorrer de transferência, pelo seu empregador, para prestar serviços em localidades diversas daquela do início do contrato, desde que notifique o locador com o prazo mínimo de trinta dias de antecedência.
Daniel Alcântara Nastri Cerveira é sócio do escritório Cerveira Advogados Associados.
Texto gentilmente cedido por PortalVGV

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Escassez de imóveis para alugar é a maior em 10 anos

A forte procura por imóveis residenciais e comerciais para alugar fez a taxa de vacância recuar para o menor nível dos últimos dez anos em 2011 e o valor do aluguel explodiu. Os imóveis mais procurados no mercado de locação residencial são apartamentos de um e dois dormitórios. No segmento comercial, áreas para escritórios no Itaim, em São Paulo, e no Leblon, Rio de Janeiro, são as mais cobiçadas.
Atualmente, o aluguel de escritório no Rio já supera o de Nova York afirma a gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield South America, Mariana Mokayad Hanania. Uma pesquisa feita pela empresa mostra que o valor do aluguel do metro quadrado no polo de escritórios no Rio, que inclui a zona sul, centro e orla, é de US$ 69,4. Em Nova York, na região de Midtown, próxima do Central Park, US$ 62,6.
O terceiro lugar desse ranking das regiões com aluguel comercial mais alto, à frente de Washington, também é ocupado pelo Brasil. Só que pelo polo de escritórios de São Paulo, que inclui áreas nobres como Paulista, Jardins, Faria Lima, Chácara Santo Antônio, entre outras. Nessa região, o preço do metro quadrado está em US$ 60,3.
Segundo Mariana, fazia tempo que São Paulo não tinha elevação tão forte no preço dos aluguéis de escritórios; fenômeno frequente no Rio porque a oferta de escritórios é restrita. O preço médio do aluguel do metro quadrado de edifícios classe A no principal polo de escritórios de São Paulo, que inclui Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros, atingiu R$ 111,8, no terceiro trimestre de 2011. A alta é de 22,6% em relação a igual período de 2010 e de 4,3% ante o segundo trimestre de 2011.
O preço médio mais elevado do metro quadrado de escritórios classe A em São Paulo é o da Faria Lima (R$ 146,3) e o índice de vacância mais baixo é o do Itaim (0,9%), aponta a pesquisa da Cushman & Wakefield.
"Hoje a taxa de vacância atingiu o recorde de baixa em todos segmentos", diz Roberto Perroni, presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), especializada em escritórios, shoppings e galpões. No caso de escritórios, ele cita a taxa média de vacância, que leva em conta os imóveis vagos em relação ao total de imóveis alugados ou não, calculada pela CB Richard Ellis. Em São Paulo, esse índice médio foi de 4,2% no terceiro trimestre de 2011 e de 3,1% no Rio.
Também em shoppings há escassez de lojas para locação. Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Shopping Centers mostra que a taxa de vacância chegou a 3,7% em setembro de 2011, um dos resultados mais baixos dos últimos 12 meses. Em dois shoppings da CCP, que serão entregues em 2013, mais de 70% das lojas já estão alugadas.
Supermercado
Na opinião do consultor de locação do Secovi, o Sindicato da Habitação, Cícero Yagi, o principal fator que elevou o preço do aluguel e fez recuar a taxa de vacância foi o descompasso entre a oferta para locação muito abaixo da demanda.
No caso dos escritórios, Yagi conta que contratos novos estão sendo fechados com reajuste de 30%, superando de longe a inflação, que fechou 2011em 6,5%, de acordo com o IPCA, e em 5,1%, segundo o IGP-M. Perroni, da CCP, chegou, nos últimos meses, a obter alta de 45% no preço dos aluguéis por ocasião de revisões que acontecem a cada três anos em contratos antigos.
Nos imóveis residenciais com um e dois dormitórios, os aumentos também são fortes e beiram a 20%, para novos contratos. A taxa de vacância é de 10%, considerada baixa. A vacância normal oscila entre 15% e 20%.
Mas, ao que tudo indica, esse quadro mais apertado entre demanda e oferta de imóveis para alugar deve ter um certo alívio neste ano para o segmento de escritórios, prevê Yagi. Com a oferta prevista de 300 a 400 mil metros quadrados novos de áreas de conjuntos comerciais em São Paulo por ano a partir de 2012, deve ocorrer uma subida na taxa de vacância. Já no segmento residencial, o consultor acredita que o aumento da oferta não será suficiente para conter os aluguéis no curto prazo.

Publicado por Estadão.com.br

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Preço médio do um-dormitório em São Paulo é de R$ 398 mil

Para quem procura morar sozinho em 2012, São Paulo é uma cidade com muitas opções de apartamentos de um dormitório. Só neste ano foram 4.499 unidades novas, segundo levantamento da Geoimovel.
Com a valorização média de 23% nos lançamentos da cidade de São Paulo entre os nove primeiros meses do ano comparados aos novos do mesmo período do ano passado, o metro quadrado do um-dormitório alcançou os R$ 8.250 na cidade de São Paulo. O valor médio da unidade chegou a R$ 398 mil.
Nos distritos do Itaim Bibi (zona oeste) e Consolação (centro), o metro quadrado ultrapassou os R$ 10 mil. A maioria desses imóveis são “studios” ou quitinetes, com área entre 33 m² e 47 m². O preço médio da unidade no Itaim Bibi é de R$ 593 mil, enquanto na Consolação chega aos R$ 396 mil.
Os menores preços da cidade estão nos distritos do Ipiranga (R$ 246 mil) e do Cambuci (R$ 140 mil). Ali a maioria dos apartamentos mede entre 31m² e 39 m².

Publicado por Folha de São Paulo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Aluguel mais que dobra na cidade de São Paulo, dependendo da região:

O Valor do aluguel na cidade de São Paulo, dependendo da região, pode ficar até 135,917% mais caro, segundo levantamento divulgado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) nesta quinta-feira (15), com dados referentes a novembro.
Este é o caso, por exemplo, dos imóveis de três dormitórios. Para este tipo de moradia, a região Leste zona B, que contempla bairros como Brás, Itaquera e Vila Matilde, por exemplo, possui os menores valores de aluguel de imóveis em bom estado, de R$ 12,31 o metro quadrado.
Na região Sul zona A, que contempla bairros como Aclimação, Higienópolis, Itaim e Jardins, por outro lado, foram encontrados os maiores valores de locação para estes imóveis, de R$ 29,04 o metro quadrado.
Diferenças
Para se ter uma ideia, em novembro, quem quisesse alugar uma unidade de três quartos, com 90 metros quadrados, por exemplo, desembolsaria cerca de R$ 1.107,90 na região Leste zona B e R$ 2.613,60 na região Sul zona A.
No caso dos imóveis de dois dormitórios (com 70 m2), a diferença nos preços atinge 115,24%. O menor valor verificado em novembro foi encontrado novamente na região Leste zona B, onde o valor médio do aluguel chegou a R$ 964,60. Já o maior valor, de R$ 2.076,20, também foi verificado na região Sul zona A.
No caso de um imóvel com um dormitório (com 55 m2), também em bom estado e considerando os preços máximos, pode-se verificar uma diferença de 130,23% no valor do aluguel, sendo o menor de R$ 822,25 (zona Leste B) e o maior, de R$ 1.893,10 (zona Sul A).
Valor por região
Na tabela a seguir é possível verificar o preço máximo do aluguel de imóveis em bom estado de um, dois, três e quatro dormitórios na cidade de São Paulo. Os preços estão divididos por zonas e consideram tamanhos específicos de propriedades:
Preço do aluguel residencial na cidade de São Paulo
novembro 2011
Região  Um Dormitório
(55 m²)
  Dois Dormitórios
(70 m²)
  Três Dormitórios
(90 m²)
   Quatro Dormitórios
(130 m²)
CentroR$ 1.416,25R$ 1.831,20R$ 2.038,50-
Leste – Zona AR$ 1.131,90R$ 1.271,20R$ 1.628,10R$ 2.382,90
Leste – Zona BR$ 822,25R$ 964,60R$ 1.107,90-
NorteR$ 1.208,50R$ 1.234,10R$ 1.599,30-
Oeste – Zona AR$ 1.631,85R$ 1.805,30R$ 2.414,70-
Oeste – Zona BR$ 888,80R$ 1.246,70R$ 1.484,10-
Sul – Zona AR$ 1.893,10R$ 2.076,20R$ 2.613,60R$ 4.241,90
Sul – Zona BR$ 1.139,60R$ 1.348,20R$ 1.611,00-
Fonte: Secovi-SP
Centro: Barra Funda, Bom Retiro, Cambuci, Centro, Liberdade, Pari, Santa Cecília
Zona Leste A: Alto da Mooca, Belém, Mooca, Tatuapé
Zona Leste B: Artur Alvim, Brás, Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Aricanduva, Penha, São Mateus, São Miguel Paulista, Sapopemba, Vila Carrão, Vila Formosa, Vila Matilde, Vila Prudente
Zona Norte: Brasilândia, Casa Verde, Freguesia do Ó, Limão, Mandaqui, Pq Edu Chaves, Santana, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Mazzei, Vila Nova Cachoeirinha
Zona Oeste A: Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Lapa, Perdizes, Pinheiros, Pompéia, Sumaré, Vila Leopoldina, Vila Madalena
Zona Oeste B: Butantã, Jaguaré, Perus, Pirituba
Zona Sul A: Aclimação, Bosque da Saúde, Chácara Santo Antônio, Higienópolis, Itaim, Jardim da Saúde, Jardins, Moema, Morumbi, Paraíso, Real Parque, Saúde, Vila Mariana, Vila Olímpia
Zona Sul B: Campo Limpo, Cidade Ademar, Interlagos, Ipiranga, Moinho Velho, Pedreira, Sacomã, São João Clímaco, Vila das Mercês, Vila Gumercindo.

Publicado por Infomoney