domingo, 27 de março de 2011

Financiamento imobiliário com recursos da poupança bate recorde no 1º semestre

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
O valor superou em 77% o montante contabilizado no mesmo período no ano passado. Em quantidade, foram 187,6 mil unidades financiadas, o que representa uma expansão de 51,5% no mesmo comparativo.
Os dados apontam para um financiamento de 450 mil unidades em 2010, totalizando R$ 57 bilhões.
O presidente da entidade, Luiz Antônio França, já havia previsto que, em 2014, o financiamento imobiliário deve ter atingido 11% do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil. A projeção está em linha com a estimativa de Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, que projeta 10% no ano seguinte. Atualmente, a proporção é de apenas 3%.
FONTES ALTERNATIVAS
Os sucessivos recordes estão levando o banco federal a começar a procurar fontes alternativas de financiamento, além dos recursos do FGTS e da poupança. Nos sete primeiros meses do ano, os empréstimos da Caixa chegaram a R$ 40,1 bilhões, mais do dobro (104%) do resultado obtido no mesmo período do ano passado.
Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos.
Cerca de R$ 20 bilhões --de uma carteira de crédito imobiliário de R$ 82 bilhões-- já estariam prontos para uma securitização, mas o valor da primeira emissão, que será feita até dezembro, ainda não foi definido pela Caixa.
A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado de capitais. O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as características do financiamento, descontados os custos e o ganho do banco.
A instituição financeira, por sua vez, recicla o dinheiro sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo. O risco de inadimplência, normalmente, fica com o investidor.

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
Folha.com

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