quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Venda de imóveis em SP cai 28,6% no ano até julho

SÃO PAULO - Em julho foram comercializados 2.722 imóveis residenciais na cidade de São Paulo, o que representa queda de 14,3% ante igual mês de 2010 e uma variação de 0,2% (praticamente estável) ante junho, com 2.716 unidades, de acordo com dados divulgados hoje pelo Secovi-SP. A retração nas vendas não chegou a surpreender a entidade, que considera que em 2010 "o País atravessava um período de exuberância econômica, com índices de crescimento acima da média", conforme declaração do economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
No acumulado de sete meses também houve queda, de 28,6%, para 14.402 unidades comercializadas até julho, ante 20.182 unidades em igual período de 2010. Para Petrucci, a expectativa é de redução da diferença, já que "o segundo semestre costuma ter melhor desempenho em relação ao primeiro".
Ainda de acordo com a Pesquisa Secovi sobre o Mercado Imobiliário em julho, o segmento de dois dormitórios respondeu por aproximadamente 50% do total e 1.346 unidades. A velocidade de vendas, indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), atingiu 16,9% em julho. Em tamanho, imóveis entre 46 a 65 metros quadrados responderam pela maior parte das vendas, 44,8% do total (1.219 unidades).
No quesito lançamentos, a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) registrou 2.732 unidades residenciais no município de São Paulo, uma queda de 13,7% sobre junho (3.167) e alta de 5,8% ante julho do ano passado. No acumulado do ano até julho foram lançadas 16.724 unidades, um aumento de 3,5% sobre mesmo intervalo de 2010 (16.163).
Região metropolitana
A região metropolitana de São Paulo, composta por 39 municípios mais a capital, contabilizou 4.554 vendas, 7,6% abaixo do resultado de junho (4.962 unidades), com VSO de 14,7%, contra 15,8% do mês anterior. Os lançamentos tiveram alta de 8,8% sobre junho, para 5.393 unidades em julho.
No acumulado do ano, houve queda de 24%, para 28.732 unidades, ante 37.897 imóveis comercializados no mesmo período. Os lançamentos até julho somaram 30.132 unidades, também abaixo das 31.279 unidades residenciais ofertadas no mesmo intervalo de 2010.


Publicado por "O Estado de São Paulo".

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Empresários da construção estão mais cautelosos quanto ao crescimento

Os empresários do setor de construção civil estão mais cautelosos em relação à perspectivas de desempenho e crescimento econômico, conforme a Sondagem Conjuntural Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram ouvidos 241 empresários da construção de todo o país na pesquisa, realizada na segunda quinzena de agosto.

O indicador referente ao crescimento econômico caiu pela quinta vez consecutiva e passou à perspectiva negativa pela primeira vez desde maio de 2009. De acordo com o levantamento, houve queda de 6,56% nesse critério ante a pesquisa realizada em maio e de 25,5% na comparação com o ano anterior, para 46,89 pontos. Nos critérios da pesquisa, valores abaixo de 50 significam desempenho ou perspectiva não favorável.

A avaliação das perspectivas de desempenho piorou, com ligeira redução de 0,83% ante maio e de 8,3% ante um ano atrás, mas segue otimista, com 55,95 pontos. O indicador desempenho da empresa teve pequena melhora, de 0,22% no trimestre, mas piorou 8,5% na comparação anual, para 53,7 pontos.

A pesquisa foi realizada antes de o Banco Central reduzir a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto porcentual. “A sinalização do governo de política monetária mais frouxa e política fiscal mais apertada é muito positiva”, diz o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. Segundo ele, a tendência é de mais otimismo por parte dos empresários do setor. Na avaliação de Zaidan, a crise internacional não está afetando o setor. “A construção civil trabalha no longo prazo, e os contratos estão sendo cumpridos.” A estimativa do Sinduscon-SP para crescimento do setor em 2011 é em torno de 5%.

No indicador perspectiva de evolução de custos, a avaliação ainda é pessimista, com 44,47 pontos, mas esse foi o maior patamar desde fevereiro de 2010. Houve melhora desse indicador de 8,02% no trimestre e de 3,6% na comparação anual. A pesquisa apontou pessimismo também quanto à inflação reduzida, com 39,19 pontos, com melhora de 45,52% ante maio, mas piora de 16,8% ante um ano atrás. Os empresários seguem pessimistas também quanto à condução da política econômica, mas o indicador avançou 15,34% na comparação com maio, para 47,44%.

Publicado por
Valor Econômico 

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Recuperação da poupança e financiamento imobiliário

Os depósitos de poupança apresentaram recuperação entre junho e agosto, depois da forte queda ocorrida entre janeiro e maio de 2011. Trata-se de um indicador importante para o crédito imobiliário, que depende desses recursos para conceder empréstimos aos construtores e mutuários finais.

A captação líquida das cadernetas, em agosto, foi de R$ 2,2 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão referente à poupança rural do Banco do Brasil - cuja destinação não é o crédito imobiliário - e R$ 0,9 bilhão, à poupança habitacional, para o financiamento da casa própria pelos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), inclusive a Caixa Econômica Federal (CEF).
Entre janeiro e junho, a captação da poupança no SBPE foi negativa em R$ 173 milhões, mas cresceu R$ 4,1 bilhões, em julho, atingindo R$ 5 bilhões no ano, até agosto. Trata-se, por ora, de uma recuperação modesta, comparada à do mesmo período do ano passado, quando a captação líquida das cadernetas foi positiva em todos os meses, atingindo R$ 15,3 bilhões até agosto.
Não obstante o crescimento mais lento das cadernetas, os empréstimos habitacionais no âmbito do SBPE continuam em elevação, pois os bancos dispõem de recursos prévios, além dos retornos dos empréstimos contratados. Nos primeiros sete meses do ano, os volumes aplicados superaram R$ 43 bilhões, mais 50% em relação ao mesmo período de 2010, enquanto o número de unidades financiadas passou de 227 mil para 275 mil, alta superior a 21%.
Os depósitos de poupança perderam competitividade, neste ano, em decorrência do aumento da taxa básica de juros, que elevou a remuneração dos fundos DI e de renda fixa. A recuperação de julho teve caráter sazonal, pois muitos trabalhadores saem de férias e recebem metade do 13.º salário. O dinheiro, frequentemente, é deixado em contas de poupança. Neste semestre, a captação da poupança tende a melhorar, pois o juro básico caiu, na última reunião do Copom, de 12,5% ao ano para 12% ao ano - e muitos analistas preveem novas reduções até dezembro.
O ponto mais importante é que a recuperação dos depósitos de poupança tem muito que ver com a renda dos trabalhadores, notando-se que também cresceu a captação dos fundos, atingindo R$ 7,9 bilhões, um recorde para o ano. O aumento da captação, em geral, indica que há renda disponível que pode ser separada para o futuro - e que os tomadores não sofrerão com a falta de crédito para a produção e a aquisição de bens.

Publicado por: O Estado de São Paulo.



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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pelo fim da legislação “tamanho único”

A vida acontece nas cidades. Gestores públicos e sociedade sempre têm como encontrar as soluções necessárias para os seus problemas. E é dessa forma que a maioria dos municípios se desenvolve em muitos países, em especial nos Estados Unidos, onde legislações próprias regulamentam o planejamento e o desenvolvimento urbano, atendendo apenas a diretrizes gerais ditadas pelos governos federal e estadual.
Essa autonomia vem garantindo importantes avanços, inclusive no campo da sustentabilidade. Se o município entende que é possível nas áreas urbanas haver construções próximas a rios, desde que adotadas medidas que garantam a preservação da qualidade das águas e repeitados os estudos hidrológicos, não há qualquer impedimento. Até porque a ocupação organizada contribui muito mais do que isolar a área e deixá-la à mercê de invasões. Além disso, a função da água no meio ambiente urbano cumpre outras finalidades, relacionadas à paisagem, potabilidade para consumo e utilização para transporte de carga e pessoas.
O respeito às características de cada cidade depende de leis locais. A experiência internacional, especialmente a norte-americana, deixa isso muito claro e é motivo de admiração – para não dizer inveja – por parte de nós, brasileiros.
Em Nova York, considera-se que a cidade e seus cidadãos igualmente precisam de proteção contra os desastres naturais. À luz dessa escolha, são adotadas medidas corretas com vistas à sustentabilidade, com novas tecnologias para prédios mais verdes, e tudo de forma equilibrada.
Essa proteção também ao ser urbano precisa ser considerada no Brasil e observada nos sistemas de aprovação ambiental, do uso do solo e no código de edificações, que deveriam ser específicos para cada localidade. Os gestores internacionais sabem que restrições descabidas só encarecem o preço final dos imóveis, prejudicando especialmente os mais pobres, e acabam não cumprindo sua função precípua.
Da Geórgia (EUA) veem outros ensinamentos importantes. Lá não há código florestal nas áreas urbanas, mas leis importantes para mananciais e espécies ameaçadas (flora e fauna). Naturalmente, nas zonas urbanas as pessoas têm de assumir a preservação, pois cidades são feitas para crescer de forma harmônica com o meio ambiente. A aprovação de projetos traz exigências para manutenção e criação de espaços verdes, mas sem restringir o desenvolvimento.
Em Chicago, por exemplo, a legislação estabelece que empreendimentos sustentáveis tenham vários tipos de incentivo, como rápida concessão de alvarás, descontos no IPTU e maior densidade construtiva, como se existisse uma “outorga onerosa verde”.
Há muitos outros exemplos que o Brasil pode adaptar para promover o bom desenvolvimento urbano. Mas é importante considerar que diretrizes federais e estaduais devem tratar dos objetivos de desempenho, e deixar o como fazer para as cidades. Até porque o bom urbanismo é a solução mais eficaz para a preservação do meio ambiente.
Aqui, as cidades não são donas de si. Como se fossem elas incapazes de dirigir o seu destino, têm de se submeter a regras ditadas. O projeto de revisão do Código Florestal – que inexplicavelmente avança sobre as regiões urbanizadas, criando obstáculos para sua operação – é um exemplo.
A proposta original ignorou que a ecologia urbana difere da ecologia rural. Criou uma série de obstáculos ao correto desenvolvimento dos municípios, engessando-os por completo ao não permitir intervenções básicas, como cruzar um córrego ou implantar tubulações para saneamento básico em áreas consideradas de preservação permanente.
As cidades brasileiras, obedecidas as diretrizes fundamentais necessárias, têm de reassumir sua autonomia e não podem mais aceitar “legislação tamanho único”. Insistir nesse modelo é fechar as portas para o cliente cidadão que vive em municípios de portes absolutamente diversificados. Mudar esse sistema não será tarefa fácil, mas é necessário.

* Cláudio Bernardes é vice-presidente do Secovi-SP e titular da Ingaí Incorporadora S/A.

Texto gentilmente cedido por PortalVGV

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O mercado imobiliário encontra seu rumo


O mercado imobiliário brasileiro encontra-se em momento de grande transformação, marcada inicialmente pelo forte crescimento das vendas, surpreendendo pela rapidez da expansão de preço e oferta de unidades. Durante décadas, o setor conviveu com patamares tímidos, poucas alternativas de financiamento e taxas de juros inibidoras. O cenário começou a mudar a partir das novas políticas públicas, que inicialmente ampliaram as possibilidades de crédito para a construção de moradias populares.


A iniciativa trouxe resultados expressivos em todo o mercado de imóveis, com lançamentos de empreendimentos de médio e alto-padrão e novas opções de financiamento. Mas, a euforia do primeiro momento logo deu espaço à preocupação. Os números recentes apontam redução no ritmo desse crescimento e fizeram nascer discussão sobre a possibilidade de o setor imobiliário brasileiro apresentar os mesmos sintomas da “bolha” norte-americana, que abalou a economia internacional em 2008.


É bom que se diga, porém, que o que ocorreu lá não é o que ocorre aqui. O momento e o panorama nos dois casos são muito diferentes. A oferta de crédito brasileira, por exemplo, tem traços peculiares e rígido controle por parte das instituições financeiras. O financiamento imobiliário nacional ainda é tímido diante de outras nações. O volume total correspondente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Banco Central, muito abaixo daquele do México (10% do PIB), Chile  (20%) e Estados Unidos (80%).


As nossas taxas de financiamento imobiliário apresentam ainda variação entre 9,5% e 12%, além de um indexador, muito acima do crédito barato de outros países. Nossas taxas de juros, apesar de terem sofrido redução, ainda são as maiores do mundo, tendo o especulador melhores condições de rentabilidade ao aplicar seu dinheiro em outras opções do mercado, com liquidez muito maior. Portanto, fazer especulação no mercado imobiliário brasileiro está longe de ser um bom negócio. E esse foi um dos problemas que afetaram o mercado imobiliário norte-americano, com investidores adquirindo imóveis a juros baixíssimos com o propósito de garantir altos dividendos.


As divulgações de balanços das empresas de capital aberto do setor imobiliário suscitaram dúvidas diante da queda no valor das ações de algumas delas. O movimento é tranquilamente explicável nesse setor que ganha dinamismo maior a cada dia. A redução das projeções de lucro, que provocaram a desvalorização, é resultado de vários fatores como, por exemplo, o aumento internacional de alguns insumos, como o ferro. A forte expansão na construção civil intensificou ainda a demanda por mão de obra qualificada, que rapidamente se tornou escassa, provocando acréscimo real dos vencimentos dos trabalhadores do setor, além da grande dificuldade de encontrar profissionais para tocar novos empreendimentos. Diante dessa nova realidade de mercado, os lucros esperados pelos investidores diminuíram, mas sua solidez está ; mantida, mesmo considerando o chamado Custo Brasil, que contribuiu de maneira negativa para as dificuldades enfrentadas pelo setor.


Não tenho dúvida de que a preocupação do momento, embalada pelos sustos recentes nas bolsas no mercado mundial, vai ceder lugar ao otimismo no futuro. O potencial de crescimento continua amplo, com a grande maioria dos compradores interessados em adquirir o primeiro imóvel para moradia. A entrada de mais de 30 milhões de brasileiros na classe média vai continuar criando possibilidades de negócio no setor. Se uma parcela vai para a classe média, outra também deverá subir mais um degrau econômico e social, com expressivo poder de compra. A forte expansão vai aos poucos se consolidando em crescimento sustentado e com o mercado adequando a oferta à demanda. Acredito que alcançamos um patamar positivo, com as regras do jogo se aperfeiçoando, fazendo do Brasil um país próspero também para os negócios imobiliários.


* José Paranhos é Diretor Superintendente da Damha Urbanizadora
Texto gentilmente cedido por PortalVGV

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Como pagar menos IR na venda de imóveis

Legislação brasileira possui ao menos oito brechas que permitem reduzir – e até zerar – a obrigação tributária gerada pelo ganho de capital

Nenhum dono de imóvel costuma ficar triste quando aparecem na mídia novos indicadores que mostram a rápida valorização das propriedades nas principais cidades brasileiras. Mas o boom imobiliário tem ao menos um efeito colateral. Como no momento da venda o governo cobra Imposto de Renda sobre a valorização dos imóveis, muita gente toma um susto quando descobre quanto deve à Receita Federal.

Os brasileiros devem recolher aos cofres públicos 15% da diferença entre os preços de compra e venda de um imóvel – o que é chamado de ganho de capital. Um apartamento adquirido por 400.000 reais em 2008 e vendido agora por 700.000 reais, por exemplo, gera uma dívida tributária de 45.000 reais (ou 15% de 300.000) a ser paga no mês seguinte ao recebimento do dinheiro. A mordida do Leão seria mais do que suficiente para comprar carro novo e com os principais opcionais, por exemplo.
Quem não planeja pagar tanto dinheiro ao governo pode procurar na legislação brasileira algumas brechas para se amparar. Um bom planejamento tributário permite reduzir e até mesmo eliminar essa conta. A seguir, o advogado Eduardo Munhoz da Cunha, sócio do escritório Katzwinkel & Advogados Associados, explica oito formas de abater o IR devido na venda de um imóvel:
1 – Usar o dinheiro da venda de um imóvel para comprar outro
Esse é o jeito mais fácil de fugir da alíquota de 15% cobrada sobre o ganho de capital. Para aproveitar o benefício estabelecido pela lei 11.196 de 2005, no entanto, é preciso ficar atento a uma série de exigências. A primeira delas restringe a isenção apenas a casos de compra e venda de imóveis residenciais. Além disso, o contrato de compra precisa ser assinado até 180 dias após a venda. Portanto, se você está interessado em mudar de residência, vale a pena tentar fechar os dois contratos em datas parecidas.
Para beneficiar apenas as pessoas físicas e excluir quem vive da compra e venda de imóveis, a Receita também estabeleceu que um proprietário só tem direito a esse tipo de isenção uma vez a cada cinco anos. Por último, se alguém vender uma casa de 500.000 reais com um ganho de capital de 250.000 reais para comprar um terreno de 100.000 reais, terá de pagar IR sobre a parcela de 150.000 que não foi aplicada na nova aquisição. Se alguém não se enquadrar nas regras acima e não recolher o imposto no mês seguinte à venda, terá de pagar IR sobre o ganho de capital acrescido de juros e multa.
2 – Vender imóveis de até 440.000 reais
Para beneficiar a classe média e a população de baixa renda, a Receita não cobra IR sobre o ganho de capital de imóveis vendidos por até 440.000 reais caso sejam atendidas duas condições: 1) o vendedor não pode possuir outro imóvel em seu nome nem mesmo uma fração de outras propriedades; e 2) a pessoa não pode ter vendido outros imóveis nos últimos cinco anos. Com a valorização imobiliária, está cada vez mais difícil aproveitar esse benefício, já que o valor-limite de 440.000 reais não é corrigido desde que a lei foi criada, em 1995.
3 – Vender imóveis comprados antes de 1969
ssa regra só beneficia pessoas em idade mais avançada. Se o imóvel tiver sido adquirido pelo contribuinte antes de 1969, não importa o valor da aquisição ou da venda: haverá isenção total do imposto sobre o ganho de capital.
4– Isenção de IR sobre imóvel de herança
Existe uma única brecha para não pagar Imposto de Renda sobre o ganho de capital de imóveis recebidos como herança. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que não incide IR no caso de recebimento de herança de pessoas falecidas antes de janeiro de 1998. Como já se transcorreram mais de 13 anos desta data, muito pouca gente pode se beneficiar da brecha. No entanto, em casos em que muitos herdeiros disputam na Justiça o patrimônio do ente falecido, é possível que a transmissão da herança ainda não tenha sido concluída.
5– O tempo reduz o IR
A lei 11.196 de 2005 estabelece um redutor do imposto pago sobre o ganho de capital na venda de imóveis. Quanto mais tempo alguém passou como proprietário de um imóvel, menos vai pagar em impostos. O cálculo disso não é simples, mas não é preciso ficar preocupado. O próprio programa de declaração do IR baixado anualmente no site da Receita informa ao contribuinte qual será o efeito do redutor sobre o imposto do devido.
6– Declare todas as benfeitorias
A legislação tributária brasileira permite que os vendedores de imóveis paguem IR apenas sobre o ganho líquido de capital. Gastos com reformas, por exemplo, podem ser somados ao valor de compra do imóvel para reduzir a base de cálculo sobre a qual incidirá o imposto. Para ter esse direito, no entanto, o contribuinte precisa declarar todos os anos as quantias gastas com benfeitorias e também guardar os recibos para que seja possível comprovar as despesas à Receita Federal.
As notas e recibos devem conter o CPF ou o CNPJ dos profissionais e empresas contratadas para a realização das reformas. Além disso, só podem ser considerados gastos com reforma, construção e ampliação, bem como o dinheiro investido em pequenas obras, como pintura, encanamento, reparo em azulejos, pisos e paredes. Já a troca de móveis e a instalação de cortinas não renderão nenhum benefício tributário.
Quem fez uma reforma no passado e esqueceu de informá-la poderá fazer a declaração retificadora do IR, mudando esses valores em todos os anos subsequentes. Mas atenção: o prazo para corrigir erros no formulário é de cinco anos.
7 – Quem investe em vários imóveis deve abrir uma empresa
De uma forma geral, a legislação do Imposto de Renda é mais rigorosa com pessoas físicas do que com empresas. Enquanto muitos brasileiros pagam IR sobre quase a totalidade dos rendimentos, as empresas costumam recolher como imposto um percentual do lucro líquido. Isso significa que das receitas podem primeiro ser deduzidas despesas com fabricação e comercialização de produtos, gastos com o pagamento de juros, impostos cobrados em cascata como PIS e Cofins e outros valores para que só então se chegue ao montante sobre o qual será aplicada a alíquota do IR. Outra vantagem de abrir uma empresa é separar o patrimônio da pessoa física e da jurídica – o que pode envolver uma série de benefícios legais.
No caso de alguém que investe em imóveis e vive da renda de aluguéis, é necessário conhecer as alíquotas, os casos de isenção e os redutores do imposto para calcular qual a melhor forma de pagá-lo. As alíquotas variam tanto para pessoas físicas (de acordo com o total de rendimentos) quanto para jurídicas (segundo a natureza da empresa e o regime tributário escolhido). Portanto, vale a pena consultar um tributarista ou um contador que seja capaz de estudar caso a caso, fazer os cálculos e optar por um ou outro regime.
8 – Como proceder com heranças
Em geral, imóveis recebidos de herança podem gerar IR a pagar assim que a escritura seja lavrada no nome dos herdeiros. Para evitar a mordida do Leão, muita gente declara que o imóvel foi passado pelo mesmo valor que foi comprado pelo ente falecido alguns anos ou décadas atrás. Dessa forma, não há ganho de capital nem IR a pagar. O problema é que, quando o imóvel for finalmente vendido, a mordida do Leão poderá somar uma verdadeira bolada, já que um apartamento comprado pelo equivalente a 100.000 reais, por exemplo, pode ser vendido décadas depois por 1 milhão de reais.
Em muitos casos, o melhor procedimento é atualizar o valor do imóvel no momento da transmissão da escritura. Se o bem tiver sido adquirido entre 1970 e 1988, haverá redução proporcional sobre o valor do ganho de capital à razão de 5% ao ano, conforme tabela abaixo:
Ano de Aquisição ou Incorporação
Percentual de Redução
Até 1969
100%
1970
95%
1971
90%
1972
85%
1973
80%
1974
75%
1975
70%
1976
65%
1977
60%
1978
55%
1979
50%
1980
45%
1981
40%
1982
35%
1983
30%
1984
25%
1985
20%
1986
15%
1987
10%
1988
5%

Logo, um imóvel adquirido em 1980 poderá ser passado para o nome dos herdeiros pelo valor de mercado atual com um desconto de 45% sobre o IR que normalmente seria cobrado pelo ganho de capital. É verdade que o desembolso do dinheiro será antecipado. No entanto, se os herdeiros receberem o imóvel pelo valor histórico, abrirão mão de um desconto representativo. 


CASSIUS SOARES - ATIVA Informações e Cadastro

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

IPTU - Imóveis terão valor atualizado a cada 2 anos

O projeto aprovado ontem determina que a planta genérica de valores da cidade de São Paulo seja obrigatoriamente revisada a cada dois anos. A planta genérica define o valor venal dos imóveis, sobre o qual são aplicadas as alíquotas do IPTU progressivo. A planta aprovada ontem será válida para os próximos quatro anos, para facilitar a acomodação dos novos valores. Ela não era atualizada desde 2001.
Por causa da defasagem, alguns imóveis tiveram seu valor venal aumentando em mais de 300%, motivo pelo qual foram adotadas travas, a fim de que o contribuinte não tivesse de bancar tudo de uma vez.
Em 2013, uma nova revisão terá de ser encaminhada à Câmara para vigorar em 2014 e 2015. A partir daí, a revisão ocorrerá de dois em dois anos.
O objetivo é acompanhar a valorização e a desvalorização de diferentes locais da cidade e impedir que distorções se acumulem, como ocorreu no período entre a última revisão e a aprovação de ontem.
“A vantagem deste projeto é que o imposto passou a ser totalmente previsível”, afirmou o líder do governo vereador José Police Neto (PSDB).
Travas
Os contribuintes que ultrapassarem o limite máximo de 30% para os imóveis residenciais e de 45% para os não residenciais terão esses percentuais reaplicados a cada ano, diluindo o aumento. Por exemplo: uma casa que pague anualmente R$ 1.000 de IPTU, mas cujo reajuste tenha superado 30%, pagará R$ 1.300 de imposto em 2010 (somado aí 30% de R$ 1.000) e R$ 1.690 em 2011 (somado aí 30% de R$ 1.300).
Com um intervalo menor entre as revisões das plantas genéricas, espera-se que, quando a próxima avaliação for feita, o aumento seja bem inferior ao que valerá no ano que vem.
O trabalho de atualizar os valores está a cargo da prefeitura. Atualmente, o CMVI (Conselho Municipal de Valores Imobiliários), ligado à secretaria de Finanças, é o responsável pelas avaliações, em caráter consultivo, dos valores venais dos imóveis do município.

Publicado por Folha de São Paulo.

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