quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vendas da construção civil afastam temor de queda

Com casos de empresas que contabilizam recorde de vendas, o mercado de construção civil sai de um cenário mais pessimista para rever novamente para cima o movimento em 2011, já que a indústria da construção civil obteve cerca de US$ 305,8 bilhões entre construções comerciais, residenciais e industriais no primeiro semestre do ano, alta de 38,7% ante igual período de 2010, conforme a consultoria ITC Net.

Os indicadores estão em linha com a opinião de Liliane Bortoluci, diretora da feira Feicon, que prevê que o setor crescerá 8,6% este ano, " passando longe de uma desaceleração". Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP, também reforça que os dados confirmam o nível de atividade expressivo de 2011.

No Grupo LPS, a construtora Lopes bateu recorde neste último trimestre, com vendas estimadas em R$ 5 bilhões, alta de 44%, disse Marcello Leone, diretor de Relações com Investidores da empresa. No caso da Brookfield, uma das maiores incorporadoras do Brasil, o segundo trimestre do ano gerou crescimento de 70,4% das vendas em relação às do primeiro trimestre, com R$ 1,1 bilhão, de acordo com o presidente do grupo, Nicholas Reade. O executivo afirma que os negócios estão também focados na classe média, que respondeu por 54% das vendas dos primeiros seis meses de 2011. "Isso mostra que a estratégia adotada este ano pelo grupo surtiu resultado", diz.

Para Fernando Marceleñas, professor de Macroeconomia da Unip, vale lembrar que a cautela é importante. "As empresas fizeram muitas previsões em 2010 que não serão concretizadas, pois o mercado não aguenta tantos lançamentos, mas isso não é sinal de desaceleração. Só é preciso inteligência e cautela."

Paula Cristina
Publicado por DCI

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mercado imobiliário aposta na expansão do Retrofit

Retrofit é um termo em inglês que designa “reforma”, mas com o sentido de customizar, adaptar e melhorar os equipamentos, conforto e possibilidades de uso de um antigo edifício. Atualmente o retrofit ocupa uma parcela do mercado imobiliário considerada em franca expansão.
O processo de retrofit não se limita a edifícios, mas pode atingir também grandes áreas urbanas, especialmente quando se aborda a questão da revitalização urbana e atualização de construções sem perder as características arquitetônicas originais.
Um case de grande sucesso neste ramo é da incorporadora BNCORP que investiu na revitalização do prédio Rio Branco, 115 no Centro do Rio de Janeiro. A empresa modernizou fachadas e instalações da construção datada dos anos 50, transformando em um moderno padrão AAA.
O empreendimento que inicialmente visava o aluguel das lajes corporativas e venda somente após a entrega da obra obteu tamanho sucesso que foi comercializado por R$ 94, 1 milhões, com venda realizada cinco meses antes do términio das obras
Prédios aptos a passar pelo processo de retrofit não faltam no país. Em São Paulo, há regiões como o Centro Velho e Avenida Paulista onde mais de 90% dos edifícios não são dotados de inteligência predial. Nos centros e polos comerciais das outras cidades acontece o mesmo. Após verificar o grande sucesso com o Rio Branco 115 a BNCORP pretende investir no retrofit também na cidade de São Paulo.
A junção entre engenharia, equipamentos de controle predial e arquitetura costuma ser a chave de um bom retrofit.

Texto gentilmente cedido por PortalVgv 

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Setor imobiliário terá índice oficial de preços

Nos últimos anos apresentaram valorização acima do usual, chamado até agora de Índice de Valorização de Imóveis, o primeiro deles, reconhecido como oficial, será elaborado pelo IBGE, em parceria com os bancos. Outro convênio foi firmado entre a Caixa Econômica Federal, a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Abecip, que representa as instituições que operam crédito imobiliário por meio da poupança, para apurar um segundo medidor para o segmento.
A ideia surgiu da necessidade de o Banco Central (BC) acompanhar os preços de um dos setores mais importantes da economia, mas que não possui nenhum indicador. Sob recomendação do BC, a Caixa fechou acordo com a FGV para fornecer suas avaliações das moradias. Esse convênio foi recentemente ampliado, com a ajuda da Abecip, que fez um guarda-chuva, fechando contrato com todos os demais bancos associados.
Outro medidor será desenvolvido pelo IBGE, em trabalho coordenado pelo Ministério da Fazenda, para ser o índice oficial do governo. Esse indicador será mais amplo. Além de procurar parcerias com todos os bancos, o IBGE vai usar seu conhecimento para fazer pesquisas de mercado. A FGV vai trabalhar apenas com a avaliação feita pelos bancos. A fundação montou um modelo em que os bancos, via Abecip, fornecem os laudos de avaliação feitos para contratos de financiamento imobiliário e a FGV constrói o índice.
Teotonio Costa Rezende, diretor-executivo da Caixa, explica que é importante ter dois índices até para efeito de comparação. “Se os dois começarem a se distanciar demais, das duas uma: ou um está errado, ou os dois estão errados.”
Segundo Rezende, esse é um trabalho complexo e os primeiros resultados devem ser conhecidos apenas no fim do ano. “Sendo muito otimista, talvez em dezembro tenhamos algo mais concreto.”

Publicado por Sindimoveis/PE.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Arquitetura arrojada em edifícios comerciais

O modelo é, no mínimo, inspirador. Resultado da combinação entre o gosto pela estética e a necessidade de ambientes de trabalho menos (ou nada) convencionais, um novo conceito de prédios comerciais começa a ilustrar – e se destacar – na paisagem paulistana. Inspirados no modelo de trabalho do Vale do Silício, na Califórnia, os novos escritórios fogem do lugar-comum em todos os sentidos. Com arquitetura arrojada, em nada lembram os convencionais e apertados conjuntos comerciais ou os monótonos e impessoais espigões comerciais que inundam a cidade.

Muito vidro -sem espelho, vale dizer – verde em abundância, pé direito duplo com mezanino, que formam uma espécie de loft comercial, e espaços externos. Que podem ser amplos terraços ou coberturas, onde ombrelones gigantes se misturam a jabuticabeiras – lugar cativo de mesas de reuniões e almoços de negócios. No térreo, praças de convivência abertas à comunidade, charmosos cafés e bicicletários dão o toque contemporâneo final.

São prédios baixos em bairros que abraçam esse conceito com naturalidade: Vila Madalena, principalmente, Vila Beatriz, Alto de Pinheiros, Sumaré e Pompéia. Fora dos padrões das grandes incorporadoras, que prezam a escala e a repetição das plantas, ainda são empresas pequenas que investem no modelo. A primeira delas foi a Idea!Zarvos, que fez o seu primeiro empreendimento na rua Fidalga, tradicional endereço da Vila Madalena, e não parou mais. Já entregou três prédios, dois na Vila Madalena e um no Alto de Pinheiros – totalmente locados – termina um no Sumaré em cerca de quatro meses e tem outros quatro em obras.

Otávio Zarvos, um administrador apaixonado por arquitetura que já trabalhava na área imobiliária, abriu a empresa há seis anos. Com uma carteira de investidores cativa e outros tantos interessados em entrar no negócio, Zarvos vende apenas 10% das unidades, com preço na casa dos R$ 12 mil o metro quadrado.

A maioria, no entanto, fica com a empresa e os investidores para aluguel por conta da rentabilidade que proporciona. Com fila para locação desses espaços, que já saem alugados durante a construção, o preço do metro quadrado é de R$ 80, em média. Mas pode chegar a R$ 95 dependendo do empreendimento. “São espaços que colaboram com a criatividade”, diz Zarvos, cujo escritório está num ambiente acolhedor do primeiro prédio feito pela incorporadora.

Os escritórios vão de 90 m2 a 250 m2, mas há demanda para escritórios maiores – que acabam sendo atendidas porque os espaços são modulares. Um dos prédios com construção avançada, em Pinheiros, foi alugado por uma única empresa, que não divulga o nome.

Sem o mármore no hall ou o estilo neoclássico dos edifícios da Faria Lima, esses prédios abusam da madeira e de estruturas metálicas. “Há um conservadorismo metodológico das grandes incorporadoras que avançam pouco do ponto de vista tecnológico e de inovação”, diz Lourenço Gimenes, sócio do escritório de arquitetura FGMF, que tem feito projetos nessa linha. “Sempre buscamos algo mais criativo, que se alinhasse à pesquisa e desenvolvimento, mas nunca nos alinhamos com o mercado imobiliário tradicional”, conta. “Agora, a resistência inicial está sendo vencida e encontramos nosso espaço”, acrescenta o dono das iniciais “MF” do escritório, Rodrigo Marcondes Ferraz.

Além de fora do padrão, os projetos são quase artesanais. Não se repetem, o que encarece o negócio. Mas não inviabiliza, garante Zarvos. “É preciso estudar muito bem o orçamento e ter um controle de custos minucioso”, diz o empresário, que contrata diferentes nomes da arquitetura para assinar os projetos.

A Koa Incorporadora, que nasceu de um grupo de arquitetos há um ano, também pretende seguir esse modelo de negócio. “Nosso objetivo é agregar valor aos terrenos”, diz Luis Piccini. “O modelo de salinhas comerciais já se esgotou”, avalia. A empresa comprou um terreno na Vila Madalena e vai lançar um prédio de cinco andares nos moldes da Zarvos. Quem também está atento ao conceito é Eduardo Carvalho, que há três meses montou a Moby incorporadora. “Tem muito projeto mal pensado em São Paulo”, diz. “Tenho certeza que há espaço para esse nicho.”

Nicho que atraiu designers, publicitários, produtoras de cinema, arquitetos, pequenas redações e empresas de tecnologia. Muito tênis e calça jeans no lugar de terno e gravata. “As famílias mudaram e o ambiente de trabalho, também. As pessoas moram diferente e querem trabalhar de um jeito diferente”, diz Gimenes, do FGMF. 


Publicado por Valor Economico.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Edifícios também envelhecem

A correta manutenção e conservação dos edifícios é um tema que, embora tenham transcorrido tantos anos de crescimento do setor de construção civil, ainda motiva discussões entre especialistas. Tal fato ocorre porque o aquecimento da economia despertou uma nova cultura nos consumidores brasileiros em muitos segmentos da cadeia produtiva: a de tornar tudo descartável. Os condomínios, porém, têm uma característica diferente dos demais bens: são concebidos para que seus moradores os usufruam durante muito tempo. E, ao longo desse período, devem resistir aos desgastes do uso e da natureza; ao envelhecimento natural.
É inconcebível imaginar que edifícios se tornem descartáveis quando suas propriedades deixarem de atender às expectativas dos usuários. Isso é inviável do ponto de vista econômico. Justamente por esse motivo, os proprietários dividem a responsabilidade com relação à sua manutenção, desde o primeiro dia de uso.
Desde a primeira previsão de despesas, faz-se necessário destinar uma verba para a conservação do imóvel, visando à expectativa de prolongamento da vida útil da edificação, assim como de seus bens comuns. É costume, inclusive, estabelecer o fundo de reserva na ordem de 5% do valor da parcela do condomínio para que, ao longo dos anos, ele possa ser utilizado na correção ou modernização de componentes e áreas. Estes bens, numa projeção em longo prazo, podem até superar o valor de custo da própria construção.
Aos gestores dos condomínios cabe a responsabilidade de elaborar e executar corretamente o planejamento dos serviços de conservação, utilizando a reserva destinada. Devem levar em conta ações preventivas quanto ao desgaste dos bens e equipamentos comuns dos edifícios, estabelecendo um cronograma das manutenções. Para obter mais chance de sucesso, tais programas devem prever, além do material e dos recursos financeiros, a estrutura e recursos humanos necessários. Deve-se prever, inclusive, a manutenção corretiva, ou seja, uma ação não planejada, emergencial, que exige intervenção imediata para evitar riscos e prejuízos maiores aos usuários. Tudo, obviamente, levando-se em conta as normas que a legislação prevê e um desempenho que seja tolerável pelos usuários e proprietários, garantindo a sua higiene e a segurança.
Apesar de trabalhosa, a tarefa de administração – se bem organizada – pode ser facilitada. A realização de inspeções periódicas, posteriormente, registradas em relatórios-padrão, facilita a avaliação de perda do desempenho de algum componente da edificação e/ou de seus maquinários. Permite ações de conserto mais ágeis e menos dispendiosas ao condomínio.
Com a finalidade de garantir a integridade do condomínio, o sistema de manutenção, além de adequado, precisa contar com muita organização. É fundamental manter-se uma pasta com o arquivamento de documentos e plantas do edifício, projetos e informações dos serviços já realizados, bem como seus custos, tempo de garantia ou de duração de cada ação.
Todo esse trabalho não só facilita como também mostra transparência na administração condominial. Mais do que isso, traz, como grande benefício uma vida longa para o imóvel. Quem agradece são os maiores interessados: os condôminos.
* Gabriel Karpat é diretor da GK Administração de Bens e coordenador do curso de síndicos profissionais da Gabor RH. 
Texto gentilmente cedido pelo Portal VGV

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O que torna a presença do corretor de imóveis indispensável na negociação?

Nas transações imobiliárias, o corretor tem a qualificação necessária para analisar o mercado e orientar ao cliente quanto à valorização do imóvel e documentação
O mercado imobiliário brasileiro está promissor, não há como negar. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) afirmam que em junho foram financiados 46,5 mil imóveis. Isto significa um aumento de 13,8% em relação a junho de 2010 e 1,6% em relação a maio.
Mas como é vender ou alugar um imóvel? Basta fixar o preço, achar o comprador e fazer negócio? Ou então, basta o comprador achar o imóvel dos seus sonhos, pesquisar na internet e adquirir o que está mais em conta? Embora o tino comercial seja importante, as transações imobiliárias possuem um alto grau de complexidade.
Para o diretor de Marketing do Redimob- a rede social do setor imobiliário- Leonardo Stuepp Jr., corretores de imóveis são profissionais que possuem grande capacidade em aproximar partes, entender necessidades e facilitar a geração de negócios. “Os corretores tornam-se um elo importante na cadeia da construção civil, tendo influência direta no crescimento do setor”, afirma.
Para contribuir com este processo, Stuepp Jr. completa que as ferramentas tecnológicas permitem a este profissional um grau de relacionamento até então não observado.
“Nesse contexto, as redes de relacionamento atuam como facilitadoras e permitem que as relações não encontrem mais barreiras geográficas, aumentando sua abrangência de atuação e facilitando a aproximação da sociedade aos conhecimentos destes profissionais”, diz.
Sinônimo de segurança
Segundo o presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECI-SP), José Augusto Viana Neto, com a assessoria de um corretor, o cliente terá segurança de que esse profissional está empenhado em conseguir o imóvel que deseja.
“Isso implica conhecer as suas necessidades em termos de localização da propriedade, acesso a meios de transporte, segurança, facilidades no entorno, como escolas, supermercados e padarias. Além disso, o empreendimento precisa “caber” no bolso do cliente, indo assim ao encontro de todas as suas expectativas” explica Viana.
O Superintendente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Ricardo Mendes, atenta que os corretores de imóveis são os únicos capacitados a opinarem quanto ao valor de mercado de determinado imóvel, seja para locação ou venda.
“São profissionais que conhecem a fundo o mercado imobiliário onde atuam, estando sempre atentos a todos os fatores de valorização ou depreciação de cada bem, individualmente. Além disso, estes profissionais detêm informações sobre potenciais investidores e sobre o público alvo para cada imóvel ofertado, o que tornam mais eficazes as transações imobiliárias”, ressalta
Cuidados com a documentação
A advogada Ana Isaura Matos decidiu investir na carreira de corretora de imóveis este ano. O suporte técnico a respeito da documentação do imóvel é um dos principais diferenciais da atuação deste profissional em uma transação imobiliária. “O corretor de imóveis pode alertar o comprador de quaisquer eventuais problemas, inclusive dívidas existentes que estejam averbadas na matrícula do imóvel”, afirma.
O diretor do Grupo Homehunters, de Campinas (interior de São Paulo-SP), Mauro Vanti Macedo, concorda. “Ainda há a falsa ideia que basta passar a escritura do imóvel no cartório ao interessado e não haverá mais problemas. O corretor de imóveis está habilitado para detectar qualquer percalço tanto no presente ou futuro em relação às documentações”, comenta.
O barato pode custar caro
Para o assessor de tesouraria do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci) e Conselheiro do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), Hamilton da Silva Cavalcante, a partir do momento em que o cliente opta em comprar imóveis sem intermediação de um corretor, há o risco de haver problemas não apenas na documentação, mas também prejuízos financeiros, seja por falta de capacitação do profissional ou mesmo má fé. “Se a assessoria for feita com aventureiro, o cliente não terá onde reclamar depois”, afirma.
Mas a presidente da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário (ABMI), Virgínia Duailibe, atenta que se há aventureiros no mercado é porque há quem os contrate. “Infelizmente ainda há proprietários completamente equivocados com as circunstâncias, que se preocupam mais em barganhar comissões do que com a qualidade dos serviços que lhe serão prestados. É o corretor de imóveis o especialista legalmente habilitado a intermediar a relação entre o proprietário e o comprador do imóvel, sendo o ponto de equilíbrio dessa negociação”, comenta.
O corretor de imóveis Mailson Dias ressalta que o corretor de imóveis, quando bem informado e voltado a prestar uma real consultoria a seu cliente, se dispõe a tornar viável a negociação com estudos. “Assim evitam-se dores de cabeça futuras com perdas caso o cliente coloque em risco por alguns reais que ele deixou de pagar a mais em um imóvel ou o que assinar uma procuração sem se resguardar dos direitos exercidos sobre o imóvel, ficando no prejuízo”, finaliza.
Texto gentilmente cedido por Focando 

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Crédito imobiliário é recorde e busca alternativas de financiamento

Os financimentos imobiliários concedidos a partir de recursos da poupança e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) atingiram volume recorde no primeiro semestre deste ano, sendo que o índice de inadimplência caiu levemente ante o final do ano passado.
O cenário é positivo, mas o descompasso entre o crescimento dos recursos da poupança, principal funding do crédito imobiliário, e volume de concessões pode prejudicar o futuro do setor. Atenta a isso, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) entregará até o fim de agosto uma minuta ao Banco Central para viabilizar os "covered bonds", uma das alternativas de financiamento ao setor.
No primeiro semestre desse ano a concessão de financiamento imobiliário totalizou R$ 49,9 bilhões, crescimento de 38% ante igual período do ano passado, sendo 74,1% do volume originário da poupança e 25,9% do FGTS. Em número de unidades financiadas, o crescimento foi de 30%, para 645 mil.
No mesmo período, a captação líquida (entrada menos saída de recursos) da poupança foi negativa em R$ 173 milhões.
Segundo o presidente da Abecip, Luiz Antônio França, esse descompasso entre crescimento da poupança e avanço na concessão de financiamentos mostra a necessidade de alternativas de funding do setor à longo prazo, já que se espera um esgotamento do financiamento pela poupança já em 2013.
Os covered bonds, espécie de CDB (Certificado de Depósito Bancário) imobiliário amplamente utilizados na Europa, são uma das alternativas mais discutidas pelo setor atualmente, mas ainda não são negociados no Brasil.
"Há um envolvimento geral do setor para que os covered bonds sejam regulamentados", disse França esta manhã em evento em São Paulo. A previsão é que esses papéis movimentem 170 bilhões de euros no mercado global este ano.
Em junho, a captação líquida da poupança foi de R$ 1,191 bilhão, após dois meses de captação negativa. Ainda assim, o volume é inferior à captação do mesmo mês de 2010, que foi de R$ 3,580 bilhões.
Já o saldo bruto da poupança em junho subiu 15% na comparação anual, para R$ 309,9 bilhões, ritmo mais lento do que o crescimento entre junho de 2009 e 2010, de 20%.
A entidade prevê que, até o final de 2011, a poupança seja responsável por R$ 85 bilhões em financiamentos imobiliários no país e com perspectiva de alta, já que o segundo semestre é uma época reconhecidamente de mais negócios.
Inadimplência
O índice de inadimplência ao se analisar somente financiamentos decorrentes da poupança, que consideram alienação fiduciária, ficou levemente menor no final do primeiro semestre deste ano (1,15%) ante o registrado no fim de 2010 (1,20%).

Os números do semestre também mostraram que os brasileiros têm recorrido aos financiamentos para dar entradas cada vez menores na hora de assinar um contrato. Até o meio deste ano, a proporção do total do valor do imóvel que foi financiado ficou em 62,7%, levemente superior à proporção registrada no final de 2010, de 62%, mas bem acima daquela de 2005, quando os financiamentos pagavam, em média, em 47,8% do valor dos imovéis.
"Fica claro que os brasileiros têm confiado mais nos financiamentos, ao se perceber que as pessoas tem dado entradas com valores cada vez menores" disse França.
( Filipe Pacheco | Valor ) 


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