quinta-feira, 12 de abril de 2012

Descubra como gastar menos com o aluguel do escritório

De acordo com especialistas, o mercado de locação conjuntos comerciais em São Paulo ocupou um novo patamar de preços, comparável ao de outras grandes cidades do mundo. Valores já superam os de Nova York
Segundo estudo divulgado pela Buildings, empresa de pesquisa voltada para o mercado imobiliário coorporativo, a atual taxa de vacância dos espaços em São Paulo é de apenas 3%. Em 2008, era de 5%. O aumento da demanda sem que a oferta pudesse acompanhá-la não poderia dar em outro resultado: os preços dos aluguéis subiram - e vão continuar em alta. De 2008 a 2011, regiões como o Itaim Bibi e a Faria Lima tiveram alta de 40% nas locações mais baratas, indo de R$ 9,38 para R$ 23,68. Entre as mais caras, o aumento foi de R$ 25%, variando de R$ 150 para R$ 200 o metro quadrado.
"Algumas empresas que hoje atuam em prédios de nível máximo têm que se mudar para outros bons, mas não tanto quanto, para equilibrar custos", conta Henry Ebert, diretor da Scorporate, empresa especializada no aluguel de imóveis comerciais.
Ele avalia que o mercado não está com um preço elevado e sim que tem valor mais alto. "O mercado de escritórios de São Paulo ocupou um novo patamar de preços, comparável ao de outras grandes cidades do mundo", explica. Segundo a consultoria imobiliária Colliers International, os preços de escritórios de alto padrão em São Paulo já ultrapassam os de Nova York - na capital paulista, o custo de ocupação de um espaço A ou A+ é de R$ 130,79 por metro quadrado, enquanto na cidade americana fica em R$ 101,67.
O aumento atinge, no entanto, todos os tipos de negócios, e cria novos desafios também para pequenos e médio empresários. Com a ajuda de Ebert o Terra levantou algumas possibilidades para empreendedores que precisam baixar seu custo com ocupação.
1) Saiba quanto o seu negócio pode gastar
Na hora de fazer a pesquisa por um ponto comercial, é importante saber exatamente o que se procura para gastar menos tempo e analisar mais espaços que têm potencial de verdade para serem alugados. "Eu tenho que saber se posso gastar R$ 5 mil, R$ 10 mil ou R$ 50 mil para pesquisar a melhor opção para a minha faixa de locação", sugere Ebert.
2) Defina o perfil de escritório que procura
O executivo explica também que é importante detalhar o tipo de escritório que se procura. Uma empresa de tecnologia da informação (TI), por exemplo, não precisa se preocupar em gastar a mais num escritório com design arrojado. Já escritórios de advocacia ou de publicidade precisam receber mais clientes no local e, por isso, necessitam de um escritório com aparência mais moderna.
3) Opção: edifício antigo
Edifícios antigos possuem muitas vezes uma estrutura em bom estado e preço de aluguel inferior, além de estarem com frequência em regiões centrais, com transporte público já consolidado. Nesse caso, o que deve ser pesado é se ele está em bom estado, se a estrutura não demandará reformas e também se ele está de acordo com a imagem que a empresa quer transmitir aos clientes.
4) Opção: residência comercial
Casas comerciais também são alternativas possíveis, especialmente para empresas que não podem arcar com muito espaço em prédios. Alguns custos e preocupações extras devem, no entanto, ser considerados. A estrutura de segurança, assim com a de limpeza, fica sob cuidado de quem aluga, ao contrário do que acontece na maioria dos prédios comerciais. A estrutura da casa deve também ser adaptada para empresas. Ar-condicionado, equipamentos de internet e telefone são fontes de gastos para o empreendedor.
5) Opção: escritório virtual
Empresas que precisam ter acesso a um endereço de prestígio para impressionar clientes, mas que não têm o capital para arcar com esse custo sozinhas, podem aderir ao modelo dos escritórios virtuais. Eles mesclam a terceirização de atendimento telefônico remoto com endereços físicos e fiscais fixos. O empresário contrata os serviços terceirizados de uma atendente que também trabalha junto a outros negócios e aluga, ao mesmo tempo, um espaço comercial. Esse espaço é compartilhado com outros locatários, pode ter mesas de trabalho, salas de reunião e mesmo auditórios para serem utilizados apenas em momentos específicos, de acordo com a necessidade.
6) Opção: home office
Uma alternativa já consolidada no mundo dos negócios é o uso do home office. É basicamente o que ocorre quando um empresário utiliza certo espaço de seu lar como escritório. Isso pode, no entanto, exigir certas adaptações. Muitas vezes, a velocidade da internet residencial não contempla as necessidades de trabalho do microempresário. Além disso, pode ser inviável receber clientes no local. O empresário também deve estar atento se tem perfil para adotar esta opção. Trabalhar no espaço de casa geralmente requer uma maior capacidade de organização e concentração.

Publicado por Terra

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