segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Alta no preço dos imóveis desacelera em novembro

Levantamento da Fipe, com base em dados do site Zap Imóveis, mostra recuo nas sete regiões pesquisadas
A alta do preço dos imóveis perdeu fôlego em novembro e registrou a menor elevação nos últimos 15 meses, de acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) baseada em dados do site Zap Imóveis.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira (5) mostra que o valor médio do metro quadrado nas sete regiões metropolitanas pesquisadas pela entidade subiu 1,4% em novembro, resultado inferior ao aumento de 1,6% de outubro e bem abaixo do pico de 2,7% registrado em abril.
A alta menor foi verificada em todas as sete regiões pesquisadas e é reflexo da desaceleração da economia brasileira e do maior cuidado dos consumidores, segundo avalia Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice Fipezap.
"O cenário de incerteza aumentou e as pessoas estão ficando mais cautelosas", diz Zylberstajn, citando como exemplo a queda no ritmo da criação de empregos e a pressão inflacionária sobre os salários. Ainda assim, afirma ele, a alta no preço dos imóveis é expressiva.
Entre os meses de janeiro e novembro o preço médio do metro quadrado subiu 25%, enquanto nos últimos 12 meses encerrados em novembro a elevação foi de 27,6%. O Distrito Federal continua com o metro quadrado mais caro do País (média de R$ 7,936), seguido por Rio (R$ 7,341), São Paulo (R$ 5,984), Belo Horizonte (R$ 4,584), Recife (R$ 4,559), Fortaleza (R$ 4,253) e Salvador (R$ 3,514).
Em São Paulo, a alta mensal de 1,7% foi a menor desde julho de 2010. A região do Ibirapuera e Vila Nova Conceição manteve o posto de mais cara, com o valor médio do metro quadrado de R$ 9,354. Em seguida aparecem Jardim Paulistano (R$ 9,182) e Chácara Itaim (R$ 8,031).
O Rio e o Recife tiveram as maiores altas nos últimos 12 meses, com acréscimo de 37% e 29%, respectivamente. Na capital fluminense, o valor médio do metro quadrado no Leblon, bairro mais caro da cidade, ultrapassou os R$ 17 mil pela primeira vez. Esse valor deixa para trás outros bairros nobres, como Ipanema (R$ 15 mil), e é 17 vezes maior que o bairro mais pobre, Coelho Neto, onde o preço do metro quadrado não chega a R$ 1 mil.
Para o ano que vem, a tendência de desaceleração no preço dos imóveis deve se manter durante o primeiro semestre, enquanto o cenário de incerteza persistir, afirma Zylberstajn.

Publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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