quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mercado de locação exige separação clara entre setor residencial e comercial

Para aprimorar o mercado de locação, uma alteração considerada urgente pelo vice-presidente de gestão patrimonial e locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Walter Cardoso, é a separação clara entre as regras da locação residencial e a comercial.

Cardoso entende que esses perfis de locação são altamente diferentes, não sendo possível tratar um processo de locação para uma família da mesma forma como se trata a locação feita pelas grandes empresas. Para isso o presidente sugere criação de capítulos específicos na Lei do Inquilinato.
“Definitivamente, não faz sentido manter as atuais condições. O aluguel residencial possui regras que não se aplicam à área comercial, notadamente quando se avalia a grande evolução que ocorreu – e continua a ocorrer – no mercado corporativo, cuja complexidade e práticas exigem normas peculiares”, diz Cardoso.

Nova Lei do Inquilinato
Cardoso reconhece os benefícios da nova Lei do Inquilinato, que melhorou muito as relações entre inquilinos e proprietários de imóveis para moradia. O equilíbrio, entre outras vantagens, permitiu que muitas unidades que estavam fechadas voltassem ao mercado, o que refletiu na redução dos valores dos aluguéis.
Para o presidente, as leis precisam se adequar a realidade do mercado. Isso, inclusive, traz benefícios para todos, tanto sociedade quanto empresas. “Assim foi, por exemplo, com o patrimônio de afetação, a criação dos fundos de investimento imobiliário, o marco regulatório do crédito imobiliário e o programa Minha Casa, Minha Vida”, explica o presidente.

Segmento de inflexão
Para Cardoso, o momento atual exige inovação no segmento comercial. É preciso, ainda, oferecer garantias similares às existentes na área residencial. “Estamos com um bom mercado, mas com marco regulatório insuficiente”, avalia o presidente.
Existe ainda a necessidade de padronizar as áreas locáveis de escritório, “de forma a se definir uma referência nacional, haja vista que o setor utiliza parâmetros internacionais que, embora consagrados, podem não refletir perfeitamente a nossa realidade”, diz o presidente.

Publicado por InfoMoney

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