No
próximo sábado (01/10) será comemorado o Dia Internacional do Idoso. A
data homenageia uma população que cresce cada vez mais no Brasil.
Segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1991 o número de idosos
aumentou 2,6% e hoje a quantidade de pessoas com 65 anos ou mais
ultrapassa os 14 milhões de pessoas. “Com as mudanças nas
características demográficas da população brasileira o mercado
imobiliário tem que adequar constantemente”, ressalta Elizabeth dos
Santos Silva Freitas, vice-presidente da Primar Administradora de Bens.
E os mais velhos vão engordar ainda mais as estatísticas, pois o IBGE afirma que a expectativa de vida dos brasileiros
em 2020 será de 76,1 anos e em 2050 deve chegar a 81,3 anos. Para
atender esta parcela da população o mercado imobiliário utiliza
diferentes tipos de estratégia. “Levando em consideração as principais
queixas dos idosos em relação à moradia, as construções passaram a ser
planejadas de maneira que se adaptem as necessidades das pessoas da
terceira idade e que sirvam também para outras faixas etárias”, destaca.
Entre
as reclamações de quem vive a melhor idade estão à ausência de
elevadores e rampas nos prédios e edificações, acessos que dificultam a
entrada nos imóveis, portas estreitas – o que dificulta a movimentação
de um idoso que utilize andador, bengala ou cadeira de rodas -,
banheiros com poucos ou sem pontos de apoio para facilitar
a hora do banho e a falta de pisos antiderrapantes. “Fechaduras sem
alça, iluminação precária dos ambientes e áreas comuns que não são
adaptadas para a circulação de idosos também estão entre as
insatisfações”, aponta.
Os novos empreendimentos têm que
se adaptar a realidade deste nicho de mercado, que além de exigente
possui um nível de renda bem maior do que muitos jovens e adultos ativos
economicamente. “A demanda é o que mais atraiu a atenção do mercado.
Para não perder nenhum negócio há imóveis que não são feitos
especialmente para os idosos, mas são construídos pensando no futuro. Ou
seja, os espaços são mais amplos e com a estrutura adequada para que na
velhice dos proprietários eles já estejam prontos para atendê-los”,
observa.
É preciso considerar ainda as constituições familiares
contemporâneas, na quais moram sob o mesmo teto gerações diferentes.
“Muitos idosos moram com seus filhos, netos e até bisnetos. Em uma mesma
moradia pode-se ter vários perfis, com crianças e pessoas mais velhas
ao mesmo tempo. Por este motivo os projetos estão mudando de perfil e se
adequando para atender a diferentes idades de apenas uma só vez. Além
disso, em qualquer etapa da vida todos buscam mais conforto e
segurança”, pontua.
Considerado como um público com alto potencial
de compra, quem está na terceira idade também ganha alguns mimos em
condomínios que estão de olho na qualidade de vida dos seus moradores
mais velhos. “Muitos empreendimentos estão consolidando uma cultura de
inclusão dos idosos e não apenas das crianças, jovens e adultos. Salões
de festas, piscinas e outras áreas comuns ganham áreas de circulação
mais amplas e acessórios que facilitam a vida dos idosos. A capacitação
dos funcionários para atender melhor os mais velhos é outra estratégia
utilizada”, conta.
Todas estas alterações na estrutura e a
qualificação profissional voltada ao atendimento dos mais velhos têm
como objetivo evitar as quedas em ambientes domésticos, prestar socorro
rápido em situações de emergência e tornar o contato entre os
profissionais e os idosos mais agradável. “Em geral as pessoas mais
velhas gostam de atenção, gentileza e não tem tanta pressa. Por isso é
fundamental que os funcionários saibam como lidar com este público, até
mesmo pelas diferentes características, como o passo mais lento e o uso
de cadeiras de rodas”, acrescenta.
Texto gentilmente cedido por PortalVGV
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