quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Financiamento de material de construção com FGTS começa a valer

Segundo a instrução normativa publicada nesta quarta, as medidas entrarão em vigor a partir de 1º de novembro

O governo aprovou nesta quarta-feira (24) as regras para financiamento de materiais de construção utilizando recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), conforme publicado no "Diário Oficial da União".
A nova linha de crédito, chamada de Fimac FGTS (Financiamento de Material de Construção), estará disponível para cotistas do fundo com vínculo empregatício ativo, independente da renda e de acordo com sua capacidade de pagamento. Será exigido, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do fundo de garantia, que deverá ter pelo menos 10% do valor financiado.
Aprovada pelo Conselho Curador do fundo em janeiro, o Fimac FGTS permite o uso de até R$ 20 mil do fundo para a reforma. Caso o empréstimo seja superior a R$ 10 mil, a mão-de-obra contratada deve estar em dia com as contribuições previdenciárias.
A linha de crédito para aquisição de material, tanto para imóveis urbanos quanto rurais, destina-se a construção e/ou ampliação de unidade habitacional; reforma de moradia; instalação de hidrômetros de medição individual; e implantação de sistemas de aquecimento solar.
Só poderão ser reformados com a linha os imóveis cujo valor não ultrapasse R$ 500 mil.
A taxa de juros máxima será de 10,66% (8,5% de juros nominal mais 2,16% de remuneração do agente financeiro). O prazo de pagamento será de até dez anos (120 meses).
As prestações serão calculadas pelo SAC (Sistema de Amortização Constantes) ou pela Tabela Price --a escolha ficará a cargo do cliente.
O local que receber a obra deverá ser regularizado e financiável nas condições do SFH (Sistema Financeiro de Habitação).
Segundo a instrução normativa publicada nesta quarta-feira, as medidas entrarão em vigor a partir de 1º de novembro.
O financiamento para aquisição de materiais destina-se a trabalhadores titulares de conta vinculada do FGTS, independente da renda familiar mensal bruta, "observadas as condições do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e de utilização dos recursos do FGTS para aquisição de moradia própria", informou o documento.
Ainda segundo a publicação, serão consideradas prioritárias as propostas destinadas a famílias com renda mais baixa, que beneficiem imóveis com valor de avaliação menor, que contemplem idosos, deficientes ou mulheres chefes de família, ou que apresentem maior valor de contrapartida.
Para o exercício de 2012, serão disponibilizados R$ 300 milhões, sendo que caberá à região Sudeste a maior parcela dos recursos (42,5%). O Nordeste do país ficará com 28,2% e a região Sul, com 11,2%. Norte e Centro-Oeste responderão por 9,7% e 8,4% dos recursos, respectivamente.
A indústria brasileira de materiais vem sofrendo com vendas abaixo do esperado ao longo de 2012. Este ano até setembro, as vendas acumulam alta de 1,3%, bem abaixo da previsão da associação que representa o setor no país, Abramat, para 2012, de crescimento de 3,4%.

Publicado por  Folha Online (com Reuters)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

IGPM – OUTUBRO 2012

IGPM – OUTUBRO 2012
Índice divulgado no último dia de cada mês.
Utilizado no reajuste anual dos aluguéis.

OUTUBRO – 0,02%
- acumulado do ano: 7,12%
- acumulado dos últimos 12 meses: 7,52% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
SETEMBRO
– 0,97%
- acumulado do ano: 7,0945%
- acumulado dos últimos 12 meses: 8,0705% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
AGOSTO – 1,43%
- acumulado do ano: 6,0656%
- acumulado dos últimos 12 meses: 7,7280% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
JULHO – 1,34%
- acumulado do ano: 4,5703%
- acumulado dos últimos 12 meses: 6,6766% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
JUNHO – 0,66%
- acumulado do ano: 3,1876%
- acumulado dos últimos 12 meses: 5,1397% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
MAIO – 1,02%
- acumulado do ano: 2,5110%
- acumulado dos últimos 12 meses: 4,2623% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
ABRIL – 0,85%
- acumulado do ano: 1,4759%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,6534% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
MARÇO – 0,43%
- acumulado do ano: 0,6207%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,2422% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
FEVEREIRO – -0,06%
- acumulado do ano: 0,1898%
- acumulado dos últimos 12 meses: 3,4376% (índice de reajuste do aluguel neste mês)
JANEIRO – 0,25%
- acumulado do ano: 0,2500%
- acumulado dos últimos 12 meses: 4,5347% (índice de reajuste do aluguel neste mês)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Entenda a diferença entre tabelas de financiamento de imóvel

Para quem vai comprar um imóvel financiado, não basta olhar a tabela de preços nos classificados ou na corretora. É preciso estar atento a outras tabelas: a Price ou SAC, modalidades que irão definir o valor das parcelas do financiamento. A escolha entre um desses dois modelos vai influenciar diretamente o valor das prestações.

Na tabela SAC (Sistema de Amortização Constante), as prestações começam altas e vão ficando menores. Já a Price mantém a cifra das mensalidades constante do início ao fim.

"É errado comparar as tabelas pelo valor dos juros. A taxa é a mesma para as duas. O que difere é a maneira como os juros serão pagos", afirma o economista Roberto Sampaio, consultor da Empírica Real Estate.

Os juros são calculados sobre o valor da dívida. No sistema SAC, as financiadoras colocam uma grande parte da dívida para ser quitada já no início da série de pagamentos, e com o tempo vão amortizando (diminuindo) esse valor. Sampaio explica: "a ideia por trás disso é receber a maior parte do valor emprestado no menor prazo. Isso deixa as primeiras prestações altas".

A tabela SAC é hoje o tipo mais usado de cálculo para o financiamento imobiliário, porque deixa as financiadoras mais protegidas, afirma a professora Eliane Monetti, do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP. "Ao oferecer parcelas cada vez menores, evita-se a inadimplência. Se o comprador conseguiu pagar os altos valores das primeiras prestações, provavelmente conseguirá arcar com as últimas", diz Monetti.

No sistema Price, a lógica é pagar pouco da dívida no início e mais ao final do contrato. Para resultar numa mensalidade fixa, há um balanceamento com os juros.

Como não há o pagamento de grandes parcelas iniciais, a incidência de juros é bem maior no começo, mas com o tempo e a diminuição da dívida, a conta se inverte: a maior parte será para quitar o empréstimo, e a porcentagem dos juros será menor. Essa forma de cobrança não se reflete no valor das parcelas, que permanecerá sempre o mesmo.

Qual vale a pena?

Dado o perfil de cada sistema, Sampaio recomenda a tabela SAC para pessoas que podem dispor de uma receita maior no início do investimento. Já a Prince é a melhor opção para quem tem renda fixa, como os aposentados e funcionários públicos.

O valor dos juros no mercado imobiliário vem caindo gradualmente. "Fica hoje entre 7,6% e 9% ao ano"o, declara Monetti. "Mas isso muda em cada caso, se a pessoa é cliente do banco poderá ter mais vantagens de negociação", finaliza Monetti.

Publicado por Terra.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Imóveis: portabilidade de financiamento reduz taxas de juros, mas ainda é burocrática

A Caixa informou que o volume de contratos portados no banco é inexpressivo, não sendo muito afirmar que a portabilidade é praticamente inexistente

Na ponta do lápis, a conta se mostra vantajosa. Animado com as últimas reduções nas taxas de juros, o publicitário André Pires resolveu fazer a portabilidade do seu financiamento imobiliário do HSBC para a Caixa. Porém, na prática, o processo não está sendo nada fácil.
A vantagem é simples de ser compreendida: com juros anuais de 10,5% no HSBC, Pires pagaria juros de 7,5% na Caixa, ou seja, deixaria uma prestação mensal média de R$ 2.550, para parcelas de R$ 2.188. No final dos próximos 13 anos de financiamento, teria economizado R$ 56.418.
Mas o interesse e a proatividade de Pires em procurar melhores condições de pagamento não surtiram efeito. Há cinco meses, a Caixa e o HSBC não se entendem com relação a uma parte do procedimento e a transferência do financiamento não foi efetivada. A Caixa quer que o HSBC assine um contrato e transfira alguns dados, e o HSBC se nega. "O governo dá o direito ao cidadão, mas não conseguimos colocar na prática", critica o publicitário.
Antes de fechar negócio com a Caixa, Pires ainda ouviu a contraproposta do HSBC, porém o banco reduziu os juros dos 10,5% para 9%. O que ainda é desvantajoso frente aos 7,5% oferecidos pela Caixa. Há uma semana, Pires abriu uma queixa no Banco Central, na tentativa de resolver a situação, mas até o momento não teve retorno da instituição. A portabilidade do crédito está em vigor desde 2006.



Segundo o educador financeiro e autor do livro Separe uma Verba para Ser Feliz, Mauro Calil, o publicitário agiu corretamente. O primeiro passo seria mesmo refazer as contas com os novos juros. Outro ponto importante é checar todos os custos extras, como a taxa do novo registro no cartório, a vistoria do imóvel e os custos adicionais cobrados pelos bancos para efetuar a transferência.
"É importante avaliar o custo final das propostas de cada banco. Considerando, além dos juros, outras taxas adicionais", ensina Calil. Para o educador financeiro, outro ponto importante é  apresentar a contraproposta do novo banco à instituição que já possui o financiamento. "Sempre pode haver uma melhoria da primeira proposta".
Sobre o uso da portabilidade de crédito pelos brasileiros, Calil avalia que ainda é tímido, mas isso porque dá trabalho refazer estas contas e avaliar se transferir o financiamento vale mesmo a pena. "Falta informação, além de não ser um procedimento simples. Mas vale lembrar que, em tempos de juros mais baixos, não ter este trabalho custa caro para muitos consumidores".
Mudanças Para a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - ProTeste, Maria Inês Dolci, a situação só irá melhorar quando o governo fizer as mudanças necessárias na parte burocrática e nos custos do processo. "Na teoria, a portabilidade já existe desde 2006, mas nunca funcionou na prática".
Já existe hoje uma proposta de lei, do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), para realizar estas mudanças. Uma delas é que a instituição para onde será migrado o financiamento fique encarregada de cuidar da documentação, evitando que o mutuário precise ir ao banco inicial e ao cartório. A proposta está na Câmara dos Deputados.
Para a gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Maria Elisa Novais, a lei da portabilidade não aprofunda o tema e cada instituição adota suas medidas. "Essa resolução de 2006 é bastante superficial. E o consumidor acaba atuando como um intermediário entre os dois bancos, quando não deveria".

Respostas


Em resposta ao CORREIO, a Caixa informou que o volume de contratos portados no banco é inexpressivo, não sendo muito afirmar que a portabilidade é praticamente inexistente. "As dificuldades para portar o crédito decorrem da ausência da regulamentação pelo Banco Central, principalmente no que concerne a um procedimento operacional padrão". Isso faz com que cada banco tenha um modelo próprio que muitas vezes não é coincidente entre as duas instituições  que estão envolvidas. "Enquanto isso não ocorrer, infelizmente, problemas como os relatados vão acontecer, uma vez que no presente caso, não se pode obrigar a nenhuma das partes aceitar o modelo operacional do outro", acrescentou a Caixa. Já o  HSBC informou que segue as orientações do Conselho Monetário Nacional.

Luciana Rebouças
Publicado por correio24horas.com.br

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cidade de São Paulo concentrará mais escritórios de luxo

Com arquitetura inovadora e soluções tecnológicas, novos escritórios de alto padrão surgem em São Paulo. A previsão é que 362 mil metros quadrados de empreendimentos desse tipo serão entregues na cidade neste ano.

O número representa um crescimento de 262% em relação a 2011, de acordo com dados da Colliers International, uma das principais consultorias do mundo na área imobiliária.
Entre os prédios que já podem ser ocupados pelas empresas está o Pátio Victor Malzoni, no Itaim Bibi. O edifício abrigará empresas como o Google, o BTG Pactual e o fundo saudita Blue Store.
Considerado o metro quadrado mais caro da cidade (R$ 17,6 mil), o edifício ficou pronto em dezembro de 2011, mas recebeu o Habite-se (licença para ocupação do imóvel) há dois meses.
Quem passa pela região não deixa de notá-lo. Primeiro por suas dimensões (ele ocupa um quarteirão da avenida Brigadeiro Faria Lima). Segundo, devido ao imenso vão entre as duas torres.
A solução arquitetônica teve que atender a uma necessidade histórica: a Casa Bandeirista, construção do século 18 que fica encravada no meio do terreno.
"Por ser tombada, não podíamos retirá-la. Projetamos no seu eixo uma passagem de pedestre com 45 metros de largura e 30 metros de altura, formando um grande pórtico", diz Marc Rubin, do escritório de arquitetura Botti Rubin, autor do projeto.
"Tivemos a oportunidade única de projetar uma obra com expressão arquitetônica incomum", afirma.
Convivendo com esse passado estão soluções do futuro: o Pátio Victor Malzoni foi preparado para gerar sua própria energia nos horários de pico -o que ajudará a reduzir os custos das cotas condominiais- e, na garagem, 200 vagas possuem tomadas para carros elétricos.

MENOS DESPERDÍCIO


Outro empreendimento de alto padrão recente na cidade é o The One, também no bairro do Itaim Bibi.

Antonio Ciampi Jr., diretor de engenharia da Odebrecht, empresa responsável pela obra, diz que os principais diferenciais do edifício são o sistema de construção, feito com estrutura metálica mista, e a fachada de vidro reflexivo e termoacústico.
"Esse sistema, apesar de ainda ser pouco usado no Brasil, oferece diversos benefícios, como velocidade na construção, redução de mão de obra e menos desperdício de material", afirma.
Já a fachada, segundo o diretor, reflete 70% dos raios solares, o que permite mais conforto térmico e economia de energia com refrigeração.
Recentemente, a incorporadora Tishman Speyer entregou, no bairro do Brooklin Novo, o Tower Bridge Corporate, que recebeu investimentos de R$ 600 milhões.
"Cada pavimento do prédio tem 2.000 m² de área, o que permite grande flexibilidade de layout, com opções de até três escritórios por andar", afirma Daniel Cherman, presidente da empresa no Brasil. O executivo acrescenta: "As grandes companhias buscam locais onde possam crescer, sem que tenham de mudar quando precisam de mais espaço".
No bairro Cidade Jardim, a novidade é o empreendimento Cidade Jardim Corporate Center, que acaba de receber sua terceira e última torre.
Em uma área de 72 mil metros quadrados, onde também se encontram nove prédios residenciais e um shopping, o centro comercial tem três helipontos.
O edifício, construído com conceitos de sustentabilidade ambiental, tem aproveitamento de água pluvial e foi feito com utilização de madeira certificada. A fachada tem maximização da iluminação natural.

Publicado por Folha.uol.com.br

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Itaim Bibi terá metrô e monotrilho

A linha 17- ouro, que vai conectar, por meio de um monotrilho, o aeroporto de Congonhas ao distrito do Morumbi, passará pelo Itaim Bibi, na altura da avenida Roberto Marinho. Na estação Água Espraiada, o monotrilho fará conexão com o prolongamento da linha 5-lilás, que será subterrânea.

Atualmente, o Itaim Bibi não possui nenhuma estação de metrô: apenas duas estações de trem da CPTM (Vila Olímpia e Berrini) e 92 linhas de ônibus, segundo informações da SPTrans.
Quanto estiver pronta, a linha 17- ouro terá cerca de 18 km de extensão e 18 estações. Na primeira etapa das obras, o monotrilho sairá do aeroporto de Congonhas, passará pela avenida Roberto Marinho e irá até a estação Morumbi da linha 9-esmeralda da CPTM. No segundo trecho, o monotrilho cruzará o rio Pinheiros, passando pela Vila Andrade até chegar ao Estádio do Morumbi.
Segundo o Metrô, a linha deverá atender cerca de 252 mil pessoas por dia, e deve começar a operar a partir de 2015.
O investimento será de cerca de R$ 3,2 bilhões, com recursos provenientes dos governos do Estado, do município e empréstimo do governo federal (Caixa e BNDES).
Já o prolongamento da linha 5-lilás tem custo estimado de R$ 6,9 bilhões e deve ficar pronto em 2015.

Publicado por Folha.uol.com.br


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Saiba quais variáveis observar para amortizar o financiamento imobiliário

Quanto maior o valor da entrada, menor a taxa de juro cobrada porque o “risco” de o tomador do empréstimo não conseguir honrar a dívida é menor.

A concorrência bancária começa a chegar aos financiamentos imobiliários. Essas operações, que já chegaram a ter taxas acima de 12%, hoje podem ser encontradas a um custo efetivo total de 7,9%. Por isso, nada de fechar uma operação com o primeiro agente financeiro. Também nesta seara é preciso pesquisar.
Na verdade, contratar um financiamento imobiliário exige paciência para muita pesquisa. Pois, como são operações de longo prazo, qualquer diferença no custo provoca um impacto significativo na renda das famílias.
Cada caso é um caso, mas há regras gerais que podem auxiliar na escolha do melhor modelo para você. Por exemplo, em mais de 90% dos casos, os financiamentos atuais são feitos pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) e não pela Tabela Price.
Isso porque, na tabela price você paga prestações menores no início do financiamento, mas elas não amortizam o saldo devedor. Esta amortização só terá início a partir da metade do prazo do financiamento.
Segundo consultores financeiros, para entrar num financiamento imobiliário com mais segurança é necessário observar o valor da entrada. O melhor, segundo eles, é financiar apenas 50%, ou seja, ter pelo menos a metade do valor do imóvel como entrada. Mas a média no mercado é de operações com entradas que variam de 30 a 40% do valor do imóvel.
Quanto maior o valor da entrada, menor a taxa de juro cobrada porque o “risco” de o tomador do empréstimo não conseguir honrar a dívida é menor.
Mas essas são regras gerais, é claro que há condições específicas que devem ser avaliadas. Por exemplo, se você não tem filhos, não tem dívidas e nenhuma obrigação financeira pode sim entrar num financiamento com um valor bem menor de entrada. Afinal, sua renda disponível é maior do que uma família com crianças e que tenha outros endividamentos como automóveis.
Veja o casal Lucas e Ludmila, de Salvador. Eles querem amortizar a dívida, mas têm dúvidas se fazem abatendo no valor das prestações ou no prazo do financiamento (veja vídeo).
A regra diz que quanto menor o prazo, menos juros você paga. Mas é necessário avaliar caso a caso. A prestação do financiamento de Lucas e Ludmila está consumindo uma parcela muito alta da renda da família. Neste caso, reduzir o valor da parcela passa a ter um peso importante na hora da decisão.
Para saber como amortizar o seu financiamento imobiliário, você deverá levar em conta as seguintes variáveis:
- Taxa de juro embutida;
- Prazo restante do financiamento;
- Sua idade (ela influencia no preço do seguro);
- Sistema de amortização;
- Saldo devedor.

Mara Luquet
Publicado por G1.Globo.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Projeto prevê que locatário deixe de pagar IPTU e seguro contra incêndio

Locador também será proibido de exigir dados da declaração do imposto de renda do inquilino

Os locatários poderão ser liberados do pagamento de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e do seguro contra incêndio. A medida consta do Projeto de Lei 4185/12, de autoria do deputado Giovani Cherini (PDT-RS).
De acordo com a Agência Câmara, a lei vigente (8.245/91) prevê que o locador é responsável pelo pagamento de impostos, taxas e seguro de incêndio, a não ser que o contrato de locação determine o contrário. O deputado alegou que o IPTU é um imposto sobre a propriedade, e são sobre o uso do imóvel. “Da mesma forma, o prêmio do seguro contra incêndio constitui proteção para reembolso por eventual gasto com a reposição das condições de segurança e habitabilidade do imóvel anteriores ao sinistro”, concluiu.

Garantias


A proposta ainda estabelece que o locatário poderá escolher uma modalidade de garantia de cumprimento do contrato, podendo ser caução, fiança, seguro de fiança locatícia ou cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. A escolha só será impedida caso o locador prove que a substituição lhe trará prejuízo. Além disso, o locador fica impedido de exigir do locatário dados de sua declaração de imposto de renda ou de qualquer outro documento coberto por sigilo legal.


Tramitação


A medida, que está apensada ao Projeto de Lei 2503/92, ainda será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Urbano, de Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o Plenário.


Publicado por InfoMoney

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cresce o número de imóveis comerciais de alto padrão vazios em São Paulo

Regiões da Marginal Pinheiros, Faria Lima, Roque Petroni e Barra Funda foram as que mais contribuíram para a absorção negativa

O mercado de locação de edifícios corporativos de alto padrão de São Paulo encerrou o segundo trimestre deste ano em com a menor taxa de absorção líquida dos últimos três anos, em 9.856 m², conforme estudo da Colliers International Brasil. O aumento da taxa de vacância justifica esses números. Segundo a Colliers, mercado de São Paulo registrou alta de 0,4% nesta taxa, em relação ao trimestre anterior, fechando o período em 3,3%.

Regiões

As regiões da Marginal Pinheiros, Faria Lima, Roque Petroni e Barra Funda foram as que mais contribuíram para a absorção negativa, com taxas negativas de 6.820m², 2.982m², 754m² e 507m², respectivamente.
A Colliers esclarece que esses bairros tiveram empreendimentos que devolveram áreas para o mercado neste segundo trimestre. Por sua vez, o Itaim e a Vila Olímpia apresentaram absorção positiva, com 824m² e 383m², nessa ordem.
O aumento de 0,4% na taxa de vacância ocorreu por conta da área disponível remanescente do trimestre anterior somada à devolução de áreas em outros empreendimentos. A cidade de São Paulo soma 48.559 m² disponíveis em empreendimentos corporativos de alto padrão.

Preços

Embora a taxa de vacância tenha apresentado ligeira elevação, os preços pedidos de locação dos imóveis comerciais novamente aumentaram no segundo trimestre. A média na cidade alcançou R$ 124,00 m² por mês, o que significa uma elevação de 2,1% em relação ao trimestre anterior.
Na região da Barra Funda o preço médio para locação do m² atingiu R$ 70,00, já na Faria Lima foi de R$ 187,50, enquanto na Marginal ficou em R$ 110,00 e na Roque Petroni, R$ 113,00.

Alphaville

Os preços médios de locação em edifício corporativos e alto padrão na região de Alphaville caíram 3,2% no segundo trimestre deste ano, no comparado com o mesmo período do ano anterior. O valor ficou em R$ 63,00, contra R$ 65,00 no primeiro trimestre de 2012.
Esta foi a segunda queda de preços, justificada pela disponibilidade de áreas para locação. O mercado corporativo de Alphaville permanece com taxa de vacância acima de 30%, superior a taxa de equilíbrio de mercado, refletindo diretamente nos preços e também na absorção do mercado.

Publicado por InfoMoney

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Banco Mundial quer edifícios comerciais com menos estacionamentos em SP

Um projeto-piloto do Banco Mundial na região da Berrini (zona sul de São Paulo) quer propor uma mudança na lei de São Paulo que rege a quantidade de estacionamentos para empreendimentos imobiliários.
A iniciativa foi apresentada na 12ª Conferência Internacional da Lares (Latin American Real Estate Society), que aconteceu na semana passada em São Paulo. Quem apresentou o projeto foi a analista de transporte do Banco Mundial, Andréa Leal.
Segundo ela, a intenção é mostrar que a cidade São Paulo pode ter uma legislação que trate a questão de vagas de estacionamento pelo critério do máximo de vagas, e não do mínimo. Hoje a legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo exige uma quantidade mínima de vagas em função do tamanho e do tipo de empreendimento.
O projeto-piloto, inspirado em práticas nos Estados Unidos, está sendo desenvolvido no prédio CENU-WTC, que fica na região das avenidas Nações Unidas e Luís Carlos Berrini.
“Essa área foi escolhida porque tem uma das maiores concentrações da cidade de pessoas dirigindo sozinhas em um carro”, justificou Andréa.
A ideia é que os trabalhadores do prédio passem a usar meios alternativos de transporte. Para isso, será criado um Plano de Mobilidade.
No local, circulam 6.000 funcionários de 80 empresas, das quais 23 já aderiram ao projeto, segundo a analista.
Os funcionários e as empresas passarão a usar alternativas como ônibus fretados compartilhados, transporte público e bicicletas. “Foi verificado no projeto que muitas pessoas não vão para seus trabalhos de bicicleta apenas porque não há chuveiros na empresa. Isso será resolvido”, disse.
Segundo Andréa, o objetivo é mostrar que um grande prédio, com um grande estacionamento, pode reduzir sensivelmente sua necessidade de vagas de garagem na cidade de São Paulo.
Ela citou a legislação do Estado de Washington (EUA), que determina que os governos locais de áreas urbanas desenvolvam programas parar reduzir viagens motorizadas com um ocupante e milhas percorridas por veículo, como a exigência apenas de vagas máximas. Empresas com cem ou mais funcionários têm de desenvolver seus planos para reduzir número de viagens e de milhas percorridas.

DIFICULDADES

O presidente do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), Marcelo Takaoka, reconhece o problema do excesso de vagas estacionamentos na cidade de São Paulo e cita o dado de que já existem empreendimentos residenciais com espaço total para estacionamento que equivale a 50% da área privativa dos apartamentos.
“Isso estimula o uso de carros e, por consequência, toda uma série de problemas ambientas e de tráfego”, apontou.
Porém, Takaoka ressalta que o incentivo a meios alternativos na cidade só vai funcionar quando o sistema de transporte de público for muito eficiente. “Há estudos que mostram que, em algumas condições, já é mais barato usar um carro flex popular do que um ônibus circular. O transporte público precisa melhorar para ser mais atrativo.”

Publicado por Folha.uol.com.br